Via Campesina: diferenças entre revisões
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Revisão das 11h42min de 17 de janeiro de 2012
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![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/64/Via_Campesina.jpg/350px-Via_Campesina.jpg)
Via Campesina é uma organização internacional de camponeses que tem por objetivo defender os interesses desse segmento, que, segundo eles, representaria parte significativa da população mundial e historicamente seria mantida à margem dos benefícios da sociedade e das negociações de políticas nacionais e internacionais. Atualmente o secretariado internacional da Via Campesina (que é rotativo) está situado na Indonésia.
A organização é acusada de praticar ações criminosas e de servir como massa de manobra para partidos de esquerda [1]. Os membros da via campesina alegam que são vítimas de uma ofensiva da direita visando criminalizar os movimentos sociais. [2]
Objetivos
A Via Campesina é um movimento internacional que coordena organizações camponesas de pequenos e médios agricultores, trabalhadores agrícolas, mulheres . rurais e comunidades indígenas da Ásia, África, América e Europa. Trata-se de um movimento autônomo, pluralista, mas com ligações políticas e econômicas. Está formada por organizações nacionais e regionais cuja autonomia é cuidadosamente respeitada. Está organizada em 8 regiões: Europa do Leste, Europa do Oeste, Nordeste e Sudeste da Ásia, Sul da Ásia, América do Norte, Caribe, América Central, América do Sul e na África.
Fundação
Originou-se em Abril de 1992, quando vários dirigentes camponeses da América Central, da América do Norte e da Europa reuniram-se em Manágua, Nicarágua no contexto do Congresso da União Nacional de Agricultores e Pecuaristas (Unión Nacional de Agricultores y Granaderos-UNAG). Em maio de 1993, foi realizada a Primeira Conferência da Via Campesina em Mons, na Bélgica, durante a qual foi constituída como organização mundial e .foram definidas as primeiras linhas estratégicas de trabalho, bem como suas estruturas. A Segunda Conferência Internacional realizou-se em Tlaxcala, México, em abril de 1996. Assistiram à mesma, 37 países e 69 organizações nacionais e regionais, que analisaram uma série de temas que são preocupação central dos médios e pequenos produtores tais como: soberania alimentar, reforma agrária, invasões de terras, crédito e dívida externa, tecnologia, participação das mulheres, entre outros. Durante a 2ª Conferencia é declarado o dia "17 de abril como dia Internacional da Luta Camponesa" em homenagem aos atingidos no massacre de Eldorado dos Carajás. Já a Terceira Conferência foi em novembro/00 em Bangalore (Índia), e contou com mais de 100 delegados de organizações camponesas de 40 países. A Via Campesina está num processo de expansão e consolidação e pela sua natureza é uma organização politicamente complexa, pluricultural, com uma ampla cobertura geográfica projetando-se como uma organização da representatividade de pequenos e médios produtores a nível mundial. A Via Campesina desenvolve seu trabalho a partir dos seguintes eixos de ação: Gremiais, Político, Econômico, Comunicação, Gênero, Capacitação e Tecnológico. Para cada um desses eixos define-se objetivos e prioridades.
Atividades recentes e atuais no Brasil
Em março de 2009 um grupo de mulheres, ocupou uma cultura experimental de eucaliptos para a produção de celulose, que estavam sendo geneticamente alteradas, evidenciando ato de flagrante coragem. Também realizaram manifestação contra o agronegócio no prédio Ministério da Agricultura, em Brasília.
Sete pessoas da organização foram indiciadas pela polícia em março de 2009 pela ocupação de uma propriedade da Votorantim Celulose e Papel em Candiota, a 390 km de Porto Alegre, sob a acusação de invasão de propriedade e danos ao patrimônio. Em Barra Bonita, cerca de 600 mulheres e 40 crianças do grupo invadiram uma área do grupo Cosan. Mesmo após a justiça ter determinado a reintegração de posse, o grupo continuava no local.[3]
Prioridades
• Articulação e fortalecimento das suas organizações afiliadas;
• Incidir nos centros de poder e decisão dos governos e organismos multilaterais para reorientar as políticas econômicas e agrícolas que afetam aos pequenos e médios produtores;
• Fazer protestos e ações contra as empresas transnacionais do agronegócio, contra os transgênicos e contra o capital financeiro.
• Fortalecimento da participação das mulheres nos aspectos sociais, econômicos, políticos e culturais;
• Formulação de propostas sobre temas importantes como: Reforma Agrária, Soberania Alimentar, Produção, Comercialização, Pesquisa, Recursos Genéticos, Biodiversidade, Meio ambiente e Gênero.
Estrutura e organização
- Conferências: é a máxima instancia de decisão, se reúne a cada três anos;
- Regionais: são instâncias de articulação em cada região;
- Comissão Coordenadora Internacional: coordena as regionais.
- As comissões estão integradas por 50% de mulheres e 50% de homens.
A Via Campesina trabalha na construção de uma política de alianças com outras forças sociais, econômicas e políticas, a nível mundial, para lutar pelos seus direitos.
A Via Campesina Brasil é composta pelos seguintes movimentos:
- MST - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
- MPA - Movimento dos Pequenos Agricultores
- MAB - Movimento dos Atingidos por Barragens
- MMC - Movimento de Mulheres Camponesas
- FEAB - Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil
- CPT - Comissão Pastoral da Terra
- PJR - Pastoral da Juventude Rural
- ABEEF - Associação Brasileira dos Estudantes de Engenharia Florestal
- CIMI - Conselho Indigenista Missionário
- Pescadores e Pescadoras Artesanais
Referências
- ↑ http://www.olavodecarvalho.org/convidados/0168.htm
- ↑ http://global.org.br/wp-content/uploads/2010/02/criminaliza%C3%A7%C3%A3o-dos-mov.-sociais.-Via-Campesina.pdf
- ↑ Erro de citação: Etiqueta
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inválida; não foi fornecido texto para as refs de nomewww1.folha.uol.com.br
MST bom, é MST na cadeia.