Virtualização de área de trabalho

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As virtualizações de áreas de trabalhos são tecnologias de software que separam, os ambientes de áreas de trabalhos e os softwares aplicativos associados, dos dispositivos clientes físicos usados para acessá-los.

As virtualizações de áreas de trabalhos podem ser usadas em conjunto com as virtualizações de aplicativos [en] e com os sistemas destinados ao gerenciamento de perfis de usuários, agora chamados de virtualizações de usuários [en], para fornecer sistemas abrangentes destinados ao gerenciamento de ambientes de áreas de trabalhos. Nesse modo, todos os componentes das áreas de trabalhos são virtualizados, o que permite modelos de entregas de áreas de trabalhos altamente flexíveis e muito mais seguros. Além disso, essas abordagens oferecem suporte às estratégias de recuperações de áreas de trabalhos, a partir de desastres, mais completas, pois todos os componentes são essencialmente salvos nos centros de dados e copiados por meio de sistemas de manutenções redundantes tradicionais. Se os dispositivos ou hardwares dos usuários forem perdidos, as restaurações são diretas e símplices, pois os componentes estarão presentes nos inícios de sessões a partir de outros dispositivos. Além disso, como nenhum dos dados são salvos nos dispositivos do usuários, se tais dispositivos forem perdidos, há muito menos chances de que quaisquer dados críticos possam ser acessados e comprometidos.

Arquiteturas de sistemas[editar | editar código-fonte]

As implementações de virtualizações de áreas de trabalhos são classificadas com base em se as áreas de trabalhos virtuais são executadas remotamente ou localmente, se os acessos devem ser constantes ou são projetados para serem intermitentes e se as áreas de trabalhos virtuais persistem ou não entre as sessões. Normalmente, os produtos de softwares que fornecem soluções de virtualizações de áreas de trabalhos podem combinar implementações locais e remotas em produtos únicos para fornecer os suportes, específicos para os requisitos, mais adequados. Os graus de funcionalidades independentes dos dispositivos clientes são necessariamente interdependentes com as localizações dos servidores e as estratégias de acessos. As virtualizações não são estritamente necessárias para que os controles remotos existam. As virtualizações são empregadas para apresentarem instâncias independentes a vários usuários e requerem segmentações estratégicas dos servidores hosts[a] e apresentações em algumas camadas das arquitetura dos hosts[a]. As camadas de habilitações – geralmente softwares aplicativos – são chamadas de hipervisores.[1]

Virtualização de áreas de trabalhos remotas[editar | editar código-fonte]

As implementações relacionadas às virtualizações de áreas de trabalhos remotas operam em ambientes computacionais dos tipos clientes/servidores. As execuções dos aplicativos ocorrem em sistemas operacionais remotos que, usando protocolos para exibições remotas, se comunicam com os dispositivos clientes locais por meio dos quais os usuários interagem com os aplicativos nas redes. Todos os aplicativos e dados usados permanecem nos sistemas remotos. Apenas as informações das exibições, dos teclados e dos mouses são comunicadas com os dispositivos clientes locais, que podem ser computadores pessoais (C.P.)[b]/portáteis e móveis[c] convencionais, dispositivos clientes leves[d], tablets ou até mesmo telefones inteligentes[e]. Implementações comuns dessas abordagens envolvem a hospedagem de várias instâncias dos sistemas operacionais das áreas de trabalhos em plataformas de hardwares de servidores executando hipervisores. Suas iterações mais recentes são, geralmente, chamadas de infraestruturas de áreas de trabalhos virtuais (I.Á.T.V.)[f] (observe que o termo, geralmente, é usado incorretamente para se referir a quaisquer implementações relacionadas à virtualização de áreas de trabalhos[2]).

As virtualizações de áreas de trabalhos remotas são, frequentemente, usadas nos seguintes cenários:

  • em ambientes distribuídos com requisitos de alta disponibilidade e onde os suportes técnicos locais não estão prontamente disponíveis, como filiais e ambientes de varejo;
  • em ambientes onde a alta latência das redes degrada o desempenho dos aplicativos operando em modelos clientes/servidores convencionais;[carece de fontes?]
  • em ambientes onde os acessos remotos e os requisitos relacionados à segurança dos dados criam requisitos conflitantes que podem ser resolvidos retendo todos os dados (aplicativos) dentro dos centro de dados – com apenas as informações das exibições, dos teclados e dos mouses comunicadas com os clientes remotos.

Elas também são usadas como meios de fornecerem acessos a aplicativos, executados em sistemas operacionais Windows, a partir de terminais que não são Windows (incluindo tablets, telefones inteligentes[e] e computadores pessoais (C.P.)[b]/portáteis e móveis[c] que não são baseados em Windows).

As virtualizações de áreas de trabalhos remotas também podem fornecer meios, de compartilhamento dos recursos, para distribuir serviços computacionais em áreas de trabalhos de baixo custo em ambientes onde o fornecimento de computadores pessoais (C.P.)[b] de áreas de trabalhos dedicados aos usuários é muito caro ou desnecessário.

Para os administradores de tecnologia da informação (T.I.), isso significa ambientes de clientes mais centralizados e eficientes, mais fáceis de serem mantidos e capazes de responderem mais rapidamente às mudanças nas necessidades dos usuários e das empresas.[3][4]

Virtualização de apresentação[editar | editar código-fonte]

Os softwares de áreas de trabalhos remotas permitem que os usuários acessem aplicativos e dados em computadores remotos em redes usando os protocolos para exibições remotas. Os serviços de infraestruturas de áreas de trabalhos virtuais (I.Á.T.V.)[f] fornecem instâncias individuais dos sistemas operacionais das áreas de trabalhos (por exemplo, Windows XP, 7, 8.1, 10 etc.) para os usuários, enquanto as sessões das áreas de trabalhos remotas são executadas nos sistemas operacionais de servidores compartilhados. Tanto as coleções de sessões quanto as máquinas virtuais fornecem suporte a sessões completas baseadas em áreas de trabalhos e implantações remotas de aplicativos.[5][6]

O uso de sistemas operacionais de servidores compartilhados, em vez de instâncias individuais dos sistemas operacionais de áreas de trabalhos, consome significativamente menos recursos do que o mesmo número de sessões de infraestruturas de áreas de trabalhos virtuais (I.Á.T.V.)[f]. Ao mesmo tempo, o licenciamento das infraestruturas de áreas de trabalhos virtuais (I.Á.T.V.)[f] é mais caro e menos flexível do que as licenças das áreas de trabalhos remotas equivalentes. Juntos, esses fatores podem se combinar para tornar as virtualizações de áreas de trabalhos remotas baseadas em áreas de trabalhos remotas mais atraentes do que as infraestruturas de áreas de trabalhos virtuais (I.Á.T.V.)[f].

As implementações de infraestruturas de áreas de trabalhos virtuais (I.Á.T.V.)[f] permitem a entrega de espaços de trabalhos personalizados, que retêm todas as personalizações dos usuários, de volta aos usuários. Existem vários métodos para fazer isso.

Virtualização de aplicativos[editar | editar código-fonte]

As virtualizações de aplicativos melhoram a entrega e a compatibilidade dos aplicativos encapsulando-os a partir dos sistemas operacionais subjacentes nos quais são executados. Os aplicativos que são totalmente virtualizados não são instalados nos hardwares no sentido tradicional. Em vez disso, as camadas dos hipervisores interceptam os aplicativos, que em tempo de execução agem como se estivessem interagindo com os sistemas operacionais originais e todos os recursos gerenciados por eles, quando na realidade não estão.

Virtualização de usuários[editar | editar código-fonte]

As virtualizações de usuários separam, dos sistemas operacionais e aplicativos, todos os aspectos que definem as personalidades dos usuários dos softwares nos dispositivos para que possam ser gerenciados de formas independentes e aplicados nas áreas de trabalhos conforme necessário, sem a necessidade de scripts, políticas de grupos ou do uso de perfis móveis. O termo "virtualizações de usuários" soa enganoso; mas estas tecnologias não se limitam às áreas de trabalhos virtuais. As virtualizações de usuários podem ser usadas independentemente das plataformas – físicas, virtuais, nuvens, etc. Os principais fornecedores de plataformas para virtualizações de áreas de trabalhos, Citrix, Microsoft e VMware, oferecem formas básicas de virtualizações de usuários em suas plataformas.

Camadas[editar | editar código-fonte]

As camadas de áreas de trabalhos são métodos de virtualizações de áreas de trabalhos que dividem imagens de discos, em partes lógicas, para serem gerenciadas individualmente. Por exemplo, se todos os membros de um grupo de usuários usam os mesmos sistemas operacionais, os sistemas operacionais principais só precisam ser copiados uma vez para todos os ambientes que compartilham essas camadas. As camadas podem ser aplicadas às imagens de discos físicos locais, máquinas virtuais baseadas em clientes ou áreas de trabalhos baseadas em hosts[a]. Os sistemas operacionais Windows não são nativamente projetados para esses mecanismos de camadas, portanto, os fornecedores devem projetar suas próprias soluções proprietárias.

Área de trabalho como um serviço[editar | editar código-fonte]

As virtualizações de áreas de trabalhos remotas também podem ser fornecidas por meio de nuvens computacionais semelhantes às fornecidas usando os modelos de softwares como serviços. Essas abordagens, geralmente, são chamadas de áreas de trabalhos virtuais hospedadas em nuvens. As áreas de trabalhos virtuais hospedadas em nuvens são divididas em duas tecnologias:

  • Infraestruturas de áreas de trabalhos virtuais (I.Á.T.V.)[f] gerenciadas, que são baseadas nas tecnologias de infraestruturas de áreas de trabalhos virtuais (I.Á.T.V.)[f] fornecidas como serviços gerenciados terceirizados e;
  • Áreas de trabalhos como serviços (Á.T.c.u.S.)[g], que oferecem maiores níveis de automações e multilocações reais, reduzindo os custos das tecnologias. Os provedores de áreas de trabalhos como serviços (Á.T.c.u.S.)[g], geralmente, assumem totais responsabilidades por hospedarem e manterem os computadores, armazenamentos e infraestruturas de acessos, bem como aplicativos e licenças de softwares de aplicativos necessários para fornecer os serviços de áreas de trabalhos em troca de taxas mensais fixas.

As áreas de trabalhos virtuais hospedadas em nuvens podem ser implementadas usando sistemas baseados em infraestruturas de áreas de trabalhos virtuais (I.Á.T.V.)[f] e serviços de áreas de trabalhos remotas e podem ser fornecidas por meio de nuvens públicas, infraestruturas de nuvens privadas e plataformas de nuvens híbridas. As implementações de nuvens privadas são comumente chamadas de "infraestruturas de áreas de trabalhos virtuais (I.Á.T.V.)[f] gerenciadas". As ofertas de nuvens públicas tendem a ser baseadas nas tecnologias de áreas de trabalhos como serviços.

Virtualização de área de trabalho local[editar | editar código-fonte]

As implementações de virtualizações de áreas de trabalhos locais executam os ambientes de áreas de trabalhos nos dispositivos clientes usando virtualizações [en] ou emulações de hardwares. Para as virtualizações de hardwares, dependendo das implementações, os hipervisores do tipo I e do tipo II podem ser usados.[7]

As virtualizações de áreas de trabalhos locais são adequadas para ambientes onde a conectividade contínua das redes não pode ser assumida e onde os requisitos de recursos dos aplicativos podem ser melhor atendidos usando os recursos dos sistemas locais. No entanto, as implementações locais de virtualizações de áreas de trabalhos nem sempre permitem que aplicativos desenvolvidos para uma arquitetura de sistema sejam executados em outras. Por exemplo, é possível usar as virtualizações de áreas de trabalhos locais para executar o Windows 7 dentro de OS Xs em Macs da Apple baseados em Intel [en], usando hipervisores, pois ambos usam a mesma arquitetura x86.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas[editar | editar código-fonte]

  1. a b c do inglês host – um computador que medeia acessos múltiplos a bancos de dados nele montados ou fornece outros serviços a uma rede de computadores.
  2. a b c do inglês P.C.personal computer
  3. a b do inglês laptops
  4. do inglês thin client
  5. a b do inglês smartphone
  6. a b c d e f g h i j do inglês V.D.I.virtual desktop infrastructure
  7. a b do inglês D.a.a.S.desktop as a service

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Rouse, Margaret; Madden, Jack. «Desktop virtualization» (em inglês). TechTarget. Consultado em 3 de janeiro de 2013 
  2. Keith Schultz (16 de março de 2012). «Review: V.D.I. without the server connection» (em inglês). InfoWorld. Consultado em 3 de janeiro de 2013. Um subconjunto de infraestruturas de áreas de trabalhos virtuais (I.Á.T.V.), chamado de modo offline ou hospedado pelo cliente 
  3. Baburajan, Rajani (24 de agosto de 2011). «The rising cloud storage market opportunity strengthens endors». it.tmcnet.com (em inglês) 
  4. Oestreich, Ken (15 de novembro de 2010). «Converged infrastructure». thectoforum.com (em inglês). Arquivado do original em 13 de janeiro de 2012 
  5. «Configuring the remote desktop session host server to host remote app programs» (em inglês) 
  6. «Configuring virtual desktops for remote app and desktop connection» (em inglês) 
  7. «Desktop virtualization cheat sheet». networkworld.com (em inglês). Consultado em 17 de março de 2010. Arquivado do original em 27 de fevereiro de 2010 

Leitura adicional[editar | editar código-fonte]