Usuário:El Descamisado/Anarquismo Alemanha

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O anarquismo na Alemanha se desenvolveu como um movimento minoritário, mas significativo, da esquerda revolucionária naquele país. [...]

Império Alemão[editar | editar código-fonte]

Primeiro grupos, atentados e clandestinidade[editar | editar código-fonte]

O anarquismo surgiu na Alemanha em meados da década de 1870. Em 1875, já existiam grupos libertários em Berlim, Leipzig, Magdeburgo e Munique. Nesse primeiro momento, Emil Werner, Otto Rinke e August Reinsdorf foram os principais militantes do anarquismo alemão.[1] Em outubro de 1875, um grupo de anarquistas alemães reunidos em Berna elaboraram o seu primeiro programa. O documento afirmava que a sociedade capitalista estava baseada no princípio da propriedade privada e que o Estado servia somente para defender os interesses das classes privilegiadas. O programa sustentava que o Estado e a propriedade privada deveriam ser suprimidos em favor da livre associação dos indivíduos e de uma economia baseada na posse comum do solo, das minas, do capital e das ferramentas de trabalho, e que essa transformação social deveria ser alcançada através de uma revolução violenta. O documento era firmado por 25 militantes, entre os quais Rinke e Werner.[2][3]

Em julho de 1876, Werner, Rinke e Reinsdorf fundaram o periódico Arbeiter Zeitung, com o objetivo de propagar o anarquismo nos territórios língua alemã. O periódico era editado em Berna e contrabandeado por Reinsdorf para a Alemanha. Na Suíça, os anarquistas alemães contavam com uma maior liberdade de ação, mas isso não impediu que Arbeiter Zeitung encerasse suas atividades em outubro de 1877, uma vez que Rinke e Werner foram expulsos de Berna por terem participado ativamente na organização de uma manifestação alusiva à Comuna de Paris que foi proibida pelas autoridades. Reinsdorf, por sua vez, costumava viajar pela Alemanha ajudando a criar núcleos anarquistas nos centros industriais do país.[4] Em Leipzig, Reinsdorf chegou a frequentar as reuniões e comícios do Partido Social-Democrata da Alemanha (Sozialdemokratische Partei Deutschlands — SPD). À época, os anarquistas tentavam buscar novos adeptos invadindo as reuniões do SPD para polemizar com os socialistas e expor seus pontos de vista.[5]

Representação artística do atentado de Max Hödel contra o imperador Guilherme I.

Em seus primeiros anos, o anarquismo alemão foi profundamente inspirado pela tática da propaganda pelo ato, e militantes anarquistas atentaram contra a vida do imperador Guilherme I três vezes entre 1878 e 1883. O primeiro atentado ocorreu em 11 de maio de 1878 e foi perpetrado pelo jovem latoeiro Max Hödel, que tentou disparar com um revólver contra o imperador quando ele e sua filha, a princesa Luísa da Prússia, desfilavam em uma carruagem pela avenida Unter den Linden.[6] Sem conseguir assassinar o imperador, Hödel foi imediatamente preso pela polícia. Hödel chegou a ser membro do SPD, mas foi expulso do partido por sustentar posições radicais e se uniu ao núcleo anarquista fundado por Reinsdorf em Leipzig. Suspeita-se que o atentado tenha sido planejado por Werner, com quem também manteve contatos em Leipzig. Após o atentado, Hödel foi julgado e condenado à morte, sendo decapitado no dia 16 de agosto de 1878. Uma nova tentativa de assassinar Guilherme I ocorreu no dia 2 de junho. Karl Nobiling foi o autor deste segundo atentado, que embora não tenha tirado a vida do imperador, o deixou gravemente ferido. Nobiling tentou suicidar-se após o atentado disparando com um revólver em sua cabeça e veio a falecer alguns meses depois.[7]

Cohn

"The first attempts at organizing an anarchist movement in Germany were halting, coinciding with a disastrous experiment in the tactic of "propaganda by the deed," which meant bombings and assassinations. Failed anarchist plots to assassinate the Kaiser in 1878 (in Berlin) and 1883 (at Niederwald) gave the government license for a crackdown, and German anarchist organizations were largely destroyed. By the end of the nineteenth century, the spread of anarchism there had been hampered not only by state repression, but by "the strength of the party of Social Democracy." The German working classes appeared to place more hope in the reformist Sozialdemokratische Partei Deutschlands (Social Democratic Party of Germany) (SPD), newly legalized in 1890, than in a seemingly apocalyptic promise of revolutionary change. Nonetheless, the gradualist ideology of the SPD did not satisfy everyone, and a new generation of anarchists emerged from an anti-parliamentarist faction, "Der Jungen" (Youth), expelled from the party in 1892. At the same time, a revolt was brewing among members of the SPD-affiliated trade unions, called Lokalisten (Localists), who advocated a federalist organizational structure over strong centralized control. Influenced by revolutionary syndicalist currents, they broke away in 1897 to form an alternative labor federation, the Freie Vereinigung deutscher ewerkschaften (Free Association of German Unions) (FVdG) in 1903".

"In 1903, seeking closer ties to the workers' movements, militants formed an Anarchistische Föderation Deutschlands (German Anarchist Federation) (AFD)".

Revolução Alemã e República de Weimar[editar | editar código-fonte]

Resistência ao nazismo[editar | editar código-fonte]

Após a Segunda Guerra Mundial[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Carlson 1982, p. 175.
  2. Carlson & 1982 176.
  3. Seidel 2008, p. 29.
  4. Seidel 2008, p. 30.
  5. Carlson 1982, p. 177.
  6. Carlson 1982, p. 178.
  7. Seidel 2008, p. 31-32.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Bock, Hans Manfred (1990). «Anarchosyndicalism in the German Labour Movement: a Rediscovered Minority Tradition». In: Linden, Marcer van der; Thorpe, Wayne. Revolutionary Syndicalism: An International Perspective. Aldershot; Brookfield: Scolar Press; Gower Publishing Group. pp. 59–79 
  • Carlson, Andrew R. (1982). «Anarchism and individual terror in the German Empire, 1870-90». In: Mommsen, Wolfgang J. Social protest, violence and terror in nineteenth and twentieth-century Europe. Londres: Macmillan. pp. 175–200 
  • Graf, Andreas G. (2001). «Selbstbehauptung und Widerstand deutscher Anarchisten und Anarcho-Syndikalisten». In: Graf, Andreas G. Anarchisten gegen Hitler: Anarchisten, Anarcho-Syndikalisten, Rätekommunisten in Widerstand und Exil. Berlim: Lukas Verlag. pp. 35–61 
  • Seidel, Carlos Collado (2008). «Los atentatos de 1878 y los orígenes del anarquismo en Alemania». In: Avilés, Juan; Herrerín, Ángel. El nacimiento del terrorismo en Occidente. Anarquía, nihilismo y violencia revolucionaria. Madrid: Siglo XXI. pp. 29–53 
  • Woodcock, George (2004). «Various Traditions: Anarchism in Latin America, Northern Europe, Britain, and the United States». Anarchism. Toronto: University of Toronto Press. pp. 357–403 

Páginas da web