António Dias Garcia

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António Dias Garcia
António Dias Garcia
Nascimento 1859
São João da Madeira
Morte 29 de outubro de 1940
Cidadania Portugal, Reino de Portugal

O Conde António Dias Garcia (S. João da Madeira, 2 de Abril de 1859 - 29 de Outubro de 1940)[1][2][3] foi um ilustre empreendedor, financista e filantropo.[2]

História[editar | editar código-fonte]

O Conde António Dias Garcia nasceu a 02-04-1859, numa humilde casa, em Carquejido. Era filho do casal Manuel Dias Garcia (de Azevedo) e mulher Maria Margarida Rosa, do lugar do Pedaço.[1]

Dias Garcia a determinada altura da sua vida decidiu emigrar para o Brasil em busca de novas oportunidades e de fortuna. Através do seu próprio esforço trabalhou, estudou, amealhou dinheiro e tornou-se sócio de uma casa de ferragens no Rio de Janeiro, sendo que mais tarde adquiriu a totalidade as acções e a pôs em seu nome.[3]

Gerada riqueza, financiou e patrocinou inúmeras obras de caridade no Brasil e na sua terra natal, São João da Madeira. Estas obras fizeram com que o seu nome fosse ouvido nas altas camadas sociais, fazendo com que Dias Garcia recebesse diversos títulos honoríficos, destacando-se o titulo de Conde em 1928, concedido pelo Papa Pio IX por intermédio do Cardeal Arcoverde do Rio de Janeiro. Foi agraciado com o Grau de Comendador da Ordem e Instrução e Benemerência pelo governo português e ainda chegou a ser proposto como Ministro da Instrução Nacional[4] (equivalente ao actual Ministério da Educação).

Foi um autêntico intérprete da mentalidade sanjoanense na Colónia Portuguesa do Brasil, que fundou e acarinhou, e uma glória da sua terra, onde mandou construir um palacete para seus filhos.

Com as suas benemerências, contribuiu para a construção de diversos melhoramentos em São João da Madeira, como o Parque da Senhora dos Milagres, inaugurado em 1934, o Monumento aos Mártires da Grande Guerra e a Capela de Santo António. Mandou construir a escola que tem o seu nome e concedeu o terreno para o campo de jogos da ADS (Associação Desportiva Sanjoanense).[2]

Faleceu em 29-10-1940, com 81 anos, deixando excelentes continuadores da sua obra em sua mulher, a Condessa Dias Garcia. Seu filho Manuel Dias Garcia, que, falecendo no Rio em 1937, quis que lhe colocassem na campa, terra de S. João da Madeira.[2]

A Comissão Concelhia da Câmara Municipal concedeu-lhe, em vida, as insígnias de S. João da Madeira e, em 1939, foi solenemente inaugurada a sua estátua, no largo do seu nome, além de outras homenagens póstumas prestadas pelos sanjoanenses.[2]

Obras[editar | editar código-fonte]

Com a sua fortuna, mandou construir diversas obras, entre elas:

Legado[editar | editar código-fonte]

Hoje em dia, além de todas as obras que mandou construir ainda existirem, a cidade de São João da Madeira deu o seu nome a um dos mais importantes largos da cidade, o Largo Conde Dias Garcia, onde foi erguida uma estátua em sua honra.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências