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Usuário(a):Luab612/Testes

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Jarid Arraes (Juazeiro do Norte, 12 de fevereiro de 1991) é uma escritora, cordelista e poeta brasileira, autora dos livros As Lendas de Dandara, Heroínas Negras Brasileiras em 15 cordéis, Um buraco com meu nome e Redemoinho em dia quente. Atualmente vive em São Paulo, onde criou o Clube da Escrita Para Mulheres. Até o momento, tem mais de 70 títulos publicados em Literatura de Cordel, incluindo a coleção Heroínas Negras na História do Brasil.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Jarid Arraes nasceu em Juazeiro do Norte, no estado do Ceará, em 1991. Ela cresceu em uma família de artistas e intelectuais, tendo contato desde cedo com a cultura popular nordestina e a literatura de cordel, influências que seriam fundamentais em sua trajetória como escritora. Durante sua infância e adolescência, Jarid Arraes participou de grupos de teatro e de dança, além de se dedicar ao estudo da música e da literatura. Aos 16 anos, mudou-se para São Paulo para estudar Psicologia na Universidade de São Paulo (USP), onde se formou em 2014. Ela também se interessou pela luta feminista desde cedo e se tornou uma ativista comprometida com a causa.

Foi em São Paulo que Jarid Arraes iniciou sua carreira literária, escrevendo contos e poemas que abordavam temas como a identidade, a afetividade e a resistência política. Seu trabalho chamou a atenção de editoras e revistas literárias, e em 2017 ela publicou seu primeiro livro, "As Lendas de Dandara", uma coletânea de contos que resgata a figura da guerreira negra Dandara dos Palmares.

Em 2015, Jarid publicou seu primeiro livro, Heroínas Negras Brasileiras em 15 Cordéis. A obra apresenta as histórias de mulheres negras que marcaram a história do Brasil, como Dandara dos Palmares, Antonieta de Barros e Carolina Maria de Jesus, em formato de cordel. O livro foi bem recebido pela crítica e ajudou a consolidar a carreira de Jarid como escritora e cordelista.

Em 2016, ela lançou seu segundo livro, Redemoinho em Dia Quente, uma coletânea de contos que aborda questões como feminismo, sexualidade e identidade de gênero. A obra foi finalista do Prêmio Jabuti de 2017 na categoria Contos e Crônicas.

Em 2017, Jarid foi selecionada para participar da antologia Outros Jeitos de Usar a Boca, da escritora Rupi Kaur. A obra reúne poetas de todo o mundo que abordam temas como amor, trauma, feminismo e identidade.

Em 2018, Jarid publicou Um Buraco com Meu Nome, seu terceiro livro e primeiro romance. A obra conta a história de uma mulher nordestina que luta para sobreviver em um mundo dominado pelo patriarcado e pela desigualdade social.

Além de sua carreira como escritora, Jarid também é uma ativista feminista comprometida com a luta pelos direitos das mulheres e pela igualdade de gênero. Ela é uma das fundadoras do coletivo Rede de Mulheres Negras, que tem como objetivo promover o empoderamento e a visibilidade das mulheres negras no Brasil.

Em 2018, Jarid lançou seu primeiro romance, intitulado Redemoinho em Dia Quente, pela editora Alfaguara. O livro, que mistura ficção e realidade, retrata a vida de uma jovem nordestina que se muda para São Paulo em busca de novas oportunidades. A obra foi muito bem recebida pela crítica e pelo público e se tornou um dos principais destaques literários do ano.

Em 2019, Jarid foi selecionada para participar da Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha, como parte de uma delegação brasileira de escritores e editores.

Em 2020, Jarid foi convidada a participar do projeto Mulheres Inspiradoras, da empresa de tecnologia Google. O projeto tem como objetivo apresentar a história de mulheres inspiradoras para jovens estudantes em todo o mundo, e Jarid foi escolhida como uma das representantes brasileiras.

No mesmo ano, ela lançou seu quarto livro, As Lendas de Dandara, uma coletânea de contos que reimagina as lendas de Dandara dos Palmares, uma importante líder quilombola e figura histórica na luta contra a escravidão no Brasil.

Jarid Arraes também é uma presença frequente em eventos literários e acadêmicos, e já participou de diversas mesas e debates sobre literatura, feminismo e cultura popular. Ela também é uma das fundadoras da Casa da Mãe Joanna, um espaço cultural em São Paulo que tem como objetivo promover a cultura popular brasileira e a diversidade.

Além de seus trabalhos literários e ativistas, Jarid também é uma das criadoras do aplicativo Fogo Cruzado, que mapeia a violência armada no Rio de Janeiro e em outras cidades brasileiras. O aplicativo é uma ferramenta importante para a promoção da segurança pública e da transparência no Brasil.

Com sua obra e sua atuação como ativista, Jarid Arraes tem se destacado como uma das vozes mais importantes da literatura e do ativismo feminista no Brasil e no mundo. Seus trabalhos têm sido reconhecidos tanto pela crítica quanto pelo público, e ela tem sido uma fonte de inspiração e empoderamento para muitas pessoas ao redor do mundo.

Em 2021, Jarid lançou seu quinto livro, Heroínas Negras Brasileiras em 15 Cordéis, que conta a história de 15 mulheres negras que marcaram a história do Brasil em diferentes épocas, como a guerrilheira baiana Maria Felipa, a líder quilombola Tereza de Benguela e a escritora Carolina Maria de Jesus.

Além disso, Jarid é colunista do site Alma Preta, um dos principais veículos de comunicação negra do Brasil, onde escreve sobre literatura, feminismo e cultura popular. Também é colaboradora da revista Carta Capital e do jornal O Globo.

Seus trabalhos têm sido reconhecidos com diversos prêmios e honrarias, incluindo o Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de Literatura Infantil e Juvenil em 2019, o Prêmio Jabuti em 2020 na categoria Livro Brasileiro Publicado no Exterior, e o Prêmio do Público na categoria Autora do Ano do Prêmio Mulheres do Ano, concedido pela revista Claudia em 2021.

Além de seu trabalho como escritora e ativista, Jarid Arraes também é professora de Língua Portuguesa e Literatura, tendo lecionado em escolas públicas em Juazeiro do Norte e em São Paulo. Em suas aulas, ela procura transmitir a importância da literatura e da cultura popular para a formação do pensamento crítico e da identidade cultural.

Com uma trajetória marcada pelo ativismo, pela literatura e pela promoção da cultura popular e da diversidade, Jarid Arraes tem se firmado como uma das vozes mais importantes e influentes da cena literária e cultural brasileira.

Jarid também é uma das fundadoras da Casa de Lua, espaço cultural localizado em São Paulo que promove a arte e a cultura afro-brasileira, com foco na literatura e na música.

Além disso, Jarid é uma das principais vozes do movimento feminista negro no Brasil, tendo participado de diversos eventos e debates sobre a luta das mulheres negras por igualdade e representatividade. Em 2016, ela foi uma das organizadoras da Marcha das Mulheres Negras, que reuniu milhares de mulheres em Brasília para reivindicar seus direitos e denunciar a violência e o racismo que afetam a vida das mulheres negras no país.

Com sua escrita potente e engajada, Jarid Arraes tem contribuído para ampliar o debate sobre as questões de gênero, raça e classe no Brasil, colocando em destaque as histórias e as lutas das mulheres negras e das minorias em geral.

Seu trabalho é inspirador para muitas pessoas e tem ajudado a fomentar um debate mais amplo e profundo sobre a necessidade de uma sociedade mais justa e igualitária.

Além de sua carreira literária, Jarid Arraes também é conhecida por seu ativismo nas redes sociais, onde compartilha suas opiniões e ideias sobre diversos temas, como feminismo, antirracismo e política. Sua atuação nas redes lhe rendeu uma grande base de seguidores e fãs, que admiram seu trabalho e sua luta por uma sociedade mais justa e igualitária.

Atualmente, Jarid continua escrevendo e publicando suas obras, além de participar de eventos literários e culturais em todo o país. Seu trabalho tem sido reconhecido e premiado em diversas ocasiões, o que reforça sua importância como uma das principais vozes da literatura brasileira contemporânea.

Redemoinho em Dia Quente[editar | editar código-fonte]

Uma das obras mais renomadas de Jarid Arraes é "Redemoinho em Dia Quente", publicada em 2019. O livro é uma coletânea de contos que retratam a vida de mulheres nordestinas, suas lutas e seus desafios em um contexto de opressão e desigualdade social.

A obra é marcada pela força e pela sensibilidade da escrita de Jarid Arraes, que cria personagens complexas e profundas, capazes de despertar empatia e identificação no leitor. Ao longo dos contos, a autora aborda temas como violência doméstica, machismo, racismo, homofobia e intolerância religiosa, sempre com um olhar crítico e uma abordagem sensível e poética.

Redemoinho em Dia Quente é uma obra que dialoga com a tradição da literatura nordestina, mas que também traz elementos contemporâneos e universais, capazes de falar diretamente ao leitor de qualquer lugar do mundo. Com sua linguagem poética e seu compromisso com a luta pelos direitos das mulheres, Jarid Arraes se consolida como uma das vozes mais importantes da literatura brasileira contemporânea.

Redemoinho em Dia Quente" recebeu grande aclamação da crítica e do público, tornando-se um best-seller e ganhando diversos prêmios literários. Em 2019, a obra foi finalista do Prêmio Jabuti na categoria de Contos e Crônicas e vencedora do Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) na categoria de Literatura.

Além disso, a obra também foi selecionada para o Programa Nacional de Bibliotecas Escolares (PNBE) de 2020, o que significa que será distribuída para todas as escolas públicas do país.

O livro é composto por 17 contos, todos protagonizados por mulheres nordestinas que enfrentam as mais diversas dificuldades e opressões. Através das histórias dessas personagens, Jarid Arraes consegue retratar de forma realista e sensível a vida das mulheres na região nordeste do Brasil, abordando temas como o machismo, o racismo, a homofobia, a intolerância religiosa e a violência doméstica.

A linguagem utilizada pela autora é marcada pela poesia e pelo lirismo, criando imagens poderosas e tocantes. Com essa obra, Jarid Arraes se consolida como uma das principais vozes da literatura brasileira contemporânea, capaz de emocionar e inspirar seus leitores.