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Vício comportamental: diferenças entre revisões

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O termo "vício suave" foi cunhado por Judith Sewell Wright para descrever atividades, ânimos ou maneiras de ser, evitações, e coisas - comestíveis ou consumáveis, as quais não provocam um grave risco de saúde - e ainda, eles têm maior efeito no tempo pessoal e na produtividade.<ref>{{Cite book | year=2006 | title=The Soft Addiction Solution: Break Free of the Seemingly Harmless Habits that Keep You from the Life You Want | author1=Judith Wright | edition=revised, reprint | publisher=J.P. Tarcher/Penguin | isbn=978-1-58542-532-7 | url=http://books.google.com/?id=OfwUAAAACAAJ}}</ref><ref>{{cite press release |title=Judith Wright Appears on 20/20 Friday July 7 |publisher=Wright Institute |date=July 7, 2006 |url=http://www.pr.com/press-release/13468 |accessdate=June 5, 2013 |archiveurl=http://web.archive.org/web/20090301055322/http://www.pr.com/press-release/13468 |archivedate=March 1, 2009 |deadurl=no}}</ref> Esses comportamentos foram traçados em pelo programa titulado Bad Habids da ABC News.<ref>{{cite news |url=http://abcnews.go.com/2020/Story?id=2160434 |title=Bad Habits |publisher=ABC News |first=Joy |last=Levy |date=August 28, 2007 |accessdate=June 5, 2013}}</ref>
O termo "vício suave" foi cunhado por Judith Sewell Wright para descrever atividades, ânimos ou maneiras de ser, evitações, e coisas - comestíveis ou consumáveis, as quais não provocam um grave risco de saúde - e ainda, eles têm maior efeito no tempo pessoal e na produtividade.<ref>{{Cite book | year=2006 | title=The Soft Addiction Solution: Break Free of the Seemingly Harmless Habits that Keep You from the Life You Want | author1=Judith Wright | edition=revised, reprint | publisher=J.P. Tarcher/Penguin | isbn=978-1-58542-532-7 | url=http://books.google.com/?id=OfwUAAAACAAJ}}</ref><ref>{{cite press release |title=Judith Wright Appears on 20/20 Friday July 7 |publisher=Wright Institute |date=July 7, 2006 |url=http://www.pr.com/press-release/13468 |accessdate=June 5, 2013 |archiveurl=http://web.archive.org/web/20090301055322/http://www.pr.com/press-release/13468 |archivedate=March 1, 2009 |deadurl=no}}</ref> Esses comportamentos foram traçados em pelo programa titulado Bad Habids da ABC News.<ref>{{cite news |url=http://abcnews.go.com/2020/Story?id=2160434 |title=Bad Habits |publisher=ABC News |first=Joy |last=Levy |date=August 28, 2007 |accessdate=June 5, 2013}}</ref>


Em 15 de Agosto de 2011, a Sociedade Americana de Medicina do Vício (American Society of Addiction Medicine - ASAM) emitiu um público posicionamento, defendendo vícios com termos de mudança cerebral. "Vício é, primariamente, uma doença crônica do circuito de recompensas, motivação, memória e relação de circuito."<nowiki><ref>American Society of Addiction Medicine. (2011). Public Policy Statement: Definition of Addiction. </nowiki>http://www.asam.org/DefinitionofAddiction-LongVersion.html</ref>
Em 15 de Agosto de 2011, a Sociedade Americana de Medicina do Vício (American Society of Addiction Medicine - ASAM) emitiu um público posicionamento, defendendo vícios com termos de mudança cerebral. "Vício é, primariamente, uma doença crônica do circuito de recompensas, motivação, memória e relação de circuito."<ref>American Society of Addiction Medicine. (2011). Public Policy Statement: Definition of Addiction. http://www.asam.org/DefinitionofAddiction-LongVersion.html</ref>


Os seguintes trechos foram tirados do FAQs: <blockquote>A nova definição da ASAM renuncia da ideia de que vício é apenas com dependência de substâncias, descrevendo que vício tem uma relação com o comportamento e o sistema de recompensas. Essa é a primeira vez que ASAM mostrou um posicionamento oficial de que vício é não só uma "dependência à substâncias." Esta definição fala que vício é sobre funcionamento e circuito cerebral, e também diz sobre como as funções dos cérebros das pessoas viciadas diferem das funções cerebrais das pessoas não viciadas. Isto fala sobre circuito de recompensas do cérebro e sobre circuito relacionado, mas a ênfase não é sobre recompensas externas que agem no sistema de recompensas. Comida e sexualidade excessiva, jogar compulsivamente podem ser associados com a "busca patológica de recompensas" descrita na sua nova definição de vício.</blockquote>
Os seguintes trechos foram tirados do FAQs: <blockquote>A nova definição da ASAM renuncia da ideia de que vício é apenas com dependência de substâncias, descrevendo que vício tem uma relação com o comportamento e o sistema de recompensas. Essa é a primeira vez que ASAM mostrou um posicionamento oficial de que vício é não só uma "dependência à substâncias." Esta definição fala que vício é sobre funcionamento e circuito cerebral, e também diz sobre como as funções dos cérebros das pessoas viciadas diferem das funções cerebrais das pessoas não viciadas. Isto fala sobre circuito de recompensas do cérebro e sobre circuito relacionado, mas a ênfase não é sobre recompensas externas que agem no sistema de recompensas. Comida e sexualidade excessiva, jogar compulsivamente podem ser associados com a "busca patológica de recompensas" descrita na sua nova definição de vício.</blockquote>


<blockquote>Todos nós temos o circuito cerebral de recompensas, que faz sexo e comida serem atividades compensatórias. Na verdade, esse é um mecanismo de sobrevivência. Num cérebro saudável, esse circuito ganha mecanismos de respostas para saciedade ou “suficiência”. Num viciado, o circuito se toma disfuncional tanto que a mensagem para o indivíduo se torna maior, a qual leva para perseguições patológicas de recompensas ou de alívios através do uso de substâncias ou de comportamentos. Então, qualquer viciado é vulnerável para ser viciado também em comida e em sexo.<ref>American Society of Addiction Medicine. (2011). DEFINITION OF ADDICTION: FREQUENTLY ASKED QUESTIONS. http://www.asam.org/pdf/Advocacy/20110816_DefofAddiction-FAQs.pdf</ref></blockquote>


Desde que a ASAM publicou o seu posicionamento e um pouco antes disso, estudos adicionais apareceram sobre o vício em internet. Eles revelaram as mesmas mudanças cerebrais fundamentais em vício de drogas.<ref>{{cite journal |doi=10.1371/journal.pone.0030253 |title=Abnormal White Matter Integrity in Adolescents with Internet Addiction Disorder: A Tract-Based Spatial Statistics Study |year=2012 |editor1-last=Frasch |editor1-first=Martin Gerbert |last1=Lin |first1=Fuchun |last2=Zhou |first2=Yan |last3=Du |first3=Yasong |last4=Qin |first4=Lindi |last5=Zhao |first5=Zhimin |last6=Xu |first6=Jianrong |last7=Lei |first7=Hao |journal=PLoS ONE |volume=7 |pages=e30253 |pmid=22253926 |issue=1 |pmc=3256221}}</ref><ref>{{cite journal |doi=10.1016/j.jpsychires.2011.06.017 |title=Enhanced reward sensitivity and decreased loss sensitivity in Internet addicts: An fMRI study during a guessing task |year=2011 |last1=Dong |first1=Guangheng |last2=Huang |first2=Jie |last3=Du |first3=Xiaoxia |journal=Journal of Psychiatric Research |volume=45 |issue=11 |pages=1525–9 |pmid=21764067}}</ref><ref>{{cite journal |doi=10.1016/j.neulet.2011.05.047 |title=Male Internet addicts show impaired executive control ability: Evidence from a color-word Stroop task |year=2011 |last1=Dong |first1=Guangheng |last2=Zhou |first2=Hui |last3=Zhao |first3=Xuan |journal=Neuroscience Letters |volume=499 |issue=2 |pages=114–8 |pmid=21645588}}</ref><ref>{{cite journal |doi=10.1371/journal.pone.0020708 |title=Microstructure Abnormalities in Adolescents with Internet Addiction Disorder |year=2011 |editor1-last=Yang |editor1-first=Shaolin |last1=Yuan |first1=Kai |last2=Qin |first2=Wei |last3=Wang |first3=Guihong |last4=Zeng |first4=Fang |last5=Zhao |first5=Liyan |last6=Yang |first6=Xuejuan |last7=Liu |first7=Peng |last8=Liu |first8=Jixin |last9=Sun |first9=Jinbo |last10=von Deneen |first10=K. M. |last11=Gong |first11=Q |last12=Liu |first12=Y |last13=Tian |first13=J |journal=PLoS ONE |volume=6 |issue=6 |pages=e20708 |pmid=21677775 |pmc=3108989|display-authors=8 }}</ref><ref>{{cite journal |doi=10.1097/WNR.0b013e328346e16e |title=Reduced striatal dopamine D2 receptors in people with Internet addiction |year=2011 |last1=Kim |first1=Sang Hee |last2=Baik |first2=Sang-Hyun |last3=Park |first3=Chang Soo |last4=Kim |first4=Su Jin |last5=Choi |first5=Sung Won |last6=Kim |first6=Sang Eun |journal=NeuroReport |volume=22 |issue=8 |pages=407–11 |pmid=21499141}}</ref><ref>{{cite journal |pmid=21937800 |url=http://xbyx.xysm.net/xbwk/fileup/PDF/201108744.pdf |year=2011 |last1=Du |first1=W |last2=Liu |first2=J |last3=Gao |first3=X |last4=Li |first4=L |last5=Li |first5=W |last6=Li |first6=X |last7=Zhang |first7=Y |last8=Zhou |first8=S |title=网络成瘾大学生脑功能性磁共振成像特点 |trans_title=Functional magnetic resonance imaging of brain of college students with internet addiction |language=Chinese |volume=36 |issue=8 |pages=744–9 |doi=10.3969/j.issn.1672-7347.2011.08.008 |journal=中南大学学报 (医学版) [Journal of Central South University (Medical sciences)]|doi_brokendate=2014-03-23 }}</ref> Outro estudo feito em 2011 encontrou que o risco de vício em internet no homem é três vezes maior do que o risco nas mulheres,<blockquote>Vício em internet é uma desordem psicossocial e suas características são as seguintes: tolerância, crises de abstinência, desordens afetivas, e problemas nas relações sociais. O uso constante da internet causa desordens psicológicas, sociais, escolares e/ou no trabalho e dificuldades na vida pessoal. Dezoito por cento dos participantes do estudo foram considerados usuários patológicos da internet, de quem o uso excessivo da internet estava causando problemas sociais, acadêmicos e interpessoais. O uso excessivo da internet pode criar um elevado nível de prazer psicológico, resultando em falta de sono, falta de comer por um longo período de tempo, limitadas atividades físicas, possivelmente levando o usuário à experimentar problemas físicos e mentais como a depressão, OCD, poucas relações com os familiares e ansiedade.<ref>{{cite journal |pmid=22091309 |year=2011 |last1=Alavi |first1=SS |last2=Maracy |first2=MR |last3=Jannatifard |first3=F |last4=Eslami |first4=M |title=The effect of psychiatric symptoms on the internet addiction disorder in Isfahan's University students |volume=16 |issue=6 |pages=793–800 |pmc=3214398 |journal=Journal of research in medical sciences}}</ref></blockquote>

==DSM ou transtorno de controle de impulsos==
Há um desacordo sobre a natureza exata dos vícios comportamentais ou das dependências.<ref>{{cite journal |author=Goodman A |title=Addiction: definition and implications |journal=Br J Addict |volume=85 |issue=11 |pages=1403–8 |date=November 1990 |pmid=2285834 |doi=10.1111/j.1360-0443.1990.tb01620.x}}</ref>. Entretanto, o modelo biopsicossocial é geralmente aceita nos campos científicos como o modelo de vício mais compreensível. Historicamente, vício tem sido definido como, unicamente, o uso de substâncias psicoativas (por exemplo álcool, tabaco e outras drogas) as quais, uma vez digeridas, atravessam a barreira hemato-encefálica, temporariamente alterando a química do cérebro. Contudo, “estudos em fenomenologia, história familiar, e resposta de tratamento sugerem que transtorno explosivo intermitente, cleptomania, jogo problemático, piromania, e tricotilomania podem ser relacionados com transtornos de humor, abuso de álcool e substâncias psicoativas e transtornos de ansiedade (especialmente transtorno-obsessivo-compulsivo).”<ref>{{cite journal |last1=McElroy |first1=Susan L. |last2=Hudson |first2=James I. |last3=Pope |first3=Harrison G. |last4=Keck |first4=Paul E. |last5=Aizley |first5=Harlyn G. |title=The DSM-III-R impulse control disorders not elsewhere classified: clinical characteristics and relationship to other psychiatric disorders |journal=American Journal of Psychiatry |volume=149 |issue=3 |pages=318–27 |year=1992 |pmid=1536268 |url=http://ajp.psychiatryonline.org/article.aspx?volume=149&page=318}}</ref>

No caso do jogo patológico, por exemplo, a Associação Americana de Psiquiatria tem previamente classificado como um transtorno de controle impulsivo e não como um vício. Entretanto, na quinta seção inclui isto como vício, e não como transtorno de controle impulsivo.<ref>{{cite journal |doi=10.1111/j.1360-0443.2006.01593.x |title=Should the scope of addictive behaviors be broadened to include pathological gambling? |year=2006 |last1=Petry |first1=Nancy M. |journal=Addiction |volume=101 |pages=152–60 |pmid=16930172}}</ref>

==Pesquisa==
É estimado que pelo menos 90% dos americanos têm pelo menos uma forma de vício suave em suas vidas. Nadine Kaslow, PhD, professora de psicologia e de ciências comportamentais na Emory University em Atlanta, tem comentado nessa questão, falando que enquanto é saudável para aliviar o estresse com comportamentos como beber uma bebida e assistir televisão, quando eles se tornam habituais eles se tornam problemáticas para a saúde e a felicidade da pessoa.<ref>{{cite web |url=http://www.medicinenet.com/script/main/art.asp?articlekey=52408 |title=Let It Go: Taming Soft Addictions |first=Jeanie Lerche |last=Davis |publisher=WebMD |date=January 31, 2005 |accessdate=June 5, 2013}}</ref>

A psicóloga Kimberly Young, diretora do centro de Vício Online, tem colocado o vício em internet como o mais comum tipo de vício suave. Young tem comparado o uso excessivo da internet com o jogo patológico. Comportamentos similares repetitivos podem também serem considerados como vícios suaves.<ref>{{cite web |url=http://featuresblogs.chicagotribune.com/features_julieshealthclub/2007/03/when_rich_and_g.html |title=What's your soft addiction? |work=Chicago Tribune |date=March 17, 2007 |first=Julie |last=Deardorff |accessdate=June 5, 2013}}</ref>

Pesquisas sobre vícios em sites de mídia social tem crescido. A companhia The Retrevo recentemente mostrou uma pesquisa que sugere que há uma obsessão na maneira que as pessoas checam suas páginas.<ref>{{cite web|url=http://www.retrevo.com/content/blog/2010/03/social-media-new-addiction%3F|title=Is Social Media a New Addiction?|accessdate=2011-11-18}}{{dead link|date=June 2013}}{{Verify credibility|date=June 2013}}</ref>

==Ver também==
{{Portal|Psicologia}}
*[[Procrastinação]]
*[[Hábito]]


==Notas==
==Notas==

Revisão das 22h21min de 30 de julho de 2014

Vício comportamental (diferentemente de dependência de substâncias químicas), podendo ser chamado de vício suave ou processo vicioso[1] ou vício não-relacionado à substâncias químicas,[2][3] é uma forma de vício que não é causada pelo uso de drogas. Vício comportamental consiste numa compulsão causada pelo empenho repetitivo em uma ação até o ponto desta causar consequências negativas para o indivíduo fisicamente, mentalmente, socialmente, e/ou no seu bem estar financeiro.[4][5] A persistência do comportamento apesar dessas consequências, pode ser um sinal de vício. A condição frequentemente referida como vício comportamental não está inclusa no novo DSM-5 (Dicionário de Saúde Mental 5.ª edição) porque, de acordo com os autores "...não há evidências suficientemente embasadas para estabelecer os critérios de diagnóstico e as atuais descrições precisam identificar esses comportamentos como desordens mentais."[6] Entretanto, pesquisas em neurociência do vício têm demonstrado que ΔFosB é o precursor crítico de vícios comportamentais e vícios em drogas, e que vícios comportamentais derivam da mesma adaptação cerebral que induz vício em drogas.[7][8][9]

Neurobiologia

ΔFosB, um fator de transcrição de gene, tem sido identificado como tendo um papel principal no desenvolvimento de ciclos viciosos, tanto nos vícios comportamentais, quanto nos vícios em drogas.[7][8][9] A aparição excessiva de ΔFosB no núcleo accumbens é necessário e suficiente para muitas adaptações cerebrais vistas em vício em drogas;[7] isso implica vícios em álcool, cannabinoides, cocaína, nicotina, fenilciclidina, e anfetaminas.[7][10][11][12] tanto quanto recompensas naturais como sexo, exercícios e comida.[8][9] Um estudo recente também demonstrou uma relação de sensibilização entre recompensas por drogas (anfetaminas) e recompensas naturais (sexo) que foi mediada por ΔFosB.[13]

Além do aumento da expressão de ΔFosB no Núcleo Accumbens, há mais outras similaridades na neurobiologia do vício comportamental e do vício em drogas. Uma das descobertas mais importantes sobre o vício tem sido reforço do suprimento de drogas e, ainda mais importante, a plasticidade do sistema de recompensas. Muitas estruturas no cérebro são importantes no processo do vício comportamental. Uma das áreas mais estudadas nessa questão é a chamada amídala, que envolve significância emocional e associação de aprendizado. Pesquisas mostram que doses de dopamina na amídala facilitam a motivação ou a aprendizagem para um vício comportamental.[14] O ciclo que é criado se chama sistema de recompensas de dopamina.

Neurônios de dopamina tem papel na criação do aprendizado e na sustentação de práticas que levam à vícios comportamentais. Pesquisas específicas sobre o Mal de Parkinson têm identificado sinais de caminhos intracelulares que estão por trás das ações imediatas de dopamina. O mais comum mecanismo da dopamina é o de criar características viciosas em certos comportamentos.[15] São três estágios para o sistema de recompensas de dopamina: rajadas de dopamina, realização do vício, e mais impacto para o vício. Uma vez eletricamente acionadas, possivelmente através do vício, os neurônios de dopamina enviam mais rajadas para estimular as áreas onde há o mais rápido caminho neural. A resposta do vício fortalece o caminho neural para mais estímulos serem enviados. Os neurônios de liberação de dopamina mais rápidos podem ser monitorados à qualquer hora avaliando a quantidade de concentrações extracelulares de dopamina através de micro diálise e imagem cerebral. Esse monitoramento pode levar à um modelo no qual é possível ver a quantidade de ações em um período de tempo.[16] Uma vez que o vício é acionado, é difícil de ficar fora do sistema de recompensas de dopamina.

Definição como uma desordem mental

O ICD-10 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde) da Organização Mundial da Saúde não separa vícios comportamentais como um espectro independente de desordens mentais. Este reconhecimento entre psiquiatras é difícil pelo fato da etiologia e do patogênico de todas as variedades dos vícios comportamentais ainda são indeterminados. Como esperado, com diferentes equipamentos científicos com diferentes desvios, os resultados obtidos foram informações fragmentadas e preocupações particulares com específicas formas de vício. Pouco ou nenhuma pesquisa mcomplea e metodológica foi feita sobre vícios.[17] Os variados conceitos de vícios comportamentais têm que ser explicados. Pesquisadores pontuam a falta de definições científicas competentes para vício.[18]

Investigações atuais tentam clarificar definições e criar um sistema de diagnóstico. Patrick Carnes diz ser de primordial importância para uma desordem, as experiências de alterações de humor.[19] Aviel Goodman formula que a colocação de Carnes indica um avanço para a mais nova forma de definição de vício, porque implica que a sua essência não é o abuso de substâncias ou um comportamento, mas as alterações de humor. Mas esse pensamento ainda é suscetível à críticas. A menos que a definição de Carnes é seguida por uma definição específica de "relação patológica", não há informações suficientes para ser usada num contexto científico. Enquanto compartilha as vantagens da definição de Carnes, A. Goldman empenha para propor um diagnóstico similar ao do DSM.

Ele define vício como uma desordem na qual o comportamento vicioso tem tanto a função de produzir prazer como a de proporcionar um escape para um desconforto interno e tem padrões caracterizados por:

  1. Recorrentes falhas para controlar o comportamento vicioso;
  2. Continuação do comportamento mesmo que proporcione más consequências.[20]

Tsezar Korolenko, que foi o primeiro a sugerir uma classificação não-baseada em substâncias químicas,[21] caracterizou o vício comportamental como uma forma de escapar da realidade, sobre o pretexto de mudar uma condição mental.

Isso pode ser feito em duas maneiras básicas: farmacologicamente, através do consumo de substâncias psicoativas e não-farmacologicamente, através da concentração em certos objetos ou atividades que são acompanhadas de estados emocionais prazerosos.[22]

Vício comportamental, que é algumas vezes referido como uma desordem de controle impulsiva, é cada vez mais reconhecido como uma forma tratável de vício.[23] Os tipos de comportamentos que algumas pessoas caracterizam como viciosos incluem jogos de azar, comer excessivamente, vício sexual, assistir pornografia, uso de computadores, jogar vídeo-game, uso de internet, exercícios físicos, trabalhar demasiado, obsessão espiritual (tal qual oposta à devoção religiosa), automutilação, viajar e compra compulsiva. Quando analisamos, por exemplo, o vício em comer, um estudo realizado em 2009 pelo Scripps Research Institute, tem mostrado pela primeira vez, que a mesma molécula que faz as pessoas se tornarem viciadas em drogas, faz elas terem compulsão por comida, se tornando obesas. Neste estudo, cientistas focaram num receptor particular do cérebro, conhecido por tornar as pessoas vulneráveis à serem viciados em drogas, conhecido como receptor D2 de dopamina. O receptor D2 responde por dopamina, um neurotransmissor que é lançado no cérebro quando há experiências prazerosas como o sexo ou drogas como cocaína.[24]

Vícios comportamentais têm sido propostos como uma nova classe no DSM-5, mas a única categoria inclusa é o vício em jogos de azar. Vício em jogos de vídeo-game foi incluído num apêndice como condição para mais estudos.

O termo "vício suave" foi cunhado por Judith Sewell Wright para descrever atividades, ânimos ou maneiras de ser, evitações, e coisas - comestíveis ou consumáveis, as quais não provocam um grave risco de saúde - e ainda, eles têm maior efeito no tempo pessoal e na produtividade.[25][26] Esses comportamentos foram traçados em pelo programa titulado Bad Habids da ABC News.[27]

Em 15 de Agosto de 2011, a Sociedade Americana de Medicina do Vício (American Society of Addiction Medicine - ASAM) emitiu um público posicionamento, defendendo vícios com termos de mudança cerebral. "Vício é, primariamente, uma doença crônica do circuito de recompensas, motivação, memória e relação de circuito."[28]

Os seguintes trechos foram tirados do FAQs:

A nova definição da ASAM renuncia da ideia de que vício é apenas com dependência de substâncias, descrevendo que vício tem uma relação com o comportamento e o sistema de recompensas. Essa é a primeira vez que ASAM mostrou um posicionamento oficial de que vício é não só uma "dependência à substâncias." Esta definição fala que vício é sobre funcionamento e circuito cerebral, e também diz sobre como as funções dos cérebros das pessoas viciadas diferem das funções cerebrais das pessoas não viciadas. Isto fala sobre circuito de recompensas do cérebro e sobre circuito relacionado, mas a ênfase não é sobre recompensas externas que agem no sistema de recompensas. Comida e sexualidade excessiva, jogar compulsivamente podem ser associados com a "busca patológica de recompensas" descrita na sua nova definição de vício.

Todos nós temos o circuito cerebral de recompensas, que faz sexo e comida serem atividades compensatórias. Na verdade, esse é um mecanismo de sobrevivência. Num cérebro saudável, esse circuito ganha mecanismos de respostas para saciedade ou “suficiência”. Num viciado, o circuito se toma disfuncional tanto que a mensagem para o indivíduo se torna maior, a qual leva para perseguições patológicas de recompensas ou de alívios através do uso de substâncias ou de comportamentos. Então, qualquer viciado é vulnerável para ser viciado também em comida e em sexo.[29]

Desde que a ASAM publicou o seu posicionamento e um pouco antes disso, estudos adicionais apareceram sobre o vício em internet. Eles revelaram as mesmas mudanças cerebrais fundamentais em vício de drogas.[30][31][32][33][34][35] Outro estudo feito em 2011 encontrou que o risco de vício em internet no homem é três vezes maior do que o risco nas mulheres,

Vício em internet é uma desordem psicossocial e suas características são as seguintes: tolerância, crises de abstinência, desordens afetivas, e problemas nas relações sociais. O uso constante da internet causa desordens psicológicas, sociais, escolares e/ou no trabalho e dificuldades na vida pessoal. Dezoito por cento dos participantes do estudo foram considerados usuários patológicos da internet, de quem o uso excessivo da internet estava causando problemas sociais, acadêmicos e interpessoais. O uso excessivo da internet pode criar um elevado nível de prazer psicológico, resultando em falta de sono, falta de comer por um longo período de tempo, limitadas atividades físicas, possivelmente levando o usuário à experimentar problemas físicos e mentais como a depressão, OCD, poucas relações com os familiares e ansiedade.[36]

DSM ou transtorno de controle de impulsos

Há um desacordo sobre a natureza exata dos vícios comportamentais ou das dependências.[37]. Entretanto, o modelo biopsicossocial é geralmente aceita nos campos científicos como o modelo de vício mais compreensível. Historicamente, vício tem sido definido como, unicamente, o uso de substâncias psicoativas (por exemplo álcool, tabaco e outras drogas) as quais, uma vez digeridas, atravessam a barreira hemato-encefálica, temporariamente alterando a química do cérebro. Contudo, “estudos em fenomenologia, história familiar, e resposta de tratamento sugerem que transtorno explosivo intermitente, cleptomania, jogo problemático, piromania, e tricotilomania podem ser relacionados com transtornos de humor, abuso de álcool e substâncias psicoativas e transtornos de ansiedade (especialmente transtorno-obsessivo-compulsivo).”[38]

No caso do jogo patológico, por exemplo, a Associação Americana de Psiquiatria tem previamente classificado como um transtorno de controle impulsivo e não como um vício. Entretanto, na quinta seção inclui isto como vício, e não como transtorno de controle impulsivo.[39]

Pesquisa

É estimado que pelo menos 90% dos americanos têm pelo menos uma forma de vício suave em suas vidas. Nadine Kaslow, PhD, professora de psicologia e de ciências comportamentais na Emory University em Atlanta, tem comentado nessa questão, falando que enquanto é saudável para aliviar o estresse com comportamentos como beber uma bebida e assistir televisão, quando eles se tornam habituais eles se tornam problemáticas para a saúde e a felicidade da pessoa.[40]

A psicóloga Kimberly Young, diretora do centro de Vício Online, tem colocado o vício em internet como o mais comum tipo de vício suave. Young tem comparado o uso excessivo da internet com o jogo patológico. Comportamentos similares repetitivos podem também serem considerados como vícios suaves.[41]

Pesquisas sobre vícios em sites de mídia social tem crescido. A companhia The Retrevo recentemente mostrou uma pesquisa que sugere que há uma obsessão na maneira que as pessoas checam suas páginas.[42]

Ver também

Notas

  1. Shaffer, Howard J. (1996). «Understanding the means and objects of addiction: Technology, the internet, and gambling». Journal of Gambling Studies. 12 (4): 461–9. PMID 24234163. doi:10.1007/BF01539189 
  2. Albrecht U, Kirschner NE, Grüsser SM (2007). «Diagnostic instruments for behavioural addiction: an overview». Psychosoc Med. 4: Doc11. PMC 2736529Acessível livremente. PMID 19742294 
  3. Potenza MN (September 2006). «Should addictive disorders include non-substance-related conditions?». Addiction. 101 Suppl 1: 142–51. PMID 16930171. doi:10.1111/j.1360-0443.2006.01591.x  Verifique data em: |data= (ajuda)
  4. Stein, Dan J.; Hollander, Eric; Rothbaum, Barbara Olasov (31 August 2009). Textbook of Anxiety Disorders. [S.l.]: American Psychiatric Pub. pp. 359–. ISBN 978-1-58562-254-2. Consultado em 24 April 2010  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  5. Parashar A, Varma A (April 2007). «Behavior and substance addictions: is the world ready for a new category in the DSM-V?». CNS Spectr. 12 (4): 257; author reply 258–9. PMID 17503551  Verifique data em: |data= (ajuda)
  6. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fifth Edition. [S.l.]: American Psychiatric Association. 2013 
  7. a b c d Robison AJ, Nestler EJ (November 2011). «Transcriptional and epigenetic mechanisms of addiction». Nat. Rev. Neurosci. 12 (11): 623–637. PMC 3272277Acessível livremente. PMID 21989194. doi:10.1038/nrn3111. ΔFosB has been linked directly to several addiction-related behaviors ... Importantly, genetic or viral overexpression of ΔJunD, a dominant negative mutant of JunD which antagonizes ΔFosB- and other AP-1-mediated transcriptional activity, in the NAc or OFC blocks these key effects of drug exposure14,22–24. This indicates that ΔFosB is both necessary and sufficient for many of the changes wrought in the brain by chronic drug exposure. ΔFosB is also induced in D1-type NAc MSNs by chronic consumption of several natural rewards, including sucrose, high fat food, sex, wheel running, where it promotes that consumption14,26–30. This implicates ΔFosB in the regulation of natural rewards under normal conditions and perhaps during pathological addictive-like states.  Verifique data em: |data= (ajuda)
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