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Histerese: diferenças entre revisões

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A '''histerese''' é a tendência de um material ou sistema de conservar suas propriedades na ausência de um estímulo que as gerou, ou ainda, é a capacidade de preservar uma deformação efetuada por um estímulo. Podem-se encontrar diferentes manifestações desse fenômeno. A palavra "histerese" deriva do grego antigo ''υστέρησις'', que significa 'retardo', que foi cunhada por [[James Alfred Ewing]] em [[1890]].
A '''histerese''' é a tendência de um sistema de conservar suas propriedades na ausência de um estímulo que as gerou, ou ainda, é a capacidade de preservar uma deformação efetuada por um estímulo. Podem-se encontrar diferentes manifestações desse fenômeno. A histerese mais popular ocorre em magnetismo, mas também pode em diversas areas cientificas como trafego<ref>{{Citar periódico|ultimo=Hu|primeiro=Mao-Bin|coautores=Wen-Xu|data=2007-03-02|titulo=Phase transition and hysteresis in scale-free network traffic|jornal=Physical Review E|volume=75|numero=3|paginas=036102|doi=10.1103/PhysRevE.75.036102|url=http://link.aps.org/doi/10.1103/PhysRevE.75.036102}}</ref>, biologia<ref>{{Citar livro|url=http://link.springer.com/book/10.1007/978-3-642-38218-5|titulo=Hysteresis Phenomena in Biology - Springer|ultimo=Noori|primeiro=Hamid Reza|doi=10.1007/978-3-642-38218-5}}</ref>, epidemiologia<ref>{{Citar periódico|ultimo=Chen|primeiro=Li|coautores=Fakhteh|data=2016-03-30|titulo=Phase transitions and hysteresis of cooperative contagion processes|jornal=arXiv:1603.09082 [cond-mat, physics:physics, q-bio]|url=http://arxiv.org/abs/1603.09082}}</ref> entre outras<ref>{{Citar periódico|ultimo=Chakrabarti|primeiro=Bikas K.|coautores=Muktish|data=1999-04-01|titulo=Dynamic transitions and hysteresis|jornal=Reviews of Modern Physics|volume=71|numero=3|paginas=847–859|doi=10.1103/RevModPhys.71.847|url=http://link.aps.org/doi/10.1103/RevModPhys.71.847}}</ref> . A palavra "histerese" deriva do grego antigo ''υστέρησις'', que significa 'retardo', que foi cunhada por [[James Alfred Ewing]] em [[1890]].


== Histerese magnética ==
== Histerese magnética ==

Revisão das 00h17min de 16 de setembro de 2016

A histerese é a tendência de um sistema de conservar suas propriedades na ausência de um estímulo que as gerou, ou ainda, é a capacidade de preservar uma deformação efetuada por um estímulo. Podem-se encontrar diferentes manifestações desse fenômeno. A histerese mais popular ocorre em magnetismo, mas também pode em diversas areas cientificas como trafego[1], biologia[2], epidemiologia[3] entre outras[4] . A palavra "histerese" deriva do grego antigo υστέρησις, que significa 'retardo', que foi cunhada por James Alfred Ewing em 1890.

Histerese magnética

Uma família de curvas de histerese medida com uma densidade de fluxo modulada sinusoidal com frequência de 50 Hz e campo magnético variável de 0,3 T a 1,7 T.

B = Campo magnético [T] ou [Wb/m²]
H = Intensidade de campo magnético [A/m] ou [A.e/m]
BR = Remanescência
HC = Coercividade

Quando o campo magnético B (tesla) aplicado num material ferromagnético for aumentado até a saturação e em seguida for diminuído, a densidade de fluxo não diminui tão rapidamente quanto o campo H. Dessa forma quando H chega a zero, ainda existe uma densidade de fluxo remanescente, Br. Para que B chegue a zero, é necessário aplicar um campo negativo, chamado de força coercitiva. Se H continuar aumentando no sentido negativo, o material é magnetizado com polaridade oposta. Desse modo, a magnetização inicialmente será fácil, até quando se aproxima da saturação, passando a ser difícil. A redução do campo novamente a zero deixa uma densidade de fluxo remanescente, -Br, e, para reduzir B a zero, deve-se aplicar uma força coercitiva no sentido positivo. Aumentando-se mais ainda o campo, o material fica novamente saturado, com a polaridade inicial.

Esse fenômeno que causa o atraso entre densidade de fluxo e campo magnético é chamado de histerese magnética, enquanto que o ciclo traçado pela curva de magnetização é chamado de ciclo de histerese.

Exemplo de histerese com metais

Quando o ferro não está magnetizado, seus domínios magnéticos estão dispostos de maneira desordenada e aleatória. Porém, ao aplicar uma força magnetizante, os domínios se alinham com o campo aplicado. Se invertemos o sentido do campo, os domínios também inverterão sua orientação. Num transformador, o campo magnético muda de sentido muitas vezes por segundo, de acordo com o sinal alternado aplicado. E o mesmo ocorre com os domínios do material do núcleo. Ao inverter sua orientação, os domínios precisam superar o atrito e a inércia. Ao fazer isso, dissipam uma certa quantidade de potência na forma de calor, que é chamada de perda por histerese.

Em determinados materiais, a perda por histerese é muito grande. O ferro doce é um exemplo. Já no aço, esse tipo de perda é menor. Por isso, alguns transformadores de grande potência utilizam um tipo de liga especial de ferro-silício, que apresenta uma perda por histerese reduzida. Esse tipo de problema também aumenta junto com a freqüência do sinal. Um transformador que apresenta baixa perda nas freqüências menores, pode ter uma grande perda por histerese ao ser usado com sinais de freqüências mais altas.

A histerese produz-se devido ao gasto de energia para inverter os dipolos durante uma mudança de campo magnético.

Eletrônica

Curva de histerese de um Disparador Schmitt

Histerese pode ser utilizada para filtrar sinais de forma que a saída reaja de maneira retardada à história desse sinal. Por exemplo, um termostato controlando um aquecedor pode acioná-lo quando a temperatura cai abaixo da temperatura de 'A' graus Celsius, mas só desligará quando a temperatura ultrapassar 'B' graus Celsius.

Um Disparador Schmitt é um circuito eletrônico simples que também exibe essa propriedade. Geralmente, uma quantidade de histerese é intencionalmente adicionada ao circuito eletrônico (ou algoritmo digital) para prevenir chaveamentos (troca de estados) rápidos.

Predefinição:Portal de eletrônica

  1. Hu, Mao-Bin; Wen-Xu (2 de março de 2007). «Phase transition and hysteresis in scale-free network traffic». Physical Review E. 75 (3). 036102 páginas. doi:10.1103/PhysRevE.75.036102 
  2. Noori, Hamid Reza. Hysteresis Phenomena in Biology - Springer. [S.l.: s.n.] doi:10.1007/978-3-642-38218-5 
  3. Chen, Li; Fakhteh (30 de março de 2016). «Phase transitions and hysteresis of cooperative contagion processes». arXiv:1603.09082 [cond-mat, physics:physics, q-bio] 
  4. Chakrabarti, Bikas K.; Muktish (1 de abril de 1999). «Dynamic transitions and hysteresis». Reviews of Modern Physics. 71 (3): 847–859. doi:10.1103/RevModPhys.71.847