Usuário(a):Luwanno2/Testes/Q62064712, Obra de arte
| Olhar de menina | |
|---|---|
 | |
| Autor | Eliseu Visconti |
| Data | 1935 |
| Gênero | retrato |
| Técnica | tinta a óleo, tela |
| Dimensões | 85 centímetro x 51 centímetro |
Olhar de menina é uma pintura de Eliseu Visconti. A sua data de criação é 1935. A obra é do gênero retrato.[1]
Descrição[editar | editar código-fonte]
A obra foi produzida com tinta a óleo, tela.Suas medidas são: 85 centímetros de altura e 51 centímetros de largura.[1]
Faz parte de coleção particular.
Contexto[editar | editar código-fonte]
Eliseu D’Angelo Visconti (1866-1944) nasceu na Itália e veio para o Brasil quando criança. Sua formação artística se fez no Rio de Janeiro, a partir de 1883, no Liceu de Artes e Ofícios, e depois na Academia Imperial das Belas Artes, desde 1885. Ao se estabelecer a independência, naturalizou-se brasileiro e então, participou de manifestações e da comissão que levaram às reformas da Academia, transformando-a em Escola Nacional de Belas Artes. Em 1892, foi o vencedor do primeiro concurso com prêmio de viagem à Europa, promovido pela nova instituição. Completou seus estudos em Paris (1893-1900), sendo os cinco primeiros anos como bolsista do governo brasileiro. Possui 4 períodos em sua carreira, que demonstram o avanço das técnicas e mudanças nos temas abordados. A obra em questão foi feita no ano de 1935, dentro do período de Prestígio do pintor 1929 a 1936. Nessa fase, já consolidado em suas técnicas e preferências, se estabeleceu no Brasil. A partir de 1920, Visconti não mais se ausenta do país, alternando sua vida entre Copacabana e Teresópolis, lugares dos quais registrou diversos aspectos. Suas paisagens têm sempre um ar doméstico, pois, quase invariavelmente, remetem aos lugares onde viveu, seus jardins e quintais ensolarados ou às vistas de seu atelier.
Análise[editar | editar código-fonte]
A obra apresenta de forma sólida a paixão e crença do artista na relação entre o ser humano e a natureza.[2] Visconti possuía fascínio pelo meio natural, contudo, voltado a um acobertamento doméstico, por isso, produziu diversas obras que retratavam a natureza em um ambiente mais campestre (nem totalmente natural, nem unicamente humano). Na pintura, vê-se uma garota de pele branca, com cabelo castanho claro, amarrado num rabo de cavalo, com uma trança amparada no ombro direito. Em sua cabeça, encontram-se folhas que formam uma tiara, como as de louro nos clássicos. As folhagens da paisagem levemente se misturam ás do cabelo da menina. Seu rosto está levemente encurvado para a direita, olhando fixamente para um ponto baixo, externo ao quadro (não visto nele). Ela está sentada segurando um pedaço de madeira (cilíndrico) apoiado no chão. Usa uma espécie de vestido todo branco. Ele possui mangas curtas, que cobrem os ombros até metade do antebraço e é possível detectar dobras em seu comprimento, que demonstram que a roupa é grande para a menina. A claridade passada pelas cores, em tons pastéis, sugere que é dia. Como fundo, em primeiro plano, vê-se um caminho de terra, envolto por árvores e folhagens baixas, sugerindo um campo, com ação humana. Em segundo plano, atrás das plantações nota-se a parede de uma casa, já gasta pelas descamações retratadas, com um pedaço de madeira, pouco visível pelas arvores em sua frente, mas que sugerem uma entrada do local. O artefato segurado pela menina sugere um cajado ou enxada, que se relacionam ao cotidiano na vida do campo. A garota apresenta um olhar sério e uma boca franzida, como se estivesse nervosa, cansada ou analisando algum acontecimento. Sua pele branca e traços europeus podem remeter a vivência do artista nas academias estrangeiras e a paisagem á locais, como os atelieres que frequentava, sempre regados do universo natural. Toda construção do quadro, remete á conexão e inserção na natureza, tão valorizada pelo artista, e sua influência no estado de espirito humano. Além disso, experiências vividas ou observadas por ele também são passadas em suas obras. A assinatura do artista se localiza no centro inferior do quadro.
Recepção[editar | editar código-fonte]
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
