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Como ler uma infocaixa de taxonomiaProceratophrys boiei

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Amphibia
Ordem: Anura
Família: Odontophrynidae
Género: Proceratophrys
Espécie: P. boiei
Nome binomial
Proceratophrys boiei
(Wied-Neuwied, 1825)

O sapo-folha[editar | editar código-fonte]

Proceratophrys boiei é uma espécie de anfíbio da família Odontophrynidae.

Introdução[editar | editar código-fonte]

Conhecido popularmente como sapo-folha é um pequeno anfíbio[1], cujo o nome foi dado devido a sua coloração (que se assemelha a folhas secas) e a sua capacidade de camuflagem, que o permite se camuflar perfeitamente contra seus predadores naturais. É uma espécie que até então só existe no Brasil, foi recém-descrita em 2010 e já se encontra criticamente ameaçada de extinção.

Uma outra característica peculiar é que as espécies pertencentes ao gênero Proceratophrys apresentam apêndices palpebrais longos, são espécies que ocorrem em camadas de folhedo, possuem diversos registros dessa espécie na Amazônia[2], no Sul ao Nordeste brasileiro, exclusivamente na Mata Atlântica[3], há registros no Estado da Bahia e também no Estado de Santa Catarina.

Característica[editar | editar código-fonte]

O tamanho corporal do sapo-folha varia de 1,1 cm a 3,1cm e seu peso de 0,15 g a 4,57 g. As fêmeas são maiores que os machos, e sua coloração vai do bege (com linhas cinza-escuras) ao verde-claro, incluindo algumas gradações de cinza (claro e escuro) e até laranja com manchas marrons.

Uma descoberta interessante sobre o sapo-folha é que a espécie apresenta um comportamento característico de defesa contra predadores. Além da camuflagem proporcionada por seu padrão de coloração, que o confunde com o ambiente onde vive, esse pequeno anfíbio, ao se sentir ameaçado, salta rapidamente (percorrendo entre 10 e 15 cm) e 'aterrissa' com as patas esticadas, achatando o corpo e permanecendo imóvel até estar livre da ameaça.

Este anfíbio possui tanto atividade diurna quanto noturna, e costuma caçar insetos e rãs menores. Para isso, serve-se da seguinte técnica: fica sentado, esperando que suas presas venham até ele. É uma forma também de economizar energia procurando comida.

Habitat[editar | editar código-fonte]

Nas camada de folhas presentes no chão das florestas, vivem muitos organismos Invertebrados como aranhas[4], ácaros, formigas e até alguns vertebrados, em especial pequenos anfíbios e répteis, como por exemplo o sapo-folha.

O sapo-folha é um pequeno anfíbio que vive nas folhas caídas das arvores principalmente em áreas da mata atlântica, onde conseguem de camuflar graças à sua coloração, que se assemelha a folhas secas.

Os seus habitats naturais também são: florestas subtropicais ou tropicais úmidas de alta e baixa altitude, de rios intermitentes[5], e florestas secundárias altamente degradadas.

Estimou-se uma densidade média, para o sapo-folha de nove indivíduos por 100 m2 de mata, o que significa uma biomassa de 13,5 g por 100 m2.

Alimentação[editar | editar código-fonte]

Com relação a dieta, através de estudos foi possível verificar que o sapo-folha tem como preferencial crustáceos e insetos, em relação ao número de presas, o item principal da dieta é o tatuzinho de jardim[6] (crustáceo isópodos[7]). Esses crustáceos representam 34% do total de presas ingeridas, enquanto as formigas e os besouros respondem, respectivamente, por 13,7% e 9,4%, restos de plantas também fazem parte da dieta desses animais.

Em primeiro lugar, o fato de o sapo-folha comer muitos isópodos sugere que a espécie é seletiva na escolha desse tipo de presa, já que os isópodos são poucos frequentes nos habitats naturais dessa espécie.

Reprodução[editar | editar código-fonte]

A reprodução da espécie ocorre de forma contínua ao longo do ano, não se limitando a uma estação do ano, como ocorre com várias espécies de anuros.

O sapo-folha coloca seus ovos em pequenas cavidades no solo onde, após a eclosão, os girinos desenvolvem-se até a metamorfose[8]. Por serem colocados em cavidades nos solos é bem difícil de encontrar essas desovas.

Os girinos demoram cerca de 20 dias para tornarem-se jovens, saindo do ninho em seguida, o que indica que o sapo-folha não passa por uma fase de vida aquática, comum entre os anfíbios anuros[9].

O número médio de óvulos por fêmea alcançou em média 12,6 (mínimo de 10 e máximo de 16). A menor fêmea reprodutiva mediu 2,5 cm, o que pode ser considerado o tamanho em que elas se tornam sexualmente maduras. Quanto maior a fêmea, mais filhotes ela irá produzir.

Ameaças[editar | editar código-fonte]

Cerca de 30% das espécies do grupo de sapos, rãs e pererecas sofrem ameaça de extinção. No Brasil a espécie do sapo-folha já está criticamente em perigo, correndo sérios riscos de entrarem em extinção em um pequeno prazo.O maior responsável pelos fatores geradores dessa crise é o estilo de vida da sociedade atual que produz altos índices de poluição, o aquecimento global, a invasão de espécies exóticas, o aumento da incidência de radiação ultravioleta e o surgimento de epidemias. Os desmatamentos e a degradação dos ambientes onde vive e procria têm sido a maior causa de seu desaparecimento. Há regiões onde o sapo-folha já não é mais encontrado.

O sapo-folha são ameaçadas normalmente pela perda de seus habitats naturais. São espécies que sofrem diariamente com o desmatamento exacerbado do seu habitat, que são causados pelas invasões das construções do homem, e principalmente por causa do cultivo de cacau, banana e das pastagens para a criação de gados de corte e outros animais que são criados a pasto.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. http://faunaeflora.terradagente.g1.globo.com/fauna/anfibios/NOT,0,0,1223352,Sapo-folha.aspx
  1. https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/106572/thome_mtc_dr_rcla.pdf?sequence=1&isAllowed=y
  2. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142010000100014
  1. «Anfíbios». Wikipédia, a enciclopédia livre. 13 de junho de 2018 
  2. «Amazônia». Wikipédia, a enciclopédia livre. 8 de junho de 2018 
  3. «Mata Atlântica». Wikipédia, a enciclopédia livre. 4 de julho de 2018 
  4. «Aranha». Wikipédia, a enciclopédia livre. 14 de junho de 2018 
  5. «Rio intermitente». Wikipédia, a enciclopédia livre. 4 de junho de 2018 
  6. «Oniscidea». Wikipédia, a enciclopédia livre. 25 de outubro de 2017 
  7. «Isópodos». Wikipédia, a enciclopédia livre. 19 de junho de 2017 
  8. «Metamorfose». Wikipédia, a enciclopédia livre. 14 de abril de 2018 
  9. «Anura». Wikipédia, a enciclopédia livre. 7 de novembro de 2017 
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