Usuário(a):Natália Fernandes Araújo/Testes/Q62063815, Obra de arte

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Inauguração da Escola Nacional de Belas Artes
Natália Fernandes Araújo/Testes/Q62063815, Obra de arte
Autor Eliseu Visconti
Data 1906
Técnica tinta a óleo, tela
Dimensões 26 centímetro x 33 centímetro
Localização Coleção particular


Inauguração da Escola Nacional de Belas Artes é uma pintura de Eliseu Visconti. A sua data de criação é 1906. [1]

Sobre a obra[editar | editar código-fonte]

Obra produzida por Eliseu Visconti em 1906 com o tema Rio Antigo. Feita com tinta a óleo, tela com dimensões de 26 centímetros por 33 centímetros. [1] Faz parte de coleção particular. Foi produzida como um registro da Inauguração da Escola Nacional de Belas Artes (ENBA) - 1890, na Avenida Central, Rio de Janeiro. Construção patrocinada inicialmente pelo Dom Pedro II. Nome anterior Academia Imperial de Belas Artes (AIBA) - 1826.

Momento Histórico[editar | editar código-fonte]

O projeto da Academia Imperial de Belas Artes teve como início com o projeto da Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios em 1816, que concedeu uma verba para os artistas franceses que vieram morar no Brasil e criar uma rede artística no novo mundo. [2] O projeto inicial não se relacionava só às artes, mas também aos estudos das ciências naturais, físicas e exatas, voltados para o desenvolvimento do reino. [3]

Em 1820, alteraram o nome da instituição para Real Academia de Desenho, Pintura, Escultura e Arquitetura Civil, em seguida, para Academia de Artes após ter dois decretos em novembro para a troca de nome. [4] Nos primeiros anos de funcionamento, os artistas tinham seu foco mais para a Corte e ofícios particulares do que pedagógico. Com a limitação de espaços para libertação de suas criatividades dificultava o processo, já que tinham também conflitos com os artistas portugueses que já residiam no Brasil. Em 1826 o prédio projetado ficou pronto e a escola passou a funcionar plenamente, com outro nome de Academia Imperial de Belas Artes. Patrocinado exclusivamente por Dom Pedro II, além das divisões de ensino proposto pela Academia havia também aulas de desenho, anatomia e fisiologia, funcionando como disciplinas complementares, a maioria de seus professores faziam parte da “missão francesa” [5], onde artistas franceses vem ao Brasil para ensinar métodos artísticos para modernização. [6]

Família Real Portuguesa (1862)

Nos anos de 1830, o Império viveu um período de crise, configurado por revoltas e disputas entre partidos. Porém, no final da década a situação começa a amenizar, após o golpe da maioridade em 1840. Essa estabilidade política veio acompanhada de investimentos educacionais e artísticos, o que integrava um projeto de fortalecimento da monarquia e do Estado imperial, o que causou uma unificação nacional através das culturas. Em 1853, com a ascensão do gabinete um grande projeto de reforma educacional foi idealizado e diversas instituições dessa natureza foram reformadas no Império. A Academia Imperial de Belas Artes também entrou entre as instituições que fariam parte da reforma. De acordo com os dados de 1855, a academia passou a ter cinco cursos especializados (arquitetura, escultura, pintura, ciências acessórias e música), compostas por disciplinas específicas, estabelecendo a forma de estudo introduzido aos cursos. Em seu regulamento ‘desenho industrial’ aparece em partes dele, o que demonstra uma tendência em ter uma formação mais específica e técnica. [7]

Em meados do século XIX, o Brasil estava começando a ter uma estruturação mais modernizada comparada a outros países, as indústrias estavam se instalando e tornava-se necessária a formação de mão-de-obra capacitada para manusear as devidas tarefas propostas. A administração formou um plano de formar pessoas, através do ensino voltado para cada área escolhida. Os alunos que faziam parte da academia, em sua maioria, tinham origem humilde, o que limitava uma formação mais aprofundada do curso. Por outro lado, era necessário formar artistas que pudessem cumprir a missão de tornar o Brasil numa nação civilizada, seguindo uma ideia erudita. Em contrapartida, grande parte das obras produzidas visaram a monarquia ou a criação de uma identidade brasileira, utilizando uma pegada mais do romantismo literário, buscando a natureza e o índio como elementos de destaque para suas criações.

No início da República, a academia manteve a regulamentação aprovada em 1850, mas em 1890, aprovou a alteração dos estatutos e modificou o nome da Academia Imperial de Belas Artes [8] para Escola Nacional de Belas Artes. [9]

Eliseu Visconti[editar | editar código-fonte]

Eliseu Visconti [10] foi um importante pintor ítalo-brasileiro do final do século XIX e começo do século XX. É considerado um dos principais representantes do Impressionismo no Brasil. Atuou também, artisticamente, como designer e desenhista. [11]

Eliseu Visconti - Autorretrato (1902)

Nasceu em Salermo (Itália) em 30 de julho de 1866. Imigrou para o Brasil junto de sua irmã Marianella, para casa do barão de Guararema, Luiz de Souza Breves. [12] Após dois anos no Brasil Eliseu ingressou na Academia Imperial de Belas Artes, onde participou junto de seus professores e colegas no grupo “modernistas”, lutavam pela reforma de ensino, já que na Academia era imposto o ensino tradicional. Logo após fundaram o “Ateliê Livre”, mais tarde na revolução da república sendo nomeado como Escola Nacional de Belas Artes. Em 1901, organizou sua primeira exposição artística, na Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro. Anos mais tarde, ingressou como professor na Escola Nacional de Belas Artes. Premiado com a Medalha de Honra, na Exposição Comemorativa do Centenário da Independência do Brasil.

Eliseu Visconti na busca incansável pelo novo, evoluindo em sua técnica. Entretanto, três meses após ser golpeado na cabeça em um assalto ao seu ateliê, falece o artista em 1944, aos 78 anos de idade. Atualmente Visconti permanece, retratado em obras com grau de versatilidade que, se o colocaram como o mais expressivo representante do impressionismo e como pioneiro do nosso design, revelam sua capital importância dentre os artistas que anteciparam a modernização da arte brasileira. [13]



Exposições Individuais[editar | editar código-fonte]

1901 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA)

1903 - São Paulo SP - Individual, no Salão Nobre do Banco Construtor e Agrícola

1905 - Rio de Janeiro RJ - Exposição do Esboço da Obra do Pano de Boca do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, na Casa Vieitas

1908 - Paris (França) - Exposição de Parte da Obra do Pano de Boca do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, no Ateliê de Puvis de Chavannes

1910 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Casa Vieitas

1920 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Jorge

1926 - Rio de Janeiro - Retrospectiva, na Galeria Jorge[14]

Exposições Coletivas[editar | editar código-fonte]

1888 - Rio de Janeiro RJ - Exposição Geral de Belas Artes, na Academia Imperial de Belas Artes (AIBA) - medalha de prata

1889 - Rio de Janeiro RJ - Exposição Atelier Livre, em um sobrado localizado na Rua do Ouvidor

1890 - Rio de Janeiro RJ - Exposição Geral de Belas Artes, na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA) - menção honrosa

1893 - Chicago (Estados Unidos) - Exposição Internacional Colombiana

1893 - Paris (França) - Salão de Paris

1894 - Paris (França) - Salão de Paris

1894 - Rio de Janeiro RJ - 1ª Exposição Geral de Belas Artes, na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA) - medalha de ouro de segunda classe

1895 - Paris (França) - Salão de Paris

1896 - Munique (Alemanha) - Salão de Munique

1896 - Rio de Janeiro RJ - 3ª Exposição Geral de Belas Artes, na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA)

1897 - Paris (França) - Salão de Paris

1897 - Rio de Janeiro RJ - 4ª Exposição Geral de Belas Artes, na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA) - medalha de ouro de 1ª classe

1898 - Paris (França) - Salão de Paris

1898 - Rio de Janeiro RJ - 5ª Exposição Geral de Belas Artes, na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA)

1899 - Paris (França) - Salão de Paris

1900 - Paris (França) - Exposição Universal de Paris - medalha de prata

1900 - Paris (França) - Pedro Weingartner, Pedro Américo e Eliseu Visconti

1900 - Paris (França) - Salão de Paris

1900 - Saint Louis (Estados Unidos) - Exposição Nacional de Saint Louis

1902 - Rio de Janeiro RJ - 9ª Exposição Geral de Belas Artes, na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA) - medalha de prata

1903 - Rio de Janeiro RJ - 10ª Exposição Geral de Belas Artes, na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA)

1904 - Rio de Janeiro RJ - 11ª Exposição Geral de Belas Artes, na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA)

1904 - Rio de Janeiro RJ - Salão dos Aquarelistas

1904 - Saint Louis (Estados Unidos) - Exposição de Saint-Louis

1905 - Paris (França) - Salão de Paris

1905 - Rio de Janeiro RJ - 12ª Exposição Geral de Belas Artes, na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA)

1906 - Paris (França) - Salão de Paris

1906 - Rio de Janeiro RJ - 13ª Exposição Geral de Belas Artes, na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA)

1908 - Rio de Janeiro RJ - 15ª Exposição Geral de Belas Artes, na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA)

1909 - Chicago (Estados Unidos) - Exposição de Chicago - medalha de ouro

1909 - Rio de Janeiro RJ - 16ª Exposição Geral de Belas Artes, na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA)

1910 - Rio de Janeiro RJ - 17ª Exposição Geral de Belas Artes, na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA)

1910 - Santiago (Chile) - Exposición Internacional de Bellas Artes

1911 - Rio de Janeiro RJ - 18ª Exposição Geral de Belas Artes, na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA)

1911 - São Paulo SP - Primeira Exposição Brasileira de Belas Artes, no Liceu de Artes e Ofícios

1912 - Rio de Janeiro RJ - 19ª Exposição Geral de Belas Artes, na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA)

1912 - São Paulo SP - Segunda Exposição Brasileira de Belas Artes, no Liceu de Artes e Ofícios

1913 - Rio de Janeiro RJ - 20ª Exposição Geral de Belas Artes, na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA)

1920 - Rio de Janeiro RJ - 27ª Exposição Geral de Belas Artes, na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA)

1921 - Rio de Janeiro RJ - 28ª Exposição Geral de Belas Artes, na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA)

1922 - Rio de Janeiro RJ - 29ª Exposição Geral de Belas Artes, na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA)- medalha de honra

1922 - Rio de Janeiro RJ - Exposição do Centenário da Independência - medalha de honra

1923 - Rio de Janeiro RJ - 30ª Exposição Geral de Belas Artes, na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA)

1924 - Rio de Janeiro RJ - 31ª Exposição Geral de Belas Artes, na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA)

1925 - Rio de Janeiro RJ - 32ª Exposição Geral de Belas Artes, na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA)

1926 - Rio de Janeiro RJ - 33ª Exposição Geral de Belas Artes, na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA)

1927 - Rio de Janeiro RJ - 34ª Exposição Geral de Belas Artes, na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA)

1928 - Rio de Janeiro RJ - 35ª Exposição Geral de Belas Artes, na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA)

1928 - São Paulo SP - Grupo Almeida Júnior, no Palácio das Arcadas

1929 - Rio de Janeiro RJ - 36ª Exposição Geral de Belas Artes, na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA)

1930 - Rio de Janeiro RJ - 37ª Exposição Geral de Belas Artes, na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA)

1933 - Pittsburg (Estados Unidos) - Exposição de Pittsburg

1933 - Rio de Janeiro RJ - 39ª Exposição Geral de Belas Artes, na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA)

1934 - Rio de Janeiro RJ - 40º Salão Nacional de Belas Artes, na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA)

1934 - São Paulo SP - 1º Salão Paulista de Belas Artes, na Rua 11 de Agosto

1935 - Pittsburgh (Estados Unidos) - The 1935 International Exhibition of Painting, no Carnegie Institute

1935 - Rio de Janeiro RJ - 41º Salão Nacional de Belas Artes, na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA)

1936 - Cleveland (Estados Unidos) - The 1935 International Exhibition of Painting, no Toledo Museum of Art

1936 - Rio de Janeiro RJ - 42º Salão Nacional de Belas Artes, no Instituto Previdência

1936 - Toledo (Estados Unidos) - The 1935 International Exhibition of Painting

1937 - Rio de Janeiro RJ - 43º Salão Nacional de Belas Artes, no Museu Nacional de Belas Artes

(MNBA)

1938 - Rio de Janeiro RJ - 44º Salão Nacional de Belas Artes, no Museu Nacional de Belas Artes

(MNBA)

1939 - Rio de Janeiro RJ - 45º Salão Nacional de Belas Artes, no Museu Nacional de Belas Artes

(MNBA)

1940 - Rio de Janeiro RJ - 46º Salão Nacional de Belas Artes, no Museu Nacional de Belas Artes

(MNBA)

1940 - São Paulo SP - Exposição Retrospectiva: obras dos grandes mestres da pintura e seus discípulos

1941 - Rio de Janeiro RJ - 47º Salão Nacional de Belas Artes, no Museu Nacional de Belas Artes

(MNBA)

1942 - Rio de Janeiro RJ - 48º Salão Nacional de Belas Artes, no Museu Nacional de Belas Artes

(MNBA)

1943 - Rio de Janeiro RJ - 49º Salão Nacional de Belas Artes, no Museu Nacional de Belas Artes

(MNBA)

1944 - Rio de Janeiro RJ - 50º Salão Nacional de Belas Artes, no Museu Nacional de Belas Artes

(MNBA)[15]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b https://eliseuvisconti.com.br/obra/P513
  2. «A fuga da família real para o Brasil». A fuga da família real para o Brasil. Consultado em 25 de novembro de 2019 
  3. Lucena, Felipe (7 de dezembro de 2016). «Uma Breve História da Escola de Belas Artes». Diário do Rio de Janeiro. Consultado em 25 de novembro de 2019 
  4. «Academia Real de Pintura e Escultura». Wikipédia, a enciclopédia livre. 17 de abril de 2019 
  5. Cultural, Instituto Itaú. «Missão Artística Francesa». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 25 de novembro de 2019 
  6. «Impressionismo». Historia das Artes. 25 de outubro de 2015. Consultado em 25 de novembro de 2019 
  7. Belo, Gildelanio (23 de maio de 2018). «O academicismo no Brasil». História e arte. Consultado em 25 de novembro de 2019 
  8. «Academia Imperial de Belas Artes». mapa.an.gov.br. Consultado em 25 de novembro de 2019 
  9. Cultural, Instituto Itaú. «Escola Nacional de Belas Artes (Enba)». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 25 de novembro de 2019 
  10. «Eliseu Visconti». Wikipédia, a enciclopédia livre. 4 de setembro de 2019 
  11. «Lista de pinturas de Eliseu Visconti». Wikipédia, a enciclopédia livre. 31 de julho de 2019 
  12. Cultural, Instituto Itaú. «Eliseu Visconti». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 25 de novembro de 2019 
  13. «Textos Acadêmicos». Eliseu Visconti. Consultado em 25 de novembro de 2019 
  14. «Exposições Individuais». Eliseu Visconti. Consultado em 25 de novembro de 2019 
  15. «Exposições Coletivas». Eliseu Visconti. Consultado em 25 de novembro de 2019 


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