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Velho do Restelo: diferenças entre revisões

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:::[[Os Lusíadas]], Canto IV, 94-97<ref>{{citar web|URL=http://www.tabacaria.com.pt/lusiadas/restelo.htm|título=Os Lusíadas de Luís de Camões|autor=|data=|publicado=Tabacaria|acessodata={{DataExt|2|5|2013}}}}</ref>
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Se as admoestações do Velho do Restelo tivessem sido ouvidas, o [[Brasil]] não teria sido descoberto pelos navegadores portugueses.<ref name="dilma.rousseff.2013-02-19">[[Dilma Rousseff]], Presidente do Brasil, ''Discurso da Presidenta da República, Dilma Rousseff, na cerimônia de anúncio de medidas do Plano Brasil Sem Miséria - Brasília/DF'', 19 de fevereiro de 2013 [http://www2.planalto.gov.br/imprensa/discursos/discurso-da-presidenta-da-republica-dilma-rousseff-na-cerimonia-de-anuncio-de-medidas-do-plano-brasil-sem-miseria <nowiki>[em linha]</nowiki>]</ref>


Não se sabe ao certo qual o grau de identificação de Camões com o discurso do Velho, havendo uma certa contradição entre a escrita de uma epopeia de grandes dimensões sobre as navegações, mostrando claro entusiasmo pelo empreendimento marítimo e tanto o discurso como algumas outras partes do poema, que mostram pessimismo e receio.<ref>{{citar web|URL=http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/analises_completas/o/os_lusiadas_o_velho_do_restelo|título=Os Lusíadas - O Velho do Restelo, de Luís Vaz de Camões|autor=|data=|publicado=PasseiWeb|acessodata={{DataExt|2|5|2013}}}}</ref>
Não se sabe ao certo qual o grau de identificação de Camões com o discurso do Velho, havendo uma certa contradição entre a escrita de uma epopeia de grandes dimensões sobre as navegações, mostrando claro entusiasmo pelo empreendimento marítimo e tanto o discurso como algumas outras partes do poema, que mostram pessimismo e receio.<ref>{{citar web|URL=http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/analises_completas/o/os_lusiadas_o_velho_do_restelo|título=Os Lusíadas - O Velho do Restelo, de Luís Vaz de Camões|autor=|data=|publicado=PasseiWeb|acessodata={{DataExt|2|5|2013}}}}</ref>

Revisão das 14h34min de 14 de julho de 2013

Velho do Restelo é um personagem criado por Luís de Camões no canto IV da sua obra Os Lusíadas.[1] O Velho do Restelo simboliza os pessimistas,[2] os conservadores [3] e os reacionários que não acreditavam no sucesso da epopeia dos descobrimentos portugueses, e surge na largada da primeira expedição para a Índia com avisos sobre a odisseia que estaria prestes a acontecer:[4][5]

94
Mas um velho, de aspecto venerando,
Que ficava nas praias, entre a gente,
Postos em nós os olhos, meneando
Três vezes a cabeça, descontente,
A voz pesada um pouco alevantando,
Que nós no mar ouvimos claramente,
C'um saber só de experiências feito,
Tais palavras tirou do experto peito:
95
- "Ó glória de mandar! Ó vã cobiça
Desta vaidade, a quem chamamos Fama!
Ó fraudulento gosto, que se atiça
C'uma aura popular, que honra se chama!
Que castigo tamanho e que justiça
Fazes no peito vão que muito te ama!
Que mortes, que perigos, que tormentas,
Que crueldades neles experimentas!
96
- "Dura inquietação d'alma e da vida,
Fonte de desamparos e adultérios,
Sagaz consumidora conhecida
De fazendas, de reinos e de impérios:
Chamam-te ilustre, chamam-te subida,
Sendo dina de infames vitupérios;
Chamam-te Fama e Glória soberana,
Nomes com quem se o povo néscio engana!
97
- "A que novos desastres determinas
De levar estes reinos e esta gente?
Que perigos, que mortes lhe destinas
Debaixo dalgum nome preminente?
Que promessas de reinos, e de minas
D'ouro, que lhe farás tão facilmente?
Que famas lhe prometerás? que histórias?
Que triunfos, que palmas, que vitórias?
Os Lusíadas, Canto IV, 94-97[6]

Não se sabe ao certo qual o grau de identificação de Camões com o discurso do Velho, havendo uma certa contradição entre a escrita de uma epopeia de grandes dimensões sobre as navegações, mostrando claro entusiasmo pelo empreendimento marítimo e tanto o discurso como algumas outras partes do poema, que mostram pessimismo e receio.[7]

A expressão «Velho do Restelo» é actualmente utilizada para representar o pessimismo [2] e o conservadorismo.[3]

Referências

  1. Luís de Camões, Os Lusíadas, Canto IV, 94-97
  2. a b Gastão Vieira, Ministro do Turismo do Brasil, em entrevista concedida em 1 de fevereiro de 2013 [em linha]
  3. a b Juscelino Kubitschek, Presidente do Brasil, Mensagem aos estudantes no término da Ia semana mudancista, de São Paulo, 15 de março de 1957 [em linha]
  4. «Velho do Restelo». Infopédia. Consultado em 2 de maio de 2013  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  5. «Velho do Restelo». CITI. Consultado em 2 de maio de 2013  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  6. «Os Lusíadas de Luís de Camões». Tabacaria. Consultado em 2 de maio de 2013  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  7. «Os Lusíadas - O Velho do Restelo, de Luís Vaz de Camões». PasseiWeb. Consultado em 2 de maio de 2013  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
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