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Mise-en-scène: diferenças entre revisões

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A '''''Mise-en-scène''''' ({{AFI-fr|mi.z‿ɑ̃.sɛn|lang}}; {{Lang-pt|"colocar em cena"}} ou "o que é colocado em cena") ou '''encenação''', é a [[cenografia]] e arranjo de atores em cenas para uma produção [[Teatro|teatral]] ou [[Filme|cinematográfica]],<ref>{{Citar web|url=https://www.merriam-webster.com/dictionary/mise-en-scene|titulo=mise-en-scène|acessodata=April 20, 2020|website=merriam-webster.com|publicado=Merriam-Webster}}</ref> tanto nas [[artes visuais]] por meio do [[storyboard]], tema visual e [[cinematografia]], quanto na [[Narração de histórias|narrativa da história]] por meio da [[Diretor de cinema|direção]]. O termo também é comumente usado para se referir a cenas únicas que são representativas de um filme. ''Mise-en-scène'' tem sido chamado de "grande termo indefinido" da [[crítica de cinema]].<ref>Brian Henderson, "The Long Take," in ''Movies and Methods: An Anthology'', ed. Bill Nichols (Berkeley: University of California Press, 1976), 315.</ref> Foi criticado por seu foco nos aspectos do design teatral ou dramático, e não no [[enredo]] em si, já que aqueles que utilizam ''a Mise-en-scène'' tendem a olhar para o que é "colocado diante da câmera" e não para a história.<ref>{{Citar livro|título=A short guide to writing about film.|ultimo=Corrigan|primeiro=Timothy|data=2015|editora=Pearson Education|localização=Boston|isbn=9781292078113|oclc=1137242678|edição=Ninth}}</ref> O uso da ''mise-en-scène'' é significativo, pois permite que o diretor transmita mensagens ao espectador por meio do que é colocado na cena, não apenas do conteúdo da cena.

== Definição em estudos de cinema ==
[[File:CABINET_DES_DR_CALIGARI_01.jpg|direita|miniaturadaimagem|300x300px| A distinta ''mise-en-scène'' de ''[[O Gabinete do Dr. Caligari]]'' (Alemanha, 1920) apresenta uma arquitetura irregular.]]
Quando aplicada ao cinema, ''mise-en-scène'' refere-se a tudo o que aparece diante da [[câmera]] e seu arranjo – [[Composição artística|composição]], construção de [[cenários]], [[Adereço|adereços]], atores, figurinos e iluminação.<ref>{{Citar livro|url=https://archive.org/details/filmartintro00bord|título=Film Art: An Introduction, 7th ed.|ultimo=Bordwell, David|ultimo2=Thompson, Kristin|editora=McGraw–Hill|ano=2003|localização=New York|isbn=0-07-248455-1}}</ref> Os vários elementos de design ajudam a expressar a visão de um filme, gerando uma sensação de tempo e espaço, bem como estabelecendo uma atmosfera e, às vezes, sugerindo o estado de espírito de um personagem.<ref name="ReferenceA">Barsam, Richard Meran., and Dave Monahan. Looking at Movies: An Introduction to Film. New York: W.W. Norton &, 2010</ref> "Mise-en-scène" também inclui a composição, que consiste no posicionamento e movimento dos atores, bem como dos objetos, na cena.<ref name="ReferenceA" /> Estas são todas as áreas supervisionadas pelo [[Encenador|diretor]]. Uma das pessoas mais importantes que colaboram com o diretor é o [[diretor de arte]].<ref name="ReferenceA" /> Esses dois trabalham em estreita colaboração para aperfeiçoar todos os aspectos da ''mise-en-scène'' por um tempo considerável antes mesmo de a fotografia propriamente dita começar.<ref name="Pramaggiore, Maria 2005">Pramaggiore, Maria, and Tom Wallis. ''Film: A Critical Introduction''. Boston: Laurence King, 2005.</ref> O diretor de arte geralmente é responsável pela aparência do filme, liderando vários departamentos responsáveis por cenários, locações, adereços e figurinos individuais, entre outras coisas.<ref name="ReferenceA" /> [[André Bazin]], um [[Crítica de cinema|crítico]] e [[teórico]] de cinema [[Franceses|francês]], descreve a [[estética]] da ''mise-en-scène'' como enfatizando o movimento coreografado dentro da cena, e não através da edição.<ref name="Pramaggiore, Maria 2005" />

Por causa de sua relação com a [[Bloqueio (fase)|marcação]] de plano, ''mise-en-scène'' também é um termo às vezes usado entre [[Roteirista|roteiristas]] profissionais para indicar parágrafos descritivos (ação) entre o diálogo.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=Jv-GsqMLs2UC|título=Basics Film-Making: Screenwriting|ultimo=Edgar-Hunt|primeiro=Robert, John Marland and James Richards|editora=AVA Publishing|ano=2009|localização=Lausanne|páginas=71|isbn=978-2-940373-89-5}}</ref>

== Aspectos chave ==
[[Ficheiro:Constant_Puyo-_Mise_en_scène.jpg|esquerda|miniaturadaimagem| ''Mise en scène'' de Constant Puyo.]]

=== Cenografia ===

: Um elemento importante de "colocar em cena" é a design de cena - o cenário de uma cena e os objetos (adereços) visíveis em uma cena.<ref>{{Citar web|url=https://film110.pbworks.com/w/page/12610287/Set%20Design%20and%20Locations|titulo=Set Design and Locations|acessodata=25 August 2012|website=film110|publicado=PBworks|arquivourl=https://web.archive.org/web/20131102122441/https://film110.pbworks.com/w/page/12610287/Set%20Design%20and%20Locations|arquivodata=2 November 2013|urlmorta=dead}}</ref> A cenografia pode ser usada para amplificar a emoção do personagem ou a atmosfera dominante, que tem significado físico, social, psicológico, emocional, econômico e cultural no cinema.<ref name="ReferenceA">Barsam, Richard Meran., and Dave Monahan. Looking at Movies: An Introduction to Film. New York: W.W. Norton &, 2010</ref> Uma das decisões mais importantes tomadas pelo [[diretor de arte]] junto ao diretor é decidir entre filmar no local ou no set. A principal distinção entre os dois é que a decoração e os adereços devem ser levados em consideração ao filmar no set. No entanto, filmar no set é mais comumente feito do que filmar no local, pois é mais econômico.<ref name="ReferenceA" />

=== Iluminação ===

: A intensidade, a direção e a qualidade da [[Cinematografia|iluminação]] podem influenciar a compreensão do público sobre personagens, ações, temas e humor.<ref>{{Citar web|url=https://film110.pbworks.com/w/page/12610256/Lighting|titulo=Lighting|acessodata=25 August 2012|website=film101|publicado=PBworks|arquivourl=https://web.archive.org/web/20131102112002/https://film110.pbworks.com/w/page/12610256/Lighting|arquivodata=2 November 2013|urlmorta=dead}}</ref><ref name="Pramaggiore, Maria 2005">Pramaggiore, Maria, and Tom Wallis. ''Film: A Critical Introduction''. Boston: Laurence King, 2005.</ref> Luz (e sombra) pode enfatizar textura, forma, distância, humor, hora do dia ou da noite, estação do ano, glamour; afeta a maneira como as cores são reproduzidas, tanto em termos de matiz quanto de profundidade, e pode chamar a atenção para elementos específicos da composição. Os destaques, por exemplo, chamam a atenção para formas e texturas, enquanto as sombras muitas vezes escondem as coisas, criando uma sensação de mistério ou medo.<ref name="ReferenceA">Barsam, Richard Meran., and Dave Monahan. Looking at Movies: An Introduction to Film. New York: W.W. Norton &, 2010</ref> Por esse motivo, a iluminação deve ser cuidadosamente planejada para garantir o efeito desejado no público. Os [[Diretor de fotografia|diretores de fotografia]] são uma grande parte desse processo, pois coordenam a câmera e a iluminação.<ref name="ReferenceA" />

=== Espaço ===

: A representação do [[Espaço físico|espaço]] afeta a leitura de um filme.<ref>{{Citar web|url=http://classes.yale.edu/film-analysis/htmfiles/mise-en-scene.htm|titulo=Part 2: Mise-en-scene|acessodata=25 August 2012|website=Film Studies Program|publicado=Yale University|arquivourl=https://web.archive.org/web/20021224164504/http://classes.yale.edu/film-analysis/htmfiles/mise-en-scene.htm|arquivodata=2002-12-24}}</ref> Profundidade, proximidade, tamanho e proporções dos lugares e objetos em um filme podem ser manipulados através do posicionamento da câmera e das lentes, iluminação, cenografia, determinando efetivamente o clima ou as relações entre os elementos no mundo da história.

=== Composição ===

: [[Composição artística|Composição]] é a organização de objetos, atores e espaço dentro do quadro. Um dos conceitos mais importantes no que diz respeito à [[Composição digital|composição]] de um filme é manter um equilíbrio de simetria.<ref name="Pramaggiore, Maria 2005">Pramaggiore, Maria, and Tom Wallis. ''Film: A Critical Introduction''. Boston: Laurence King, 2005.</ref> Isso se refere a ter uma distribuição igual de luz, cor e objetos e/ou figuras em uma tomada. A composição desequilibrada pode ser usada para enfatizar certos elementos de um filme aos quais o diretor deseja receber atenção especial. Essa ferramenta funciona porque o público está mais inclinado a prestar atenção em algo desequilibrado, pois pode parecer anormal. Onde o diretor coloca um personagem também pode variar dependendo da importância do papel.

=== Figurino ===

: Figurino simplesmente se refere às roupas que os personagens usam. Usando certas cores ou desenhos, os figurinos no cinema narrativo são usados para significar personagens ou para fazer distinções claras entre os personagens.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=OLiS7_vqB2EC|título=Media Studies Volume 2: Content, Audiences and Production|ultimo=Fourie|primeiro=Pieter J.|editora=Juta and Company|ano=2004|localização=Lansdowne, SA|páginas=462–463|isbn=0-7021-5656-6}}</ref>

=== Estilos de maquiagem e cabelo ===

: A maquiagem e os estilos de cabelo estabelecem um período de tempo, revelam traços de caráter e sinalizam mudanças no caráter.<ref name="Pramaggiore">{{Citar livro|url=https://archive.org/details/filmcriticalintr0000pram|título=Film: A Critical Introduction|ultimo=Pramaggiore|primeiro=Maria and Tom Wallis|editora=Laurence King Publishing|ano=2005|localização=London|isbn=0205433480|url-access=registration}}</ref>

=== Atuação ===

: Há uma enorme variação histórica e cultural nos estilos de atuação no cinema. Nos primeiros anos do cinema, a atuação no palco e a atuação no cinema eram difíceis de diferenciar, já que a maioria dos atores de cinema já havia sido atores de teatro e, portanto, não conhecia outro método de atuação.<ref name="Pramaggiore, Maria 2005">Pramaggiore, Maria, and Tom Wallis. ''Film: A Critical Introduction''. Boston: Laurence King, 2005.</ref> Eventualmente, os primeiros estilos melodramáticos, claramente vindos do teatro do século XIX, deram lugar no cinema ocidental a um estilo relativamente naturalista. Esse estilo de atuação mais naturalista é amplamente influenciado pela teoria do [[Método de Interpretação para o Ator|método de interpretação]] de [[Constantin Stanislavski|Konstantin Stanislavski]], que envolve o ator imergindo-se totalmente em seu personagem.<ref name="Pramaggiore, Maria 2005" /><ref>{{Citar web|url=https://film110.pbworks.com/w/page/12610144/Acting|titulo=Acting|acessodata=25 August 2012|website=film101|publicado=PBworks|arquivourl=https://web.archive.org/web/20131029204819/https://film110.pbworks.com/w/page/12610144/Acting|arquivodata=29 October 2013|urlmorta=dead}}</ref>

=== Película ===

: A película refere-se a escolha de [[preto e branco]] ou colorido, grão fino ou granulado.<ref name="kawin">{{Citar livro|url=https://archive.org/details/howmovieswork00kawi|título=How Movies Work|ultimo=Kawin|primeiro=Bruce|editora=University of California Press|ano=1992|localização=Berkeley and Los Angeles|páginas=[https://archive.org/details/howmovieswork00kawi/page/88 88]|isbn=0-520-07696-6|url-access=registration}}</ref>

=== Proporção da tela ===

: A [[proporção de tela]] é a relação entre a largura da imagem retangular e sua altura.<ref name="Sikov">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=zbCK8ETCWzwC&q=aspect+ratio+mise+en+scene&pg=PA43|título=Film Studies: An Introduction|ultimo=Sikov|primeiro=Ed|editora=Columbia University Press|ano=2010|localização=New York|isbn=978-0-231-51989-2}}</ref> {{Rp|pp.42–44}} Cada proporção produz uma maneira diferente de ver o mundo e é fundamental para o significado expressivo do filme.

== Veja também ==

* Técnica de filmagem de Luis Buñuel
* [https://www.english.upenn.edu/people/timothy-corrigan Timothy Corrigan]

== Referências ==
{{Reflist|30em}}

=== Leitura adicional ===

* Bordwell, David e Kristin Thompson . "Capítulo 6 - O Plano: Mise-en-Scène." In: ''Arte cinematográfica: uma introdução'' . Nova York: McGraw-Hill, 2010, 9º. ed, pp.&nbsp;175–228.{{ISBN|978-0-07-122057-6}}[[ISBN (identifier)|ISBN]]&nbsp;[[Special:BookSources/978-0-07-122057-6|978-0-07-122057-6]] ,{{OCLC|456179577}} e{{OCLC|690437186}} .
* MARTINS, Adriano . ''Mise en Scène e estilo de filme.'' ''Da Hollywood clássica à arte da nova mídia.'' Palgrave Macmillan Reino Unido, 2014.{{ISBN|978-1-349-44417-5}}[[ISBN (identifier)|ISBN]]&nbsp;[[Special:BookSources/978-1-349-44417-5|978-1-349-44417-5]] .

== Links externos ==

* [https://www.encyclopedia.com/arts/encyclopedias-almanacs-transcripts-and-maps/mise-en-scene Mise-en-scène] — encyclopedia.com
* [[The Straight Dope]] : [http://www.straightdope.com/columns/read/343/what-do-artsy-film-critics-mean-by-mise-en-scene O que os críticos de cinema artístico querem dizer com mise-en-scène?]
* Michael Hall, [http://shohawk.com/mise-en-scene/ Mise-en-scène Explicada]
* Site de análise de filmes [[Universidade Yale|da Universidade de Yale]] : [http://filmanalysis.yale.edu "mise-en-scene"]
* Indy Mogul 4 Minute Film School: [https://web.archive.org/web/20080325175406/http://www.indymogul.com/episode/FS_20080321 Mise en Scene]
[[Categoria:Iluminação]]

Revisão das 19h59min de 15 de novembro de 2022

A Mise-en-scène (francês: [mi.z‿ɑ̃.sɛn]; em português: "colocar em cena" ou "o que é colocado em cena") ou encenação, é a cenografia e arranjo de atores em cenas para uma produção teatral ou cinematográfica,[1] tanto nas artes visuais por meio do storyboard, tema visual e cinematografia, quanto na narrativa da história por meio da direção. O termo também é comumente usado para se referir a cenas únicas que são representativas de um filme. Mise-en-scène tem sido chamado de "grande termo indefinido" da crítica de cinema.[2] Foi criticado por seu foco nos aspectos do design teatral ou dramático, e não no enredo em si, já que aqueles que utilizam a Mise-en-scène tendem a olhar para o que é "colocado diante da câmera" e não para a história.[3] O uso da mise-en-scène é significativo, pois permite que o diretor transmita mensagens ao espectador por meio do que é colocado na cena, não apenas do conteúdo da cena.

Definição em estudos de cinema

Ficheiro:CABINET DES DR CALIGARI 01.jpg
A distinta mise-en-scène de O Gabinete do Dr. Caligari (Alemanha, 1920) apresenta uma arquitetura irregular.

Quando aplicada ao cinema, mise-en-scène refere-se a tudo o que aparece diante da câmera e seu arranjo – composição, construção de cenários, adereços, atores, figurinos e iluminação.[4] Os vários elementos de design ajudam a expressar a visão de um filme, gerando uma sensação de tempo e espaço, bem como estabelecendo uma atmosfera e, às vezes, sugerindo o estado de espírito de um personagem.[5] "Mise-en-scène" também inclui a composição, que consiste no posicionamento e movimento dos atores, bem como dos objetos, na cena.[5] Estas são todas as áreas supervisionadas pelo diretor. Uma das pessoas mais importantes que colaboram com o diretor é o diretor de arte.[5] Esses dois trabalham em estreita colaboração para aperfeiçoar todos os aspectos da mise-en-scène por um tempo considerável antes mesmo de a fotografia propriamente dita começar.[6] O diretor de arte geralmente é responsável pela aparência do filme, liderando vários departamentos responsáveis por cenários, locações, adereços e figurinos individuais, entre outras coisas.[5] André Bazin, um crítico e teórico de cinema francês, descreve a estética da mise-en-scène como enfatizando o movimento coreografado dentro da cena, e não através da edição.[6]

Por causa de sua relação com a marcação de plano, mise-en-scène também é um termo às vezes usado entre roteiristas profissionais para indicar parágrafos descritivos (ação) entre o diálogo.[7]

Aspectos chave

Mise en scène de Constant Puyo.

Cenografia

Um elemento importante de "colocar em cena" é a design de cena - o cenário de uma cena e os objetos (adereços) visíveis em uma cena.[8] A cenografia pode ser usada para amplificar a emoção do personagem ou a atmosfera dominante, que tem significado físico, social, psicológico, emocional, econômico e cultural no cinema.[5] Uma das decisões mais importantes tomadas pelo diretor de arte junto ao diretor é decidir entre filmar no local ou no set. A principal distinção entre os dois é que a decoração e os adereços devem ser levados em consideração ao filmar no set. No entanto, filmar no set é mais comumente feito do que filmar no local, pois é mais econômico.[5]

Iluminação

A intensidade, a direção e a qualidade da iluminação podem influenciar a compreensão do público sobre personagens, ações, temas e humor.[9][6] Luz (e sombra) pode enfatizar textura, forma, distância, humor, hora do dia ou da noite, estação do ano, glamour; afeta a maneira como as cores são reproduzidas, tanto em termos de matiz quanto de profundidade, e pode chamar a atenção para elementos específicos da composição. Os destaques, por exemplo, chamam a atenção para formas e texturas, enquanto as sombras muitas vezes escondem as coisas, criando uma sensação de mistério ou medo.[5] Por esse motivo, a iluminação deve ser cuidadosamente planejada para garantir o efeito desejado no público. Os diretores de fotografia são uma grande parte desse processo, pois coordenam a câmera e a iluminação.[5]

Espaço

A representação do espaço afeta a leitura de um filme.[10] Profundidade, proximidade, tamanho e proporções dos lugares e objetos em um filme podem ser manipulados através do posicionamento da câmera e das lentes, iluminação, cenografia, determinando efetivamente o clima ou as relações entre os elementos no mundo da história.

Composição

Composição é a organização de objetos, atores e espaço dentro do quadro. Um dos conceitos mais importantes no que diz respeito à composição de um filme é manter um equilíbrio de simetria.[6] Isso se refere a ter uma distribuição igual de luz, cor e objetos e/ou figuras em uma tomada. A composição desequilibrada pode ser usada para enfatizar certos elementos de um filme aos quais o diretor deseja receber atenção especial. Essa ferramenta funciona porque o público está mais inclinado a prestar atenção em algo desequilibrado, pois pode parecer anormal. Onde o diretor coloca um personagem também pode variar dependendo da importância do papel.

Figurino

Figurino simplesmente se refere às roupas que os personagens usam. Usando certas cores ou desenhos, os figurinos no cinema narrativo são usados para significar personagens ou para fazer distinções claras entre os personagens.[11]

Estilos de maquiagem e cabelo

A maquiagem e os estilos de cabelo estabelecem um período de tempo, revelam traços de caráter e sinalizam mudanças no caráter.[12]

Atuação

Há uma enorme variação histórica e cultural nos estilos de atuação no cinema. Nos primeiros anos do cinema, a atuação no palco e a atuação no cinema eram difíceis de diferenciar, já que a maioria dos atores de cinema já havia sido atores de teatro e, portanto, não conhecia outro método de atuação.[6] Eventualmente, os primeiros estilos melodramáticos, claramente vindos do teatro do século XIX, deram lugar no cinema ocidental a um estilo relativamente naturalista. Esse estilo de atuação mais naturalista é amplamente influenciado pela teoria do método de interpretação de Konstantin Stanislavski, que envolve o ator imergindo-se totalmente em seu personagem.[6][13]

Película

A película refere-se a escolha de preto e branco ou colorido, grão fino ou granulado.[14]

Proporção da tela

A proporção de tela é a relação entre a largura da imagem retangular e sua altura.[15] :pp.42–44 Cada proporção produz uma maneira diferente de ver o mundo e é fundamental para o significado expressivo do filme.

Veja também

Referências

  1. «mise-en-scène». merriam-webster.com. Merriam-Webster. Consultado em April 20, 2020  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  2. Brian Henderson, "The Long Take," in Movies and Methods: An Anthology, ed. Bill Nichols (Berkeley: University of California Press, 1976), 315.
  3. Corrigan, Timothy (2015). A short guide to writing about film. Ninth ed. Boston: Pearson Education. ISBN 9781292078113. OCLC 1137242678 
  4. Bordwell, David; Thompson, Kristin (2003). Film Art: An Introduction, 7th ed. New York: McGraw–Hill. ISBN 0-07-248455-1 
  5. a b c d e f g h Barsam, Richard Meran., and Dave Monahan. Looking at Movies: An Introduction to Film. New York: W.W. Norton &, 2010
  6. a b c d e f Pramaggiore, Maria, and Tom Wallis. Film: A Critical Introduction. Boston: Laurence King, 2005.
  7. Edgar-Hunt, Robert, John Marland and James Richards (2009). Basics Film-Making: Screenwriting. Lausanne: AVA Publishing. 71 páginas. ISBN 978-2-940373-89-5 
  8. «Set Design and Locations». film110. PBworks. Consultado em 25 August 2012. Arquivado do original em 2 November 2013  Verifique data em: |acessodata=, |arquivodata= (ajuda)
  9. «Lighting». film101. PBworks. Consultado em 25 August 2012. Arquivado do original em 2 November 2013  Verifique data em: |acessodata=, |arquivodata= (ajuda)
  10. «Part 2: Mise-en-scene». Film Studies Program. Yale University. Consultado em 25 August 2012. Cópia arquivada em 24 de dezembro de 2002  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  11. Fourie, Pieter J. (2004). Media Studies Volume 2: Content, Audiences and Production. Lansdowne, SA: Juta and Company. pp. 462–463. ISBN 0-7021-5656-6 
  12. Pramaggiore, Maria and Tom Wallis (2005). Film: A Critical Introduction. London: Laurence King Publishing. ISBN 0205433480  Verifique o valor de |url-access=registration (ajuda)
  13. «Acting». film101. PBworks. Consultado em 25 August 2012. Arquivado do original em 29 October 2013  Verifique data em: |acessodata=, |arquivodata= (ajuda)
  14. Kawin, Bruce (1992). How Movies Work. Berkeley and Los Angeles: University of California Press. pp. 88. ISBN 0-520-07696-6  Verifique o valor de |url-access=registration (ajuda)
  15. Sikov, Ed (2010). Film Studies: An Introduction. New York: Columbia University Press. ISBN 978-0-231-51989-2 

Leitura adicional

Links externos