Discussão:São Joaquim da Barra

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Caros amigos, Nao entendi a relacao entre a presenca das usinas de acucar e alcool na regiao e a existencia de indices graves de criminalidade e pobreza populacional. Estranho tambem a relacao com as despesas ao municipio, ja que a priori, uma usina na regiao aumentaria os meios de pagamento e a circulacao de dinheiro, aquecendo a demanda e economia local.

Usinas de álcool e açúcar e juízos de valor.[editar código-fonte]

Olá. Não sei quem fez o comentário anterior no ítem sobre discussões, mas concordo plenamente. Além do mais, comete-se um erro na edição de enciclopédias quando se faz juízos de valor. Enciclopédia é um repositório de conhecimento, não um conjunto de artigos. Assim, quem deve tirar conclusões é o leitor.

Levando-se tudo isto em conta, resolvi retirar os comentários que julguei do tipo acima. Kayo.

A página sobre a História da cidade é praticamente uma história (sem referências) das "famílias fundadoras" (seriam tão relevantes assim?). Esse tipo de abordagem histórica é extremamente parcial: frases como "grande desbravador", "uma primorosa educação cristã católica", " Herdou o temperamento forte e audaz de seu pai..."; parecem demonstrar claramente qual é o ponto de vista de quem escreveu o trecho.

Esse trecho é particularmente emblemático:

"Um dos desbravadores está o grande e abastado fazendeiro, criador de gado e capitalista, Francisco Garcia Borges ou Borgese, que com sua contribuição, fundaram a primeira capela no então criado povoado." - Além de mostrar o ponto de vista do editor (que claramente compactua da visão conservadora de como se deu o processo de colonização do estado de São Paulo), dá a impressão de mostrar certa admiração à figura citada.

O mais grave, é que a partir desse ponto, nada é dito do processo histórico da formação da cidade, e parece mais uma ode à "família fundadora", apesar de muitas vezes, haver contradições.

A impressão que tenho, ao ler essa seção é quase como de quando me deparo com mapas do século XIX do estado de São Paulo, em que o oeste paulista era assinalado como "terrenos despovoados", ou "áreas habitadas pelos índios ferozes" (mostrando claramente um ponto de vista europeu e preconceituoso). O pior, é que grande parte dos artigos sobre cidades é escrito a partir desse ponto de vista (do europeu "colonizador", "desbravador", e ser "escravocrata" é quase que um deslize perdoável dessas figuras quase mitológicas).Miguelrangeljr (discussão) 03h26min de 28 de dezembro de 2013 (UTC)Miguelrangeljr[responder]

Ficheiro:História

A respeito das famílias fundadoras, eu já li vários livros, inclusive livro do meu bisavô, Dr. Antonio de Almeida Prado, citando o fazendeiro sr. Francisco Garcia Borges. Eu não tenho parentesco com ele, mas temos diários da época em que o meu segundo avô o citava várias vezes sobre suas ações em São Joaquim e na região. Além de suas doações em dinheiro ele era um homem muito respeitado politicamente. A questão da religiosidade, não sou católico, mas temos que respeitar a história alheia.

Francisco, a questão não é essa, mas a forma como isso é colocado no artigo: Em vez de se escrever "primorosa educação cristã", deve-se dizer "criado em família católica" (apesar de que naquela época todo "nobre" era criado assim). E isso é só um exemplo. O que se deve discutir, quando se fala da fundação de uma cidade, além dos "governantes" por trás disso, é quais os processos históricos: o que levou os descendentes de europeus chegarem à região? Como e por que a terra foi gerida de tal forma? E os povos autóctones da região, que fim levaram? Por que os membros dessa família eram tão violentos e governavam como se fossem os "donos da terra"? Etc, etc.. O problema maior, é que dificilmente a história da fundação das cidades é escrita de uma forma mais alternativa e imparcial, e acaba perpetuando o lema "a história é escrita pelos vencedores" (no caso, a família Borges e os europeus que chegaram nesta região).Miguelrangeljr (discussão) 14h44min de 5 de janeiro de 2014 (UTC)Miguelrangeljr[responder]
Sim,mas Miguel, quando pedem para colaborarmos pedem que citemos coisas verídicas. E esses aspectos eu tirei do livro. Se você for para essa região, você saberá da história deles. Quando um senhor antigo na cidade que escreveu o livro me falou dos Garcia Borges, ele citou que eles eram muito nervosos e tinham um temperamento irascível. No caso sobre as terras, eles sempre foram grande proprietários rurais, não só na região de São Joaquim onde tinham mais de 6 fazendas, como no sul de Minas Gerais onde foram grandes escravocratas e realmente eram os donos das maiores terras. Pelo que eu soube de histórias passadas de geração e que se sabe sobre eles, é que eram de famílias da nobreza européia e vieram para o Brasil quando receberam terras do Imperador. E com toda certeza, a região teve seu progresso quando essas famílias como os Garcia Borges, os Junqueira ou até mesmo a minha, os Almeida Prado, chegaram e começaram a colonizar, levando culturas de subsistências. No meu ponto de vista, eu acho hipocrisia não citar se realmente eles eram assim ou tinha isso ou aquilo. E a colonização não só no Estado de São Paulo mas no Brasil todo nessa época foi desse jeito, com a chegada de pessoas ricas e geralmente da nobreza. Não tem como mudar isso. O que me parece é que você tem um pensamento voltado para o socialismo. Mas as coisas não são do jeito que você pensa que é, e sim, do jeito que foram. Não se pode mudar a história, tão pouco dessa família citada.
Francisco, não sou "socialista" e nem "capitalista", mas devemos ter um olhar crítico da História, independente de ela ter sido o que foi. Óbvio que se deve contar a história das famílias europeias responsáveis pela fundação da cidade em questão, desde que isso seja contextualizado. Mas veja só, como seu discurso é parcial: quando se fala que um proprietário de terra era um "grande escravocrata", qual a impressão que você tem? Parece que falar que alguém era um "grande escravocrata" é como falar que ele era um "grande presidente" ou um "grande jogador de futebol". Entende meu ponto? Esse tipo de discurso deve ser evitado. Por isso, por mais que devesse ser citado que eles eram católicos, o discurso torna-se parcial na medida que você diz que a educação que eles receberam foi "primorosa" (você chamaria uma educação indígena de "primorosa"?). Sua contribuição é muito bem-vinda, mas vamos evitar a perpetuação dos valores colonialistas, que por mais que façam parte da História do Brasil (e de outras partes do mundo), é o fruto de desigualdade social e desprezo com a terra e meio ambiente. Uma questão que faço é: se eles já eram grandes proprietários de terra, por quais meios eles conseguiram mais terra? Qual foi o processo histórico envolvido nisso? Os interesses por trás, e o resultado disso na fundação da cidade. E por aí vai...Miguelrangeljr (discussão) 17h45min de 21 de janeiro de 2014 (UTC)Miguelrangeljr[responder]
Miguel, entendo perfeitamente o que quer dizer. Só que na época essa era a educação que eles tinham, a elite rural, que era a católica. Quando fui dar uma palestra em Lisboa, foi um dos pontos que citei. Mas enfim, pelo que soubemos, as suas primeiras terras foram por meios de concessão do Imperador. Posteriormente, foram comprando mais terras. Nos cartórios de São Joaquim da Barra, Nuporanga, existem documentos dessas terras que foram deles, no caso, a Família Garcia Borges ou somente Borges. Eles tinham fazendas no sul de Minas Gerais, posteriormente compraram terras no oeste paulista. Além de fazendeiros, eles eram banqueiros, capitalistas como eram chamados, gente de grande prestígio. Conto como processo histórico que eles fizeram doações de parte de suas terras para a formação de hoje, da cidade de São Joaquim da Barra. E na época, ficou notório a doação que fizeram em dinheiro para a Guerra do Brasil contra o Paraguai. Foram um dos doadores em grande quantia para a fundação da primeira capela da cidade. Ou seja, foram importantes para a formação da cidade que nos últimos tempos, tiveram descendentes seus na administração da cidade. E como você mesmo disse, e por aí vai...