Comando da Força de Submarinos

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O Comando da Força de Submarinos (ComForS) é a força submarina da Marinha do Brasil. O ComForS é um dos comandos mais antigos das Forças Armadas do Brasil.[1]

Missão[editar | editar código-fonte]

A missão de comando da força é garantir a prontidão dos meios subordinados, estabelecer regras e procedimentos e exercer o controle operacional dos submarinos no mar e das actividades de mergulho da Marinha do Brasil, a fim de contribuir para a eficácia do emprego dos recursos navais subordinados no aplicação do poder naval.[2]

História[editar | editar código-fonte]

A ideia de uma nova arma para a guerra naval foi idealizada no final do século XIX. Os primeiros planos para a força de submarinos são da autoria do Primeiro Tenente Felinto Perry; os seus trabalhos, publicados em periódicos da época, foram motivo de reflexão e ampla discussão, despertando o interesse público e motivando a Alta Administração Naval. Na ocasião, o Tenente Perry destacou o valor do submarino na defesa da soberania do Estado: “Espero ver o funcionamento desta arma indiscutivelmente poderosa na Marinha, fator muito importante na defesa das fronteiras marítimas”.[1]

Em 1904, o Ministro dos Assuntos Navais, Almirante Julio César de Noronha, incluiu três submersíveis no Programa de Construção Naval. O epílogo da campanha de aquisição de submersíveis para a Marinha do Brasil e o início da história dessa nova categoria de navios concretizaram-se em 1911, quando o Ministro da Marinha, Vice-Almirante Joaquim Marques Batista de Leão, criou uma Comissão Naval em La Spezia para supervisionar a construção de três submarinos italianos da classe Foca encomendados pelo governo. O primeiro submarino do Brasil chamado F-1 foi lançado a 11 de dezembro de 1913.[3] O ComForS foi criado em 1914 dando início à era submarina no Brasil.[1]

Nova base[editar | editar código-fonte]

Em 2020 a Marinha inaugurou a Base de Submarinos da Ilha da Madeira,[4] com o objetivo de ancorar os novos Scorpénes, bem como a futura frota de submarinos nucleares do Brasil. A instalação também serve de base para outras embarcações da Marinha, como os submarinos da Classe Tikuna, e também para modernização e inspeções.[4] Em julho de 2021, a Marinha transferiu oficialmente o ComForS para a base.[5]

Frota nuclear futura[editar | editar código-fonte]

A partir de 2018 a Marinha, através da Itaguaí Construções Navais, deu início à construção do primeiro submarino nuclear brasileiro SN Álvaro Alberto.[6] O submarino é o primeiro de uma frota de seis unidades planeadas pelo ComForS para 2040.[7][8]

Referências

  1. a b c «Comando da Força de Submarinos completa 107 anos». Poder Naval. 12 de julho de 2021. Consultado em 16 de julho de 2021 
  2. «COMANDO DA FORÇA DE SUBMARINOS». Brazilian Navy. Consultado em 16 de julho de 2021 
  3. «Submarino F1». Poder Naval. Consultado em 16 de julho de 2021 
  4. a b «Marinha inaugura Base de Submarinos da Ilha da Madeira no dia em que o Comando da Força de Submarinos completa 106 anos». Brazilian Navy. 20 de setembro de 2020 
  5. «Comando da Força de Submarinos é transferido para o Complexo Naval de Itaguaí». Defesa Aerea e Naval. 15 de julho de 2021 
  6. «O Prosub e o submarino nuclear brasileiro SN-BR». Poder Naval. 20 de fevereiro de 2018 
  7. «Brazilian Navy - Marinha do Brasil - Modernization». GlobalSecurity.org. Consultado em 7 de maio de 2019 
  8. «Programa Nuclear da Marinha». Consultado em 3 de agosto de 2019