Monóptero
Monóptero[1] (do grego antigo: ὁ μονόπτερος (monopteros), derivado do politônico μόνος, "único", "singular", "sozinho" e em grego clássico: τὸ πτερόν, "asa", "ala") é uma colunata circular que suporta um teto sem nenhuma parede.[2] Ao contrário de um tolo (que, em sentido amplo, designa um "templo circular"), não há uma cela. Porém, na antiguidade grega e especialmente na romana, o termo era utilizado também para designar um tolo. Na época, os monópteros serviam inter alia como uma forma de baldaquino para uma imagem de culto. Um exemplo é o Monumento Corágico de Lisícrates em Atenas, apesar de ter tido seus espaços intercolunares emparedados ainda na antiguidade. Em contraste, o Templo de Roma e Augusto, na Acrópole de Atenas, é um monóptero da época romana com os espaços intercolunares ainda livres. Ciríaco de Ancona, um viajante do século XV, anotou a inscrição que ficava na arquitrave: "Ad praefatae Palladis Templi vestibulum".
Na arquitetura barroca e clássica, o monóptero, como "templo das musas", é um motivo popular em jardins ingleses e franceses. Eles ocorrem também nos parques germânicos, como no "Jardim Inglês", em Munique, e no Parque Hayns, em Hamburgo-Eppendorf. Muitos poços em parques têm aparência similar a um monóptero.
Muitos monópteros exibem estruturas decorativas parecidas com pórticos para demarcar uma entrada, uma estrutura desnecessária do ponto de vista funcional, uma vez que o templo é aberto de todos os lados. Além disso, muitos deles são identificados como rotundas por causa da planta circular, o que também acontece com os tolos. Porém, muitos monópteros tem plantas quadradas ou poligonais que não podem ser descritas como rotundas. Um exemplo é o "Templo das Musas" na Casa Tiefurt, que exibe uma planta hexagonal.
Galeria
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Exemplar em Krai de Stavropol, na Rússia.
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Exemplar em Corfu.
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Ruínas do Templo de Vesta, no Fórum Romano.
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Templo de Hércules Víctor, no Fórum Boário de Roma.
Referências
- ↑ «Monóptero». Aulete. Consultado em 26 de junho de 2015
- ↑ Curl, James Stevens (2006). Oxford Dictionary of Architecture and Landscape Architecture, 2nd ed., OUP, Oxford and New York, p. 500. ISBN 978-0-19-860678-9.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Wolfgang Binder: Der Roma-Augustus Monopteros auf der Akropolis in Athen und sein typologischer Ort. Karlsruhe 1969. (em alemão)
- Ingrid Weibezahn: Geschichte und Funktion des Monopteros. Untersuchungen zu einem Gebäudetyp des Spätbarock und des Klassizismus. Hildesheim 1975, ISBN 3-487-05764-6. Online: [1] (Google Books) (em alemão)