Usuário(a):Vitóriagsjn/Testes/Q62064376, Obra de arte

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Menino na ladeira
Vitóriagsjn/Testes/Q62064376, Obra de arte
Autor Eliseu Visconti
Data 1889
Técnica tinta a óleo, tela
Dimensões 51 centímetro x 73 centímetro


Menino na ladeira é uma pintura de Eliseu Visconti (1886-1944). O artista nasceu na cidade de Giffoni Vale, na Itália. Anos mais tarde, muda-se para o Rio de Janeiro com sua família. Em 1883 estuda no Liceu de Artes e Ofícios, onde dá continuidade aos seus estudos, ainda no ano seguinte, enquanto estuda na Academia Imperial de Belas Artes. Em 1888, com o intuito de modernizar o ensino tradicional. Em 1892, ganha, como prêmio, uma viagem para Paris e ingressa na Escola Nacional e Especial de Belas Artes. Neste mesmo período viaja à Madri e retorna à Itália, a fim de atualizar seus conhecimentos artísticos. Em 1900, volta ao Brasil e expõe sua arte na Enba. Em 1905 produz painéis para decorar o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, a convite do prefeito da cidade. Torna-se professor na Enba, em 1908, e renuncia o cargo por falta de satisfação com o ensino, em 1913. Seu nome foi muito importante para movimento Impressionista no Brasil. A obra foi criada em 1889.[1]

Descrição[editar | editar código-fonte]

 A obra foi produzida com tinta a óleo, tela.Suas medidas são: 51 centímetros de altura e 73 centímetros de largura.[1]
Faz parte de coleção particular. A obra, com pinceladas delicadas, representa um garoto com vestes neutras numa ladeira cercada de árvores e plantas. Ao fundo, há uma construção.


Contexto[editar | editar código-fonte]

O ano de 1889 se configurou ao período Pós-impressionista (1880-1907), movimento artístico que ocorreu na França. O Pós-impressionismo se organizou de maneira espontânea, nunca foi homogêneo, pois ao modo que aspiravam o período impressionista, tentavam se desligar do mesmo. O movimento impressionista não foi tão intenso no Brasil quanto na Europa, e por isso Eliseu Visconti é considerado um dos maiores representantes impressionistas no país. O período se configurou de diversas características, como subjetivismo, liberdade cromática, enaltecimento de luz, textura e temas do cotidiano, pontilhismo e bidimensionalidade.

Em 1889, Eliseu Visconti ganhara três medalhas entre os alunos da Academia, sendo elas: uma de prata, uma pequena de ouro e outra pequena de ouro. O autor inicia suas aulas de Desenho Figurado, como professor, na instituição Liceu de Artes e Ofícios.

Este mesmo ano foi marcado pela inauguração da Torre Eiffel, em Paris. No Brasil, foi marcado pela Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889.

Análise[editar | editar código-fonte]

O início da carreira de Eliseu se configurou numa forte procura um modelo característico para suas obras; a obra Menino na Ladeira se configura a esta fase de sua vida.

Há, na obra, a utilização da natureza e, ao fundo, uma construção antrópica. Desta forma, tem-se certo contraste. A partir do garoto, em meio ao caminho, o autor possui a intenção de reproduzir uma cena cotidiana, muito diferente das cenas humildes retratadas na época.

A obra possui caráter delicado e uso de cores para representação da vegetação, fatores característicos de Eliseu Visconti em pinturas de paisagens. O preto e branco retratados nas vestes do garoto contrastam o cenário que possui cores vivas dos elementos da natureza.

A utilização de cores vivas, as expressões que levam à subjetividade e emoções, composição da luz e a retratação do cotidiano são aspectos deste período.

O catálogo da exposição de 1890 não carregava as dimensões da obra e, por isso, é possivel identificar a obra Ladeira do Monte Alegre, mas suspeita-se que ela seja conhecida, hoje, como Menino na Ladeira, já que é datada com o mesmo ano.

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Ver também[editar | editar código-fonte]


Referências

[1]

[2]

Categoria:Pinturas de 1889

Categoria:Pinturas de Eliseu Visconti

  1. Cultural, Instituto Itaú. «Eliseu Visconti». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 25 de novembro de 2019 
  2. Seraphim, Mirian (2010). «A catalogação das pinturas a óleo de Eliseu D'angelo Visconti: o estado da questão». TCC. Consultado em 12 de novembro de 2019