Wikipédia:Artigos destacados/arquivo/Solitário-de-rodrigues

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Desenho de François Leguat (1708), única ilustração da espécie feita por alguém que a observou viva.
Desenho de François Leguat (1708), única ilustração da espécie feita por alguém que a observou viva.

Solitário-de-rodrigues (nome científico: Pezophaps solitaria) é uma espécie extinta de ave da família dos pombos que era endêmica de Rodrigues, uma ilha no Oceano Índico a leste de Madagascar. Era o "primo" mais próximo do famoso dodô, com quem compartilha semelhanças físicas e a trágica extinção após contato com humanos. Descoberto em 1601 por navegadores holandeses, o solitário foi totalmente exterminado em menos de dois séculos, por volta da década de 1760. Incapaz de voar, era caçado para servir de alimento para marinheiros e colonos, e depois sofreu com o desmatamento e introdução de gatos e porcos, que atacavam seus ovos e filhotes. A principal fonte de informações sobre a ave em vida é o livro de memórias de François Leguat, líder de um grupo de religiosos franceses abandonados em Rodrigues em 1691. Ele também é autor do único desenho do solitário feito por alguém que o observou vivo.

Os solitários-de-rodrigues cresciam até o tamanho de um cisne e apresentavam acentuado dimorfismo sexual. Os machos eram muito maiores que as fêmeas: mediam até 90 cm de comprimento e 28 kg de peso, contrastando com os 70 cm e 17 kg de suas parceiras. Sua plumagem era cinza e marrom; a fêmea era mais pálida. Possuíam uma faixa preta na base do bico levemente adunco, e o pescoço e as pernas eram longos. Possuíam grandes protuberâncias ósseas nas asas usadas em combate. (leia mais...)