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Óleo de copaíba: diferenças entre revisões

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O '''óleo de copaíba''' é um líquido transparente de cor e viscosidade variáveis.<ref>Jurema do Socorro Azevedo Dias. [https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/199142/1/CPAF-AP-2019-Tese-Potencial-anti-fungico-dos-oleos.pdf Potencial anti-fúngico dos óleos fixos de Copaifera sp., Carapa guianensis Aubl. e Dipteryx odorata (Aubl.) Willd. sobre Aspergillus nomius Kurtzman, Horn & Hesseltine e Aspergillus fumigatus Fresenius isolados de Bertholletia excelsa Humb. & Bompland e avaliação da toxicidade aguda em Danio rerio.] Tese (Doutorado) Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal, Universidade Federal do Amapá, Macapá-, 2019.</ref> É extraído do tronco de árvores de copaíba. É produzido pela planta como forma de desintoxicação e defesa contra animais, fungos e bactérias. É extraído do caule da árvore, que tem várias espécies nativas no Brasil.<ref name=":0">{{Citar periódico |url=https://periodicos.unicesumar.edu.br/index.php/saudpesq/article/view/2082 |título=Óleo de Copaíba e Suas Propriedades Medicinais: Revisão Bibliográfica |data=2012-03-19 |acessodata=2023-06-24 |periódico=Saúde e Pesquisa |número=1 |ultimo=Garcia |primeiro=Rosângela Fernandes |ultimo2=Yamaguchi |primeiro2=Miriam Harumi |lingua=pt |issn=2176-9206}}</ref>

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== Extração ==
Existem mais de 20 espécies de árvores de copaíba no Brasil (17 delas, [[Endemismo|endêmicas]]), sendo as principais: ''Copaifera cariacea'', ''Copaifera cearensis'', ''Copaifera confertiflora, [[Alchornea triplinervia|Copaifera officinalis L.]]'', [[Copaifera langsdorffii|''Copaifera langsdorffi'']], ''Copaifera multijuga Hayne'' ''e Copaifera reticulata Ducke''. No Brasil, estão presentes nas regiões [[Região Sudeste do Brasil|sudeste]], [[Região Centro-Oeste do Brasil|centro-oeste]] e [[Amazônia Legal|amazônica]].<ref name=":0" />

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* Extração tradicional: fazendo um grande buraco no tronco da árvore, mas inutiliza a árvore e desperdiça muito óleo;
* Extração total: derrubando e abrindo a árvore, o que permite retirar todo o óleo, mas também inutiliza a árvore;
* Extração racional: fazendo um pequeno buraco no tronco da árvore e inserido um cano. Depois da extração, o furo é vedado e a planta permanece viva, permitindo futuras extrações. Esse é o método mais adequado e o único sustentável.

== Usos ==
O óleo de copaíba é composto por ácidos diterpênicos, em solução em óleo essencial de sesquiterpenos e diterpenos, como o [[Cariofileno|beta-cariofileno]] e o [[Bisaboleno|beta-bisaboleno]], o ácido hardwíckico, o colavenol, o ácido copaíferico e o ácido copálico.<ref name=":0" />

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== Características ==
'''Composição fisico-quimico do óleo de copaíba'''<ref>Ederly Santos Silva, Caroline de Souza Mathias, Milena Campelo Freitas de Lima, Valdir Florêncio da Veiga Junior, Doriane Picanço Rodrigues e Charles Roland Clement. [https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/15127/1/artigo-inpa.pdf Análise físico‑química do óleo‑resina e variabilidade genética de copaíba na Floresta Nacional do Tapajós.] Pesq. agropec. bras., Brasília, v.47, n.11, p.1621-1628, nov. 2012.</ref>
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== Ver também ==

* [[Copaíba]]
* [[Óleo de açaí]]
* [[Óleo de pracaxi]]
* [[Óleo de coco babaçu]]
* [[Óleo da polpa do tucumã]]

{{Referências}}

Revisão das 17h49min de 24 de junho de 2023

Tronco de uma árvore de copaíba.

O óleo de copaíba é um líquido transparente de cor e viscosidade variáveis.[1] É extraído do tronco de árvores de copaíba. É produzido pela planta como forma de desintoxicação e defesa contra animais, fungos e bactérias. É extraído do caule da árvore, que tem várias espécies nativas no Brasil.[2]

No organismo humano, possui propriedades emoliente, antibacteriana e anti-inflamatória. Pode ser utilizado por via oral ou tópica, sendo parte da fórmula de diversos produtos de higiene e cosméticos. No Brasil, é vendido em feiras livres e em lojas de produtos naturais.[2]

Extração

Existem mais de 20 espécies de árvores de copaíba no Brasil (17 delas, endêmicas), sendo as principais: Copaifera cariacea, Copaifera cearensis, Copaifera confertiflora, Copaifera officinalis L., Copaifera langsdorffi, Copaifera multijuga Hayne e Copaifera reticulata Ducke. No Brasil, estão presentes nas regiões sudeste, centro-oeste e amazônica.[2]

O óleo-resina dessas árvores está localizado no interior do tronco e existem três métodos de extração:[2]

  • Extração tradicional: fazendo um grande buraco no tronco da árvore, mas inutiliza a árvore e desperdiça muito óleo;
  • Extração total: derrubando e abrindo a árvore, o que permite retirar todo o óleo, mas também inutiliza a árvore;
  • Extração racional: fazendo um pequeno buraco no tronco da árvore e inserido um cano. Depois da extração, o furo é vedado e a planta permanece viva, permitindo futuras extrações. Esse é o método mais adequado e o único sustentável.

Usos

O óleo de copaíba é composto por ácidos diterpênicos, em solução em óleo essencial de sesquiterpenos e diterpenos, como o beta-cariofileno e o beta-bisaboleno, o ácido hardwíckico, o colavenol, o ácido copaíferico e o ácido copálico.[2]

As propriedades medicinais da planta foram comprovadas e registradas em 1972, na agência norte-americana Food and Drug Administration.[2][3] O óleo apresenta características antibióticas, anti-inflamatórias, antissépticas e ajuda na cicatrização.[2][4][5][6] Por isso é muito usado de maneira caseira para cura de pequenas lesões na pele e doenças de garganta e pulmão.[carece de fontes?]

Além do seu uso em cosméticos e fitoterápicos, o óleo pode ser usado como combustível para motores e para fabricação de tintas e vernizes.[7]

Características

Composição fisico-quimico do óleo de copaíba[8]

Índice Unidade Especificação
Acidez mg g-1 9,89
Éster - 94,02
Saponificação mg g-1 de KOH 105,23
Densidade g cm³ 0,98
Viscosidade Pa–s 82,27
Refração - 1,51

Composição do óleo de copaíba[9]

Índice Unidade Especificação
Ácido palmítico % Peso 24,9
Ácido beênico %Peso 3,0
Ácido oléico %Peso 35,3
Ácido araquídico %Peso 1,1
Ácido linoléico %Peso 35,7
Cumarina %Peso 0,15

Ver também

Referências

  1. Jurema do Socorro Azevedo Dias. Potencial anti-fúngico dos óleos fixos de Copaifera sp., Carapa guianensis Aubl. e Dipteryx odorata (Aubl.) Willd. sobre Aspergillus nomius Kurtzman, Horn & Hesseltine e Aspergillus fumigatus Fresenius isolados de Bertholletia excelsa Humb. & Bompland e avaliação da toxicidade aguda em Danio rerio. Tese (Doutorado) Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal, Universidade Federal do Amapá, Macapá-, 2019.
  2. a b c d e f g Garcia, Rosângela Fernandes; Yamaguchi, Miriam Harumi (19 de março de 2012). «Óleo de Copaíba e Suas Propriedades Medicinais: Revisão Bibliográfica». Saúde e Pesquisa (1). ISSN 2176-9206. Consultado em 24 de junho de 2023 
  3. Lima, Aldemir; Lima, Jesiel (2012). «UTILIZAÇÃO MEDICINAL DO ÓLEO DE COPAÍBA: aspectos históricos e estudos atuais» (PDF). Centro Universitário Newton Paiva 
  4. Rodrigues Santana, Santina; Bianchini-Pontuschka, Rute; Bay Hurtado, Fernanda; de Oliveira, Cristiana Aparecida; Rodrigues Melo, Lucinei Pereira; dos Santos, Geovanni Jesus (dezembro de 2014). «Uso medicinal do óleo de copaíba (Copaifera sp.) por pessoas da melhor idade no município de Presidente Médici, Rondônia, Brasil». Acta Agronómica (em espanhol) (4): 361–366. ISSN 0120-2812. doi:10.15446/acag.v63n4.39111. Consultado em 24 de junho de 2023 
  5. «Testes iniciais identificam composto com propriedade anti-inflamatória no óleo de copaíba». Jornal da USP. 30 de setembro de 2022. Consultado em 24 de junho de 2023 
  6. Lopes, Ana Beatriz Rodrigues. Efeito do óleo de copaíba na atividade de enzimas antioxidantes hepáticas em modelo experimental de diabetes tipo 1. Universidade Federal de São Paulo, Santos, 2021.
  7. Rosa,, Sambuichi, Regina Helena; Schramm,, Mielke, Marcelo; Eduardo),, Pereira, C. E. (Carlos. Nossas árvores : conservação, uso e manejo de árvores nativas no sul da Bahia. Ilhéus, Bahia: [s.n.] ISBN 9788574551739. OCLC 794059844 
  8. Ederly Santos Silva, Caroline de Souza Mathias, Milena Campelo Freitas de Lima, Valdir Florêncio da Veiga Junior, Doriane Picanço Rodrigues e Charles Roland Clement. Análise físico‑química do óleo‑resina e variabilidade genética de copaíba na Floresta Nacional do Tapajós. Pesq. agropec. bras., Brasília, v.47, n.11, p.1621-1628, nov. 2012.
  9. Jurandyr da Cruz Alencar. Estudos silviculturais de uma população natural de Copaifera multijuga Hayne-Leguminosae, na Amazônia Central. 2-Produção de óleo-resina. ACTA AMAZÔNICA, n. 12, v. 1, p. 75-89, 1982.