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Pipeline logístico é uma analogia entre o pipeline físico (conduta de escoamento) e o fluxo de mercadorias que ocorre desde as matérias-primas até ao produto final. Define-se como um encadeado de operações realizadas pelas empresas com o objectivo de materializar as cadeias de abastecimento (Dias, 2005, p. 104).

Pipeline logístico vs Pipeline físico[editar | editar código-fonte]

Entre outros conceitos, o fluxo, tanto de mercadorias, informação ou capitais, está fortemente relacionado com a logística e circulação física. Esta noção confunde-se com caudal ou vazão quando, no interior de uma conduta, existe um sentido de escoamento singular e bem orientado. Contudo, em logística, o «sentido de escoamento» ocorre desde o upstream, ou seja, até aos fornecedores, ao downstream para os clientes finais. De certa forma, a ideia de fluxo de mercadorias assemelha-se à corrente sanguínea presente no sistema circulatório humano. A mercadoria é transportada desde os locais de produção até aos locais de consumo através de redes de transporte, assim como o fluxo sanguíneo percorre o corpo humano através dos seus sistemas de bombagem (Dias, 2005, p. 103).

Um pipeline físico (conduta de escoamento) é uma conduta de grande dimensões, à superfície ou enterrada, que, com o auxílio de sistemas de bombagem, permite o escoamento de um fluído ao longo de uma determinada distância, desde o local de produção até ao destino. Este conceito logístico relaciona a fluidez do escoamento com o processamento dos produtos, ou seja todas as operações que ocorrem desde as matérias-primas até ao produto final (Dias, 2005, p. 103-104).

A noção de pipeline logístico, proposta por Farmer e Amstel (Cit. por CARVALHO – Logística, p. 45), centra-se numa empresa produtiva na qual o fluxo se desloca de montante (fornecedores) para jusante (consumidores), passando pelo conjunto encadeado de operações da empresa. Existe, assim, três secções diferentes no pipeline. A primeira secção A-B (input), a segunda B-C (a empresa) e a terceira C-D (output).

Ferramentas utilizadas para a gestão do pipeline (Farmer e Amstel cit. por CARVALHO – Logística, p. 46):

  • Secção A-B – MRP (Materials Requiremets Plannig);
  • Secção B-C – CIM (Computer Integrated Manufacturing) ou ERP (Enterprise Resourse Planning);
  • Secção C-D – DRP (Distribution Requirements Planning);
  • Integração das três secções no conceito – JIT/TQM (Just-in-Time / Total Quality Management).

Gestão do Pipeline logístico[editar | editar código-fonte]

Uma abordagem estratégica ao pipeline logístico[editar | editar código-fonte]

A gestão do pipeline logístico é, basicamente, um exercício estratégico. Este tem como perspectiva final o output criado por um determinado procedimento logístico, de forma a corresponder ao mercado que dirige. (Carvalho, 2002, p. 120)

Com o objectivo de verificar a performance da gestão do pipeline vamos considerar as três secções referidas anteriormente (Farmer e Amstel cit. por CARVALHO – Logística, p. 121):

  • O tempo que ocorre entre a disponibilização dos materiais ou produtos a despachar até ao momento do despacho efectivo (secção A – B);
  • O tempo que decorre desde o momento do despacho até que os materiais / produtos cheguem ao seu destino (secção B – C);
  • O tempo que decorre entre a chegada ao destino e o registo no sistema logístico de informação da empresa receptora (secção C – D).

Segundo Farmer e Amstel (Cit. por CARVALHO – Logística, p. 121) para se obter uma correcta avaliação de performance sobre o pipeline global é necessário ter atenção aos pontos A, B, C e D, pois estes são como “bandeiras” de controlo. Como a maioria dos problemas ocorre fora destes limites, não se sabe os locais exactos onde é essencial uma abordagem estratégica.

Uma noção que nos permite compreender a estratégia da gestão do pipeline logístico é o lead-time. Este conceito tem duas visões distintas, da óptica do cliente e do fornecedor. Na perspectiva do cliente será o tempo que decorre entre o pedido da encomenda à recepção do material ou produto. Para o fornecedor, o lead-time consiste no tempo que demora a modificar uma ordem de encomenda recebida em liquidez. Com o aumento da competitividade entre as organizações, o factor tempo têm uma importância elevada para o sucesso (Christopher cit. por CARVALHO - Logística, p. 121-122).

Referências[editar | editar código-fonte]

  • DIAS, João Carlos Quaresma - Logística global e macrologística. Lisboa: Edições Sílabo. 2005. ISBN 978-97-2618-369-3

Categoria Logística