Companhia de Comércio do Maranhão

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A Companhia de Comércio do Maranhão, também referida como Companhia do Estanco do Maranhão, foi uma empresa comercial privilegiada, de caráter monopolista, criada sob o reinado de dom Pedro II (1667-1706), em Portugal, para atuar no Estado do Maranhão. Durou de 1682 a 1685.

História

Fundada em 1682 em caráter de exclusivo comercial, destinava-se a fomentar a agromanufatura de açúcar e o cultivo de algodão, através do fornecimento de crédito e de escravos africanos aos produtores da região, assegurando o transporte em segurança daqueles géneros em segurança para a Europa.

Entre os privilégios de que se beneficiava, além do monopólio do comércio com o Estado do Maranhão por 20 anos, destacavam-se a isenção de impostos, um juízo privado, a via executiva para a cobrança de suas dívidas e a liberdade de descer do sertão maranhense os indígenas que desejasse para tê-los ao seu serviço.

A Companhia foi acusada de desvalorizar os géneros que deveria adquirir, cobrando em excesso pelas mercadorias da metrópole, além de não disponibilizar os escravos africanos conforme acordado. As reclamações levaram à eclosão da Revolta dos irmãos Beckman (1684) e à posterior extinção da própria Companhia (1685).

Ver também

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