Clarinda da Costa Siqueira

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Clarinda da Costa Siqueira
Nascimento 26 de dezembro de 1818
Rio Grande
Morte 27 de outubro de 1867 (48 anos)
Rio Grande
Nacionalidade Brasil, Brasileira
Ocupação Poeta
Escola/tradição Classicismo, Romantismo

Clarinda da Costa Siqueira é uma poetisa sul-rio-grandense que viveu ao longo do século XIX, num período de transição local entre o Arcadismo e o Romantismo.

Biografia[editar | editar código-fonte]

A biografia de Clarinda da Costa Siqueira é uma incógnita, sendo brevemente pontuada pelos dados presentes no livro Poesias, copiados pela maioria dos estudiosos da literatura rio-grandense, como Guilhermino César, Sacramento Blake, Mário Osório Magalhães e Rita Schmidt. Contudo, a análise deste livro - constituído pelos poemas, pela necrologia escrita por Antônio Joaquim Caetano da Silva Junior e pela homenagem, nas últimas páginas, de autoria de Carlos Von Koseritz - faz-se reveladora na medida em que mostra, ainda que de forma fragmentada, um pouco do que foi a vida e o contexto sócio-histórico no qual viveu a poetisa sul-rio-grandense.

Clarinda da Costa Siqueira nasceu enjeitada pela mãe, sendo criada por Leonarda Joaquina dos Passos e Maria das Dores Passos (“as respeitáveis matronas da família Passos” citadas por Koseritz).[1] Aos 17 anos, em 20 de abril de 1835, casou-se com José da Costa Siqueira. Neste ponto encontra-se nas notas presentes em seu livro a grande contradição sobre o maior mistério que permeia a vida da escritora, pois ao início, a nota publicada pela Gazeta de Porto Alegre refere-se à Clarinda como “fisicamente quebrada”; já em sua necrologia, Antônio Joaquim declara que “nesse mesmo dia (do casamento) caiu enferma gravemente”; porém no final do livro Koseritz menciona os sofrimentos físicos da amiga como sendo bem posteriores ao casamento com José da Costa Siqueira. Infelizmente, além desta contraditoriedade, não há nenhuma outra informação acerca da origem dos padecimentos da poetisa,[2][3] conforme pesquisa inédita de Emilene Rodrigues, graduada em Letras Português/Espanhol pela Universidade Federal do Rio Grande.

Propaganda do único livro publicado de Clarinda da Costa Siqueira

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Obras[editar | editar código-fonte]

SIQUEIRA, Clarinda da Costa. Poesias. Pelotas: Livraria Americana, 1881.

Grande parte de seus poemas ainda estão espalhados em jornais e almanaques do século XIX, à espera de quem organize e analise.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

BLAKE, Augusto Victorino Alves do Sacramento. Dicionário bibliographico brasileiro. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1900. Reimpressão fac-símile, 1970.

CÉSAR, Guilhermino. História da literatura do Rio Grande do Sul. (1773 – 1902). Porto Alegre: Globo, [s.d.]

MAGALHÃES, Mário Osório. Opulência e cultura na Província de São Pedro do Rio Grande do Sul: um estudo sobre a história de Pelotas (1860-1890). Pelotas: EDUFPel, 1993.

MUZART, Zahide Lupinacci. Escritoras brasileiras do século XIX. Florianópolis: Mulheres, 2000.

Referências

  1. «Cartas de Liberdade» (PDF). Apers.rs.gov.br 
  2. Jornal Eco do Sul de 30 de outubro de 1857 (nº 247, ano 13)
  3. Jornal O Comercial de 27 de novembro de 1867 (nº 273, ano 11)