Efeito Dunning–Kruger: diferenças entre revisões

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Primeira versão para o artigo sobre o Efeito Dunning-Kruger.
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Revisão das 23h23min de 23 de setembro de 2007

O Efeito Dunning-Kruger é o fenômeno pelo qual indivíduos que possuem pouco conhecimento pensam saber mais que outros que tem muito mais conhecimento.

O fenômento foi demonstrado em uma série de experimentos realizados por Justin Kruger e David Dunning, à época ambos da Universidade de Cornell. Seus resultados foram publicados no Journal of Personality and Social Psychology em dezembro de 1999.[1]

Kruger e Dunning perceberam que vários estudos anteriores sugeriam que em habilidades tão distintas como compreensão de leitura, operação de veículos motorizados, e jogar xadrez ou tênis,

"ignorância, com mais freqüência do que o conhecimento, gera confiança".

Eles propuseram as seguintes hipóteses, dada uma habilidade típica que humanos possam possuir em maior ou menor grau:

  1. Indivíduos incompetentes tendem a superestimar seu próprio nível de habilidade,
  2. Indivíduos incompetentes não reconhecem habilidade genuína em outros,
  3. Indivíduos incompetentes não reconhecem o grau extremo de sua inadequação,
  4. Se treinados substancialmente para melhorar seu nível de habilidade, estes indivíduos serão capazes de reconhecer e admitir sua prévia falta de habilidade.

Eles testaram estas hipóteses em alunos da Universidade de Cornell registrados em vários cursos de psicologia.

Numa série de estudos, Kruger e Dunning examinaram auto-avaliações de habilidade lógica, habilidade gramática, e humor. Depois de confrontados com suas notas nos testes, pediu-se aos avaliados que novamente estimassem seu nível de habilidade. Neste momento o grupo compentente na habilidade estimou seu nível corretamente, enquanto o grupo incompetente na habilidade superestimou seu nível. Dunning e Kruger constatam:

"Em 4 estudos, os autores detectaram que participantes com notas integrando o quartil mais baixo da pesquisa em avaliações de humor, gramática, e lógica superestimaram de forma brutal sua performance na avaliação e sua própria habilidade. Apesar do resultado de seus exames os colocar no 12º percentil, eles estimaram estar no 62º."

Enquanto isso, pessoas com real conhecimento tenderam a subestimar sua competência.

Um estudo seguinte sugere que estudantes imcompetentes melhoram seu próprio nível de habilidade e sua habilidade de estimar seu nível perante seus pares apenas depois de extenso treinamento nas habilidades que eles não possuíam.

Dunning e Kruger receberam o prêmio IgNobel pelo seu trabalho.[2]

Referências

  1. Justin Kruger; David Dunning (1999). «Unskilled and Unaware of It: How Difficulties in Recognizing One's Own Incompetence Lead to Inflated Self-Assessments» (PDF). Journal of Personality and Social Psychology. 77 (6): 1121–34. PMID 10626367 
  2. «The 2000 Ig Nobel Prize Winners». Improbable Research. Consultado em 23 de junho de 2007