Amantes de Hasanlu

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Amanti di Hasanlu - Penn Museum.

Amantes de Hasanlu são um par de restos humanos encontrados por uma equipe da Universidade da Pensilvânia liderada por Robert H. Dyson[1][2] no sítio arqueológico de Teppe Hasanlu, localizado no vale de Solduz, na província oeste do Azerbaijão no Irã, em 1972.

A imagem mostra dois esqueletos humanos, aparentemente em um abraço, que ganhou a fotografia com o título de Hasanlu Lovers ou O beijo de 2800 anos.[3]

O esqueleto à direita está deitado de costas. As evidências dentárias sugerem que este era um adulto jovem, possivelmente entre 19 e 22 anos de idade. A pelve indica um homem. A saúde parece ter sido boa, sem evidências aparentes de ferimentos ao longo da vida. [4]

O esqueleto que está do lado esquerdo tinha idade entre 30 e 35 anos quando morreu. As evidências de gênero se inclinam para o masculino, ainda que seja uma resposta em aberto pelos cientistas. A saúde parece ter sido boa, sem evidências aparentes de ferimentos ao longo da vida.[1][2][4][5]

O par de esqueletos foi encontrado em uma estrutura semelhante a uma caixa, feita de tijolos, que tinha a função de guardar cereais, sem outros objetos, exceto uma laje de pedra sob a cabeça de um esqueleto.[2][6] Eles morreram juntos por volta de 800 aC, durante a destruição da cidadela Teppe Hasanlu. Acredita-se que na ocasião, a cidadela tenha sido invadida pelo Reino Urartu, das terras altas da Armênia, que incendiaram o local. Os pesquisadores trabalham com a teoria de que os dois homens teriam se refugiado dentro da caixa, e tenham morrido por asfixia.[7]

Os esqueletos de muitos moradores da cidadela ficaram expostos nas ruas, e a passagem do tempo se encarregou de cobri-los com escombros e terra.[8]

Devido a indefinição quanto ao gênero do esqueleto da pessoa mais velha, os arqueólogos consideram a possibilidade da dupla ser pai e filho, mãe e filho, ou mesmo uma relação homoafetivo entre dois homens.[7]

As assinaturas isotópicas indicam que a dieta dos residentes de Hasanlu era variada, indicando uma dieta que incluía trigo e cevada, ovelhas e cabras, e que os residentes de Hasanlu eram em grande parte nascidos e criados na área.[5]

Referências

  1. a b Dandamaev, M. A. (1989). The Culture and Social Institutions of Ancient Iran. Cambridge University Press. Cambridge; New York City: [s.n.] ISBN 978-0521321075 
  2. a b c «Survey of Excavations in Iran 1971–72». Iran: Journal of the British Institute of Persian Studies. 11. JSTOR 4300498 
  3. «The 2800 years old kiss». Rare Historical Photos (em inglês) 
  4. a b «The Lovers - Hasanlu». Penn Museum 
  5. a b https://www.youtube.com/watch?v=vvhy2Z1BR6Y  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  6. «Penn Museum Blog». Penn Museum 
  7. a b «Beijo eterno: intrigante história dos amantes de Hasanlu». Aventura na História. Consultado em 4 de abril de 2020 
  8. «Os amantes de Hasanlu: o beijo que já dura 2.800 anos». History. Consultado em 4 de abril de 2020 

Ver também[editar | editar código-fonte]