Besouro-bombardeiro

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Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Coleoptera
Família: Carabidae
Tribos
Brachinini

Paussini
Ozaenini
Metriini

O termo besouro-bombardeiro é a designação comum a diversas espécies de besouros da família dos carabídeos, como o Brachinus crepitans. Também são conhecidos pelo nome de besouro-artilheiro. Esse inseto vive a maior parte do tempo escondendo-se entre raízes de árvores ou debaixo de pedras. Sendo um animal carnívoro, eles alimentam-se de insetos de corpo mole. Podem ser encontrados em todo mundo, menos na Antártida.[1][2]

Mecanismo de defesa[editar | editar código-fonte]

Sua defesa consiste em produzir um jato quente para repelir possíveis predadores. Esse material fica localizado em seu abdômen, em duas glândulas, que possuem substâncias químicas que explodem quando misturadas (peróxido de hidrogênio e hidroquinona). No entanto, essas substâncias apenas explodem na presença de um catalisador.[3]

Assim, a primeira capacidade é que esse besouro possui duas bolsas distintas que mantêm as substâncias químicas separadas até que ele precise da reação química para protegê-lo.[3]

A segunda capacidade é que esse besouro possui um revestimento de amianto em seu "caldeirão" onde os produtos químicos são misturados. Esse revestimento impede que a explosão química destrua o corpo do besouro ao ser projetada para fora.[3]

Entretanto, uma terceira capacidade se faz necessária para impedir que a explosão que ocorre fora do corpo do besouro atinja-o quando a corrente da química explosiva irrompe para fora do corpo. Se essa corrente fosse contínua, o besouro seria explodido pela reação química que sai do corpo; no entanto, o besouro expele sua corrente em pulsações gotejantes pequenas e contínuas. Assim, a corrente de material explosivo não é continua, de forma que o besouro não é morto pelo seu próprio mecanismo de proteção. Depois disso, a substância, que atinge uma temperatura média de 100°C, é pulverizada no animal que lhe tiver causando estresse.[3]

Referências

  1. Aneshansley, D.J.; Eisner, T.; Widon, J.M.; Widon, B. (1969). "Biochemistry at 100° C: Explosive Secretory Discharge of Bombardier Beetles (Brachinus)". Science. 165 (3888): 61–63.
  2. «Bombardier Beetle». Animal Facts & Photos. Dallas Zoological Society. 2004. Consultado em 17 de julho de 2010. Cópia arquivada em 8 de julho de 2011 
  3. a b c d MARIA LUCIANA RINCÓN (4 de maio de 2015). «CONHEÇA O BESOURO NERVOSO QUE DISPARA JATOS SUPERQUENTES PELO TRASEIRO». MegaCurioso. Consultado em 30 de setembro de 2018 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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