Wikipédia:Artigos destacados/arquivo/Comboio de alta velocidade

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Os comboios japoneses Shinkansen foram os precursores dos comboios de alta-velocidade. Na imagem um Shinkansen da West Japan Railway Company da série 500 em Quioto.

Tipicamente, os comboios de alta velocidade viajam a velocidades de cruzeiro entre os 250km/h e os 300km/h. A marca mundial de velocidade para um comboio de alta velocidade com rodas convencionais foi batida em 1990 por um TGV francês que atingiu a velocidade de 553km/h, e o comboio protótipo japonês de levitação magnética (maglev) JR-Maglev MLX01 atingiu os 581km/h.

O grupo de trabalho da União Internacional de Caminhos-de-Ferro fornece definições de viagens de comboio de alta-velocidade. Não existe apenas uma única definição do termo, mas uma combinação de elementos — carris novos ou actualizados, material circulante, práticas de serviço — que levam ao serviço dos comboios de alta-velocidade. A velocidade a que um comboio deve circular para ser qualificado de "Alta-Velocidade" varia de país para país, variando desde os 160km/h até aos 300km/h. Os países que desenvolveram tecnologia de comboios de alta-velocidade incluem: Alemanha, China, Coreia, Espanha, França, Itália, Japão e Portugal.

Os caminhos-de-ferro foram a primeira forma de transporte de massas, e até ao desenvolvimento do automóvel no início do século XX tinham um monopólio efectivo no transporte terrestre. Nas décadas posteriores à Segunda Guerra Mundial, o petróleo barato, juntamente com melhoramentos nos automóveis, auto-estradas e aviação, tornaram estes meios mais práticos para uma grande porção da população do que antes. Na Europa e no Japão, foi dada ênfase à reconstrução no pós-guerra, enquanto que nos Estados Unidos foi dada à construção de um enorme sistema de auto-estradas interestaduais e aeroportos. Os sistemas de transporte de massas foram grandemente negligenciados nos EUA. Os caminhos-de-ferro dos Estados Unidos foram-se tornando cada vez menos competitivos, em parte devido à tendência do governo em favorecer o transporte aéreo e rodoviário, mais do que no Japão e nos países europeus, e em parte também devido à menor densidade populacional.