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Usuário:Burmeister/Destaque

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Burmeister/Destaque
Classificação científica
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Gênero:
Espécies:
R. unicornis
Nome binomial
Rhinoceros unicornis
Distribuição histórica em rosa. Em vermelho, a distribuição em 1997.
Sinónimos

asiaticus Blumenbach, 1797
bengalensis Kourist, 1970
indicus G. Cuvier, 1816
jamrachi Jamrach, 1875
stenocephalus Gray, 1868

NOTA DO TRADUTOR: mantive as bobagens e não interferi no texto, fora umas pequenas ajeitadinhas e comentários entre parênteses. Não mate o tradutor.

Rinoceronte-indiano ou Great One-horned Rhinoceros ou Asian One-horned Rhinoceros (Rhinoceros unicornis) é um grande mamífero encontrado no Nepal, Butão, Paquistão e em ("no"?) Assam, índia. Encontra-se confinado às pradarias elevadas e florestas nos sopés do Himalaia. O rinoceronte-indiano pode correr a uma velocidade de até Predefinição:Convert/mi/h por curtos períodos de tempo e também é excelente nadador. Sua audição e olfato são excelentes, mas a visão relativamente fraca.

O rinoceronte-indiano foi o primeiro rinoceronte a ser conhecido pelos Europeus. Rhinoceros do grego, "rhino", nariz, e "ceros", chifre, ou corno. O rinoceronte-indiano é uni-específico, o que significa que não há subespécies distintas(???? - não seria outras espécies? tá mal explicado). Rhinoceros unicornis é a espécie-tipo da família rhinoceros, originalmente descrita por Carolus Linnaeus em 1758.[1]

Ver artigo principal: Rhinoceros#Evolution

Rinocerontes ancestrais divergiram pela primeira vez de outros Perissodactyls no Early Eocene. Comparações de DNA mitocondrial sugerem que os ancestrais dos rinocerontes modernos separaram-se dos ancestrais dos Equidae cerca de 50 milhões de anos atrás.[2] A família remanescente, Rhinocerotidae, surgiu durante o Late Eoceno na Eurásia, e os ancestrais das espécies de rinocerontes ainda existentes dispersos pela Ásia apareceram no Mioceno (conferir - o texto estava meio sem sentido).[3]

Fósseis de Rhinoceros unicornis surgem no Pleistoceno Médio. No Pleistoceno, o gênero Rhinoceros expandiu-se pelo sudeste e sul da Ásia, com espécimes encontrados no Sri Lanka. Durante o Holoceno, alguns rinocerontes chegaram até o limite oeste, Gujarat e Paquistão, onde ainda viviam há apenas 3200 anos.[1]

O rinoceronte-indiano e o rinoceronte-de-java, únicos membros do gênero Rhinoceros, aparecem pela primeira vez em registros fósseis asiáticos entre 1,6 e 3,3 milhões de anos atrás. Estimativas moleculares, todavia, indicam que a espécie pode ter divergido (evoluido?) muito antes, cerca 11.7 milhões de anos atrás.[4][2] Apesar de pertencerem ao gênero-tipo, não se acredita que o rinoceronte-indiano e o rinoceronte-de-java sejam proximamente relacionados às outras espécies de rinocerontes. Diversos estudos "hypothesized" (o quê? "sugerem"? "indicam"? "especulam"?) que seriam relacionados aos extintos Gaindetherium ou Punjabitherium. Detalhada análise cladística dos Rhinocerotidae situa Rhinoceros e os extintos Punjabitherium em um clado com Dicerorhinus, o rinoceronte-de-sumatra. Outros estudos sugerem que o rinoceronte-de-sumatra estaria mais próximo das duas espécies africanas.[5] O rinoceronte-de-sumatra pode ter evoluído (divergido) dos outros rinocerontes asiáticos até (tão cedo quanto) 15 milhões de anos atrás.[3][6]

Características

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Indian Rhino at the Metro Toronto Zoo.

Iguala-se em tamanho ao rinoceronte-branco da África; juntos são as maiores espécies de rinocerontes. Machos adultos são maiores que as fêmeas na natureza, pesando de 2200 a 3000 kg (4,800 - 6,600 lb). Rinocerontes-indianos fêmeas pesam cerca de 1600 kg. A altura do rinoceronte-indiano varia entre 1.7 e 2 m (5.7 a 6.7 pés) e pode chegar a 4m (13 ft) de comprimento (é essa a palavra?). O maior espécime deste rinoceronte pesava aproximadamente 3500 kg.

O Great One-Horned Rhinoceros tem um único corno, presente tanto nos machos como nas fêmeas, mas não em recém-nascidos. O chifre, como as unhas humanas, é pura queratina e começa a aparecer após cerca de seis anos. Na maioria dos adultos o corno atinge o comprimento de cerca de 25 centímetros,[7] mas foi registrado o recorde de 57.2 centímetros. O corno nasal curva-se para trás a partir do focinho. Seu corno é naturalmente negro. Animais em cativeiro geralmente apresentam o corno bastante gasto, reduzido a um calo (lombada? protuberância?) arredondada.[1]

Indian Rhino at the Metro Toronto Zoo.

Este rinoceronte de aparência pré-histórica tem espesso couro marrom-prateado o qual se torna rosado próximo às grandes dobras de pele que recobrem seu corpo. Machos desenvolvem espessas dobras no pescoço. Suas patas (pernas) dianteiras e ombros (tem palavra melhor?) encontram-se cobertos de calos(saliências?) verrucosos. Apresenta muito pouco pelo no corpo, além dos cílios, franjas das orelhas e tufo da cauda.[1]

Em cativeiro, sabe-se que quatro viveram por mais de 40 anos, o mais velho chegou a 47.[1]

Comportamento

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Moghul emperor Babur on a rhino hunt

Estes rinocerontes vivem em pradarias (adjetivo tall, não dá pra saber aqui se é de capim alto ou elevada altitude, acho que o segundo) e florestas à beira dos rios, mas devido À perda de habitat estão sendo empurrados para terras cultivadas. Majoritariamente são criaturas solitárias, com exceção de mães e filhotes, e pares em período de acasalamento, contudo ocasionalmente congregam-se em áreas de banho. Possuem territórios o dos machos usualmente de 2 a 8 km², sobrepondo-se aos de outros machos. Machos dominantes toleram macho atravessando seu território exceto durante a estação de acasalamento, quando perigosas lutas acontecem. São ativos durante a noite e pelo começo da manhã. Passam o meio do dia banhando-se em lagos, rios, lagoas e poças para se refrescarem. São nadadores excelentes. Mais de dez vocalizações diferentes foram registradas.

Rinocerontes-indianos tem poucos inimigos naturais, exceto pelos tigres. Tigres ocasionalmente matam filhotes desprotegidos, mas rinocerontes adultos são menos vulneráveis devido ao seu tamanho. Humanos são a única outra ameaça animal, caçando os rinocerontes por esporte ou pelo uso de seu chifre. Mynahs e egrets ambos alimentam-se de invertebrados do couro do rinoceronte a de suas patas. Sabe-se que Tabanus flies, um tipo de horse-fly picam os rinocerontes. Os rinocerontes também são vulneráveis a doenças espalhadas por parasitas tais como sanguessugas, ticks, e nematoides. Ocorrem também Anthrax e a doença sanguínea septicemia.[1]

O rinoceronte-indiano forma uma variedade de agrupamentos sociais. Machoa adultos geralmente são solitários, exceto pelo acasalamento e enfrentamentos. Fêmeas adultas são grandemente solitárias quando sem filhotes. Mães ficam perto de seus filhotes até por quatro anos após seu nascimento, ocasionalmente permitindo que um filhote mais velho continue a acompanhá-los após o nascimento de um novo filhote. Machos e fêmeas subadult(jovens?) formam grupos consistentes também. grupos com dois ou três machos jovens frequentemente formam-se nos limites exteriores (bordas-fronteiras) dos territórios dos machos dominantes, presumivelmente para proteção pelo seu número. Fêmeas jovens são pouco menos sociais que os machos. Rinocerontes-indianos também formam grupos de curta duração, particularmente nos atoleiros das florestas durante a a estação das monções e em pradarias durante março e abril. Grupos de até 10 rinocerontes podem ajuntar-se em atoleiros - tipicamente um macho dominante com fêmeas e filhotes, mas não machos jovens.[8]

o rinoceronte-indiano emite uma variedade de vocalizações. Pelo menos dez vocalizações distintas foram identificadas: snorting, honking, bleating, roaring, squeak-panting, moo-grunting, shrieking, groaning, rumbling and humphing (aahahah, tem que procurar essas delícias no dicionário depois). Além dos barulhos, o rinoceronte utiliza comunicação olfativa. Machos adultos urinam para trás, atingindo até 3 ou 4 metros de distância, frequentemente em resposta a perturbação ocasionada por observadores. Como todos os rinocerontes , o rinoceronte-indiano frequentemente defeca perto de outras pilhas de fezes. O rinoceronte-indiano tem glândulas de cheiro nos pés (pedal scent glands) que são utilizadas para marcar sua presença nestas latrinas. Machos já foram observados andando com a cabeça perto do solo com se estivesse farejando, presumivelmente seguindo o cheiro de fêmeas.[8]

Em grupos, rinocerontes-indianos frequentemente são amigáveis. Frequentemente se cumprimentam acenando ou balançando a cabeça, roçando os flancos, assoando o nariz, ou lambendo. Rinocerontes brincam de luta, andam à volta, a brincam com ramos em suas bocas. Machos adultos são os principais instigadores à luta. Lutas entre machos dominantes são a causa mais comum de mortalidade em rinocerontes, e machos são também muito agressivos com as fêmeas durante o cortejo (acasalamento). Machos perseguem fêmeas por longas distâncias e mesmo atacam-nas face-a-face.[8] Diferentemente do rinoceronte-africano, os rinocerontes-indianos lutam com seus incisors (incisivos?), em vez de seus cornos.[9]

Hábitos alimentares e dieta

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O rinoceronte-indiano é um grazer (que come capim... herbívoro? tem outra palavra pra isso?rinoceronte é ruminante?). Sua dieta consiste quase que inteiramente de "gramas" (capim?), mas sabe-se que o rinoceronte tambem como folhas, ramos de arbustos e árvores, frutas e plantas aquáticas submersas ou flutuantes.[1]

A alimentação durante a manhã e início da noite. O rinoceronte emprega seu lábio prehensile (qual a melhor palavra aqui? prensil?) para agarrar os feixes de capim, inclina-os para baixo, arranca o topo, e então come o capim. Quando o capim ou árvores jovens são muito altos, o rinoceronte frequentemente avança sobre a planta, com suas patas (pernas no texto) de ambos os lados, usando o peso de seu corpo para trazer o final da planta ao nível de sua boca. Mães também usam esta técnica para possibilitar que seus filhotes se alimentem. Bebem durante um ou dois minutos por vez, frequentemente absorvendo água misturada cheia de urina de rinoceronte.[1]

Mother and calf at Buffalo Zoo.

Em zoológicos, fêmeas podem procriar já aos quatro anos, mas na natureza usualmente passam-se seis antes que a procriação se inicie.[10] A idade maior na natureza pode refletir a necessidade de serem grandes o suficiente para evitar serem mortas pelos machos agressivos. O rinoceronte-indiano apresenta período de gestação muito longo, cerca de 15,7 meses. O intervalo entre nascimentos gira em torno de 34 a 51 meses.[11] Em cativeiro, machos podem procriar (usa isso pra macho?acasalar?) aos cinco anos. Mas na natureza, só machos dominantes acasalam, e rinocerontes não obtém a dominância até que sejam maiores e mais velhos. Em um estudo de campo de cinco anos, só um rinoceronte dos que tiveram sucesso ao acasalar tinha idade estimada menor que quinze anos.[12]

Distribuição geográfica e habitat

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Os rinocerontes já habitaram regiões por todo o Paquistão até Burma e Bangladesh e podem até ter perambulado pela China. Mas devido à influência humana seu território encolheu e agora apenas existem em pequenas populações no nordeate da Índia, Butão, Nepal e lal suhanra national park, no leste do (Punjab) paquistanês.

Elephant safari after Rhinoceros unicornis in Chitwan National Park

Sobre a antiga abundância da espécie, Thomas C. Jerdon escreveu em 1874 em Mammals of India:

This huge rhinoceros is found in the Terai at the foot of the Himalayas, from Bhotan to Nepal. It is more common in the eastern portion of the Terai than the west, and is most abundant in Assam and the Bhotan Dooars. I have heard from sportsmen of its occurrence as far west as Rohilcund, but it is certainly rare there now, and indeed along the greater part of the Nepal Terai;... Jelpigoree, a small military station near the Teesta River, was a favourite locality whence to hunt the Rhinoceros and it was from that station Captain Fortescue, of the late 73rd N.I., got his skulls, which were, strange to say, the first that Mr. Blyth had seen of this species, of which there were no specimens in the Museum of the Asiatic Society at the time when he wrote his Memoir on this group.
— Jerdon, T. C. 1874 The mammals of India.

Conservação

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No séc. XIX e começo do séc. XX, o rinoceronte-indiano foi caçado avidamente. Registros da metade do séc. XIX afirmam que alguns oficiais militares em Assam mataram mais de 200 rinocerontes cada um. No começo dos 1900s, oficiais coloniais começaram a procuparse com a queda vertiginosa do número de animais. Em 1908 em Kaziranga, uma dos principais territórios de rinorecontes, a população havia caído para cerca de doze indivíduos. Em 1910, toda caça aos rinoceronte tornou-se proibida na Índia.[1]

Este rinoceronte é um dos principais êxitos conservacionistas. Apenas 100 restavam no princípio dos 1900s e hoje sua população aumentou mas mesmo assim ainda está ameaçada.

O rinoceronte-indiano é ilegalmente abatido pelo seu corno, os quais algumas culturas do leste da Ásia acreditam ter poderes curativos e afrodisíacos assim é utilizado pela Traditional Chinese Medicine e outras medicinas orientais. A perda de habitat é outra ameaça. Menos de 2500 indivíduos sobrevivem na natureza, e a espécie está ameaçada.

Os governos da India e do Nepal tomaram medidas importantes em direção à conservação do rinoceronte-indiano com a ajuda do World Wildlife Fund (WWF). O Kaziranga National Park e o Manas National Park em Assam, Pobitora reserve forest em Assam (que tem a maior densidade de rinocerontes do mundo), Orang National park of Assam, Laokhowa reserve forest of Assam, que tem uma população bastante pequena, e o Royal Chitwan National Park no Nepal são alguns dos lares deste animal.

Demografia do Rhinoceros unicornis. Fonte: aqui.

YEAR TOTAL INDIA NEPAL
1910 100
1952 350 300 50
1958 700 400 300
1963 600
1964 625 440 185
1966 740 575 165
1968 680
1971 630
1983 1000
1984 1500
1986 1711 1334 377
1987 1700
1990 1700
1994 1900
1995 2135 1600 535
1997 2095
1998 2100
2000 2500
2002 2500
2005 2400

Rinocerontes-indianos têm sido domados e empregados em circos, mas permanecem animais perigosos e imprevisíveis. O rinoceronte-indiano inicialmente foi difícil de reproduzir em cativeiro. O primeiro registro de um nascimento ocorreu em Kathmandu em 1826, mas outro sucesso não ocorreria por quase 100 anos; em 1925 um rinoceronte nasceu em Calcutta. Nenhum rinoceronte acasalou com êxito na Europa até 1956, mas na segunda metade do séc. XX, zoológicos aprenderam a reproduzi-los. Em 1983, cerca de 40 já haviam nascido em cativeiro.[1]

Aspectos culturais

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Predefinição:Artwork

O rinoceronte-indiano foi a primeiro rinoceronte amplamente conhecido fora de seu território. O primeiro a chegar à Europa em tempos modernos chegou em Lisboa em 20 de maio de 1515. O Rei Manuel I de Portugal planejava mandar o rinoceronte ao Papa Leão X, mas o animal pereceu em um naufrágio. Antes de morrer, contudo, foi desenhado por um artista desconhecido. Um artista alemão, Albrecht Dürer, viu os esboços e descrições e criou uma xilogravura do rinoceronte, conhecido depois como Dürer's Rhinoceros. Apesar de algumas imprecisões anatômicas (notavelmente no hornlet (que é isso? chifrezinho? esporão?) projetado(protuberante) do ombro do rinoceronte), este esboço tornou-se uma imagem duradoura de rinoceronte na cultura ocidental por séculos.

Assam, estado da Índia tem o one-horned rhino como animal oficial do estado. É também o logotipo da Assam Oil Company Ltd..

  1. a b c d e f g h i j Laurie, W.A.; E.m. Lang, and C.P. Groves (1983). «Rhinoceros unicornis». Mammalian Species (211): 1–6. doi:10.2307/3504002 
  2. a b Xu, Xiufeng; Axel Janke, and Ulfur Arnason. «The Complete Mitochondrial DNA Sequence of the Greater Indian Rhinoceros, Rhinoceros unicornis, and the Phylogenetic Relationship Among Carnivora, Perissodactyla, and Artiodactyla (+ Cetacea)». Molecular Biology and Evolution. 13 (9): 1167–1173. Consultado em 4 de novembro de 2007 
  3. a b Lacombat, Frédéric. The evolution of the rhinoceros. [S.l.: s.n.]  In Fulconis 2005, pp. 46–49.
  4. Tougard, C.; T. Delefosse, C. Hoenni, and C. Montgelard (2001). «Phylogenetic relationships of the five extant rhinoceros species (Rhinocerotidae, Perissodactyla) based on mitochondrial cytochrome b and 12s rRNA genes». Molecular Phylogenetics and Evolution. 19 (1): 34–44. doi:10.1006/mpev.2000.0903 
  5. Cerdeño, Esperanza (1995). «Cladistic Analysis of the Family Rhinocerotidae (Perissodactyla)» (PDF). American Museum of Natural History. Novitates (3143). ISSN 0003-0082. Consultado em 4 de novembro de 2007 
  6. Dinerstein 2003, pp. 10–15
  7. Dinerstein 2003, pp. 272
  8. a b c Dinerstein 2003, pp. 283–286
  9. Dinerstein 2003, pp. 134–135
  10. Dinerstein 2003, pp. 142
  11. Dinerstein 2003, pp. 142
  12. Dinerstein 2003, pp. 148–149

Ligações externas

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