Vampyressa elisabethae

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Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Chiroptera
Família: Phyllostomidae
Subfamília: Stenodermatinae
Gênero: Vampyressa
Espécie: V. elisabethae
Nome binomial
Vampyressa elisabethae
Tavares, A. L. Gardner, Ramírez-Chaves, & Velazco, 2014

Vampyressa elisabethae é uma espécie de morcego da família Phyllostomidae. A espécie é conhecida somente de duas localidades, em Bocas del Toro no Panamá e seu habitat natural é floresta tropical montana. O estado de conservação da espécie ainda não avaliado pela União Internacional para a Conservação da Natureza.

Taxonomia e etimologia[editar | editar código-fonte]

O holótipo de V. elisabethae foi coletado em 1961 em uma área de floresta montana (aproximadamente 1500 m acima do nível do mar) em "Rancho Mojica", a cerca de 32 km da cidade de Changuinola no Panamá. Além do holótipo, são conhecidos apenas outros quatro exemplares da espécie, todos coletados entre 1961 e 1976.[1]

O nome da espécie é uma homenagem à ecóloga Elisabeth Klara Viktoria Kalko, por suas significantes contribuições ao estudo dos quirópteros. Kalko trabalhou intensamente no Panamá, principalmente na Ilha de Barro Colorado.

Um estudo recente extraiu e sequeciou parte do ADN mitocondrial do holótipo, incluindo o mesmo numa análise filogenética do gênero. Foi demonstrado um alto grau de divergência molecular entre a espécie e os demais Vampyressa. Na filogenia, a espécie é recuperada como grupo-irmão de um clado composto por V. melissa e V. voragine.[2]

Descrição[editar | editar código-fonte]

É uma das maiores espécies de Vampyressa, com o antebraço medindo entre 36.2 e 37.8 milímetros de comprimento. Assim como todos os integrantes do gênero, os morcegos desta espécie têm um focinho curto e quatro faixas brancas acima e abaixo dos olhos.

Os morcegos da espécie têm a pelagem do dorso marrom amarelada e não possuem listra branca dorsal, como ocorre nos parentes próximos Chiroderma e Vampyriscus. O primeiro par de incisivos superiores é levemente bilobado. Há apenas dois molares inferiores, diferindo de Vampyressa melissa e Vampyressa voragine, que possuem três molares inferiores.[2]

Distribuição e habitat[editar | editar código-fonte]

Esses morcegos são conhecidos apenas de duas localidades na província panamenha de Bocas del Toro.

Dieta e comportamento[editar | editar código-fonte]

Nada se sabe sobre a dieta da espécie. As outras espécies do gênero são frugívoras e possuem uma nítida preferência na ingestão de figos, apesar de se alimentar ocasionalmente de outras frutas.

Conservação[editar | editar código-fonte]

A espécie ainda não foi avaliada pela lista da União Internacional para a Conservação da Natureza.

Referências

  1. Tavares, V.R.; Gardner, A.L.; Ramírez-Chaves, H.E.; Velazco, P.M. (2014). «Systematics of Vampyressa melissa Thomas, 1926(Chiroptera: Phyllostomidae), with descriptions of two new species of Vampyressa». American Museum Novitates. 3813 (1): 1–27. doi:10.1206/3813.1 
  2. a b Tavares, V.R.; Gardner, A.L.; McDonough, M.M.; Maldonado, J.E.; Gutiérrez, E.E.; Velazco, P.M.; Garbino, G.S.T. (2022). «Historical DNA of rare yellow-eared bats Vampyressa Thomas, 1900 (Chiroptera, Phyllostomidae) clarifies phylogeny and species boundaries within the genus». Systematics and Biodiversity. 20 (1): 1–13. doi:10.1080/14772000.2022.2117247 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]