Amélia Bacelar

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Amélia Bacelar
Amélia Bacelar
Foto of Amélia Bacelar
Nascimento 1890
Runa
Morte 1976 (85–86 anos)
desconhecido
Cidadania Portugal
Alma mater
Ocupação aracnóloga, entomologista, zoóloga

Amélia Bacelar (Runa, 1890 - 1976) foi uma entomóloga e aracnóloga Portuguesa[1].

Pioneira da ciência Portuguesa, Amélia Vaz Duarte Bacelar destacou-se como professora e naturalista do antigo Museu Bocage [2].

Em 1912, obteve a licenciatura em Ciências Histórico-Naturais pela Faculdade de Ciências, ingressou na Escola Normal Superior de Lisboa, habilitando-se ao magistério liceal. Trabalhou como investigadora com diversas bolsas de estudo no Museu de História Natural de Paris (em 1930, 1933 e 1938) e no Museu Britânico (em 1931 e 1938).[2]

Mais tarde veio a integrar o Museu Bocage, actualmente parte do Museu Nacional de História Natural e da Ciência, dedicando-se quase exclusivamente aos estudos aracnológicos. Casada com o zoólogo Fernando Frade (1898-1983), naturalista do Museu Bocage (a partir de 1924), os dois colaboraram em projectos ciêntificos ao longo da vida, mas Amélia Bacelar continuou a assinar as suas publicações com o nome de solteira [2][3].

Trabalho[editar | editar código-fonte]

Do seu vasto trabalho ciêntifico destaca-se a descrição de várias espécies até então desconhecidas para a ciência [4][5], includindo um dos animais mais raros do mundo, a Buraqueira-de-Fagilde.

Entre 1927 e 1937, foi a autora de 5 volumes com a primeira compilacao da aracnofauna Portuguesa.

Reconhecimento internacional[editar | editar código-fonte]

O seu legado ciêntifico tem sido reconhecido e celebrado pela comunicade internacional com todo um género em seu nome, Bacelarella (por Lucien Berland e J. Millot em 1941), e varias espécie de aranha, como Eustala bacelarae Caporiacco, 1955, Obscuriphantes bacelarae (Schenkel, 1938), Psecas bacelarae Caporiacco, 1947, Tybaertiella bacelarae (Caporiacco, 1949), Zodarion bacelarae Pekár, 2003, incluindo uma espécie de aranha buraqueira portuguesa, Nemesia bacelarae (por Arthur Decae em 2007)[6].

Referências

  1. «Amélia Bacelar». www.wikidata.org (em inglês). Consultado em 16 de novembro de 2023 
  2. a b c «Museu Nacional de História Natural e da Ciência - AMÉLIA BACELAR (1890-1976) Pioneira no seu tempo, mulher de ciência incontornável dos primórdios da Faculdade de Ciências, Amélia Vaz Duarte Bacelar destacou-se como professora e naturalista do antigo Museu Bocage. Em finais de 1912, licenciada em Ciências Histórico-Naturais pela Faculdade de Ciências, ingressou na Escola Normal Superior de Lisboa, habilitando-se ao magistério liceal. Contudo, seria como investigadora que prosseguiria a sua carreira graças a várias bolsas de estudo, trabalhando sucessivamente no Museu de História Natural de Paris (em 1930, 1933 e 1938) e no Museu Britânico (em 1931 e 1938). Depois de um curto período de tempo como professora liceal, integraria o antigo Museu Bocage, dedicando-se quase exclusivamente aos estudos aracnológicos. Casada com o zoólogo Fernando Frade (1898-1983), ele também naturalista do antigo Museu Bocage (a partir de 1924) e responsável entre outros pelos catálogos sistemáticos das aves e mamíferos do Jardim Zoológico de Lisboa, trabalhariam em conjunto ao longo da vida. Não obstante, Amélia Bacelar nunca deixaria, salvo raríssimas exceções, de assinar as suas publicações com o nome de solteira. | Facebook». es-la.facebook.com (em espanhol). Consultado em 16 de novembro de 2023 
  3. «GIA - Grupo Ibérico de Aracnologia». sea-entomologia.org. Consultado em 16 de novembro de 2023 
  4. «TriploV - Biblos- Alexandria». www.triplov.com. Consultado em 16 de novembro de 2023 
  5. «Memórias de África e do Oriente | Catálogo - Pesquisa no Autor - por [bacelar, amelia]». memória-África.ua.pt. Consultado em 16 de novembro de 2023 
  6. Decae, Arthur (2007). «Taxonomic review of the Portuguese Nemesiidae (Araneae, Mygalomorphae).» (PDF). Revista Ibérica de Aracnología. 14: 1-18.