Wikipédia:Artigos destacados/arquivo/Ngungunhane

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Gungunhana, ostentando ainda a sua coroa de cera, aquando da sua captura pelo exército português (Dezembro de 1895).
Gungunhana, ostentando ainda a sua coroa de cera, aquando da sua captura pelo exército português (Dezembro de 1895).

Ngungunhane, Mdungazwe Ngungunyane Nxumalo, N'gungunhana, Gungunhana ou Reinaldo Frederico Gungunhana (Gaza, c. 1850 — Angra do Heroísmo, 23 de Dezembro de 1906) foi o último imperador do Império de Gaza, no território que actualmente é Moçambique, e o último monarca da dinastia Jamine.

Cognominado o Leão de Gaza, o seu reinando estendeu-se de 1884 a 28 de Dezembro de 1895, dia em que foi feito prisioneiro por Joaquim Mouzinho de Albuquerque na aldeia fortificada de Chaimite. Já conhecido da imprensa europeia, a administração colonial portuguesa decidiu condená-lo ao exílio em vez de o mandar fuzilar, como o fizera a outros. Foi transportado para Lisboa, acompanhado por um filho de nome Godide e por outros dignitários. Após uma breve permanência naquela cidade, foi desterrado para os Açores, onde viria a falecer onze anos mais tarde.

'Mudungazi ou Mundagaz que, ao subir ao trono em 1884, viria a ser cognominado Gungunhana ou Leão de Gaza, nasceu por volta de 1850, segundo informações daqueles que o conheceram, no território de Gaza algures entre os rios Zambeze e Incomati, mas muito provavelmente nas margens do Limpopo, região onde o centro do poder angune então se situava. Era filho de Muzila, ou Mzila, que seria depois rei de Gaza de 1861 a 1884, e de Yosio, cujo nome, após a sua morte, foi substituído por Umpibekeçana. O pai era filho e sucessor de Manicusse que, à frente de um exército vindo da Zululândia, tinha fundado o Império de Gaza.