Usuário:Ricardo Domingues Pôssas/Testes

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Avenida do Oratório[editar | editar código-fonte]

Ricardo Domingues Pôssas/Testes
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Nomes anteriores Estrada do Oratório
Extensão 6.100
Início Avenida Professor Luís Inácio de Anhaia Melo
Subprefeitura(s) Vila Prudente e Sapopemba
Bairro(s) Vila Prudente, São Lucas e Sapopemba
Fim Avenida dos Estados

A avenida do Oratório é uma importante via que corta todo o distrito do São Lucas (distrito da Zona Sudeste do município de São Paulo), ligando o distrito da Vila Prudente ao distrito de Sapobemba. Com uma extensão de cerca seis quilômetros, continua indiretamente no município de Santo André, indo até o município de Mauá.

O logradouro, conhecido desde o início do século XX como Estrada do Oratório, conforme se observa numa Planta da Cidade de São Paulo, de 1943[1] (coordenadas 29;Q), organizada pela Repartição de Eletricidade da The São Paulo Tramway Light & Power Co.Ltd., passou a se chamar Avenida do Oratório em 01/06/1981, pelo Decreto Municipal 17347[2], que estabeleceu os seguintes limites: começa na Avenida Alberto Ramos, entre a Avenida Prof. Luiz Ignácio Anhaia Mello e a Rua Gen. Irulegui Cunha, e termina junto ao Rio Oratório, próximo à divisa do Município.

Parte da Planta de São Paulo de 1924

A Avenida do Oratório é parte de um caminho muito mais longo e irregular que, no início do século XX, iniciava na Rua da Mooca e seguia, sempre que possível, pela parte alta das colinas, até o Córrego do Oratório, na divisa com o município de Santo André; conforme nos mostra a Planta da Cidade de São Paulo, de 1924[3]. Santo André e São Caetano ainda não eram municípios independentes, mas sim, vilas de São Paulo que surgiram onde antes havia fazendas pertencentes à Ordem de São Bento.

O povoamento de São Paulo foi polinuclear e descontínuo, feito a partir de diversos pequenos aglomerados, espalhados por todo o território. Em meados do século XIX, da Calçada do Lorena, que passava pela Serra do Mar ligando o porto de Santos a São Paulo, partiam diversos caminhos, como o do Oratório, o do Vergueiro, o do Pilar, e outros, que se ligavam ao núcleo da cidade.[4][5] Esses caminhos eram abertos espontaneamente, sem nenhum planejamento, por tropeiros que faziam o abastecimento da cidade com produtos vindos da Europa, e também por moradores das áreas rurais; pois a produção paulistana era para o consumo interno. Esses caminhos, muitas vezes, eram abertos sobre antigas trilhas indígenas e seu trajeto, pelas partes altas das colinas, tinha a finalidade de evitar os obstáculos naturais, como riachos e charcos, que dificultavam a viagem. Para os tropeiros que iam, ou vinham, de Santo André, nas proximidades das fazendas dos monges beneditinos, um dos caminhos, que mais tarde passou a ser chamado de estrada, era o do oratório.

No final do século XIX e início do XX, as regiões da Mooca e Vila Prudente passavam por um forte processo de urbanização. Antigas áreas, onde havia fazendas e sítios, foram loteadas, dando origem a vilas operárias. Muitas ruas novas foram abertas e antigas trilhas, ou estradas, foram retificadas e renomeadas. Em 1893, a fazenda de Victor Nothmann, que ficava a uns três quilômetros da Vila Prudente, foi loteada, dando origem à Vila Ema. Uma nova estrada, dando acesso a essa vila, foi aberta; mas, em um mapa de 1927, observa-se que a Estrada do Oratório mantinha seu trajeto original, com o nome Rua do Oratório em seu trecho inicial. Mais tarde, o trecho que ia, aproximadamente, do quilômetro 3,7 ao 5,0, foi desmembrado e incorporado à Estrada de Vila Ema, ficando a via dividida em duas partes: a primeira, que deu origem à Rua do Oratório, na Mooca, e a segunda, que deu origem à Avenida do Oratório, no Parque São Lucas. Na Planta da Cidade de São Paulo, de 1943, é possível ver a cisão da estrada e a região bastante urbanizada.

Em 1958, o padre Aldo Giuseppe Maschi, que pertencia à Congregação do Oratório de São Filipe Neri, construiu a Paróquia de São Filipe Neri no lugar de uma pequena capela, dedicada a Santo Antônio, que ficava nas proximidades da Estrada do Oratório[6]. Atualmente, por conta disso e pela dificuldade de se obter informações sobre os precedentes históricos que deram origem a essa avenida, muitos moradores da região acreditam que seu nome seja consequência da construção da paróquia, mas, como pode ser visto nos diversos mapas apresentados, o nome da via é muito mais antigo.



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categoria:Avenidas da cidade de São Paulo

  1. Prefeitura de São Paulo. «Censo de 1940». Consultado em 27 de setembro de 2019 
  2. Liz Serviços Online. «Leis Municipais». Consultado em 27 de setembro de 2019 
  3. Prefeitura de São Paulo. «Censo 1920». Consultado em 27 de setembro de 2019 
  4. Marcílio, Maria Luiza (1974). A Cidade de São Paulo, Povoamento e População. [S.l.]: Pioneira. pp. 13 e 41 
  5. Prefeitura de Santo André (2013). «Anuário de Santo André» (PDF). Consultado em 9 de outubro de 2019 
  6. Arquidiocesi de São Paulo. «Matriz Paroquial São Filipe Neri». Consultado em 27 de setembro de 2019