Anopheles cruzii: diferenças entre revisões
nova página: {{Info/Taxonomia}} {{Título em itálico}} Anopheles cruzii é uma espécie de mosquito que transmite o protozoário ''Plasmodium'', causador da malária. Pertence ao gênero ''Anopheles'' e ao subgênero ''Kerteszia.'' == Ecologia == É encontrado na Mata Atlântica. Já foi coletado nos estados brasileiros do Paraná<ref name=":0">{{Citar periódico |url=https://www.scielo.br/j/rbent/a/4Fdk5KzDJD34M84vdG9TPHz/?lang=pt&format=html |título=Aspect... |
(Sem diferenças)
|
Revisão das 23h29min de 28 de agosto de 2023
| Anopheles cruzii | |
|---|---|
| Classificação científica | |
|
|
Anopheles cruzii é uma espécie de mosquito que transmite o protozoário Plasmodium, causador da malária. Pertence ao gênero Anopheles e ao subgênero Kerteszia.
Ecologia
É encontrado na Mata Atlântica. Já foi coletado nos estados brasileiros do Paraná[1] e São Paulo.[2]
An. cruzii tem relação próxima com plantas da família Bromeliaceae, que serve de local quase exclusivo para postura de seus ovos, usando a água parada no centro da planta para desenvolver suas larvas.[1][3]
Se alimenta principalmente de macacos bugios, que vivem em árvores. Podem voar das copas árboreas ao solo e vice-versa em busca de seus hospedeiros. Embora seu habitat seja a floresta, pode invadir domicílios humanos em busca de se alimentar de sangue.[1][2]
Um estudo em Morretes, no Paraná, usando armadilhas luminosas durante 12 meses obteve mais indivíduos nos meses de março, abril e maio, e apesar da diminuição no inverno, permanece ativo durante o ano inteiro. Dentre 1.408 mosquitos coletados, mais de 40% pertenciam a espécie An. cruzii. É mais ativo nas primeiras horas da noite, tendo sido coletado principalmente entre 18h e 20h.[1]
Epidemiologia
É o principal transmissor de malária para humanos e símios fora da Amazônia.[3]
Um estudo com indivíduos coletados no município de São Paulo indicam que essa população passa por microevolução, que se manifesta no formato de sua asa, e está correlacionado com a urbanização e ocupação humana.[2][4] A fragmentação da Mata Atlântica, causada por mudanças antropogênicas, também tem influenciado a genética e o comportamento desta espécie, favorecendo o contato com seres humanos e facilitando a transmissão de malária.[3]
Referências
- ↑ a b c d Santos-Neto, Luiz Gonzaga dos; Lozovei, Ana Leuch (2008). «Aspectos ecológicos de Anopheles cruzii e Culex ribeirensis (Diptera, Culicidae) da Mata Atlântica de Morretes, Paraná, Brasil». Revista Brasileira de Entomologia: 105–111. ISSN 1806-9665. doi:10.1590/S0085-56262008000100018. Consultado em 28 de agosto de 2023
- ↑ a b c Multini, Laura Cristina; Wilke, André Barretto Bruno; Marrelli, Mauro Toledo (1 de fevereiro de 2019). «Urbanization as a driver for temporal wing-shape variation in Anopheles cruzii (Diptera: Culicidae)». Acta Tropica: 30–36. ISSN 0001-706X. doi:10.1016/j.actatropica.2018.10.009. Consultado em 28 de agosto de 2023
- ↑ a b c Multini, Laura Cristina; de Souza, Ana Letícia da Silva; Marrelli, Mauro Toledo; Wilke, André Barretto Bruno (22 de outubro de 2020). «The influence of anthropogenic habitat fragmentation on the genetic structure and diversity of the malaria vector Anopheles cruzii (Diptera: Culicidae)». Scientific Reports (em inglês) (1). 18018 páginas. ISSN 2045-2322. doi:10.1038/s41598-020-74152-3. Consultado em 28 de agosto de 2023
- ↑ «Urbanização altera forma das asas de mosquitos». Jornal da USP. 17 de janeiro de 2019. Consultado em 28 de agosto de 2023