Cauno (mitologia)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Cauno fugindo do amor de Bíblide, segundo Ovídio (ilustração de François Chauveau.

Na mitologia grega, Cauno (Kaunos, em grego clássico: Καῦνος) era filho de Mileto e de Idoteia, neto de Apolo e irmão gêmeo de Bíblide.

Segundo alguns relatos, Cauno se tornou objeto da paixão incestuosa de sua irmã. Outra tradição relata que ele desenvolveu afeição a ela;[1][2] ainda outros, como Ovídio, descrevem os sentimentos de Bíblide como não correspondidos.[3][4][5]

Todas as fontes concordam, no entanto, que Cauno escolheu o exílio, para que evitasse cometer incesto com Bíblide, e que ela o seguiu até ficar completamente exausta pelo pesar e faleceu (ou cometeu suicídio).

Cauno se exilou na Lícia, onde se casou com a ninfa Prônoe e teve um filho chamado Egíalo. Cauno se tornou rei daquela terra; quando morreu, Egíalo agrupou os povos espalhados sobre o território e fundou uma cidade em homenagem a seu pai, a cidade de Cauno. Outras fontes atribuem ao próprio Cauno a fundação da cidade.[6]

Referências

  1. Cônon, Narrações, 2
  2. Escólio sobre Teócrito, Idílio 7. 115
  3. Ovídio, Metamorfoses, 446 - 665
  4. Antonino Liberal, Metamorfose, 30
  5. Partênio, Erotica Pathemata, 11, onde ambas as versões são relatadas.
  6. KURY, Mário da Gama. Dicionário de Mitologia Grega e Romana. Rio de Janeiro: Zahar, 2009, p. 73.