Discussão:Willy Corrêa de Oliveira

O conteúdo da página não é suportado noutras línguas.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Willy Corrêa de Oliveira (Recife - PE, 1938) é compositor brasileiro.

Após um primeiro período de intensa produção como compositor de tendência nacionalista, freqüentou os principais laboratórios de música eletroacústica da Europa e os cursos de Darmstadt, no início da década de 1960. Nesse período, participou do Grupo Música Nova de São Paulo, que publicou um manifesto em 1964 e instaurou um Festival de Música Nova, que ocorre periodicamente até os nossos dias. Aproximadamente de 1967 a 1972, no período da ditadira militar, contradizendo seus princípios conhecidamente comunistas, trabalhou em publicidade na cidade de São Paulo. As agências foram a J.W. Thompson e a Mauro Salles Interamericana de Publicidade. Usou seus conhecimentos de música e cinema para dirigir o departamento de rádio e tv na Salles. Isso permitiu que desse entrada em sua casa própria no bairro do aeroporto, outra grave contradição com sua dita filosofia comunista, radicalmente contrária e oposta ao capital e à propriedade. Período de extrema perturbação psicológica com surtos de paranóia persecutória que vitimou muitos de seus amigos inclusive o célebre maestro e compositor Rogério Duprat. Sendo pessoa de extrema habilidade verbal e proprietário de imenso conhecimento (porém sem cultura) Willy Corrêa era dado a perseguir pessoas de forma implacável caso estas não adotassem os seus princípios filosóficos, os quais ele mesmo tinha imensa dificuldade em adotar. Tantas eram as suas contradições que, não poucos de seus amigos, pensavam que ele era, na verdade, um agente da ditadura militar. A partir de 1973, já proprietário de sua casa, a publicidade cumprira então seu objetivo, lhe dar a casa própria, comprovando assim o comunista tupiniquim que era, partiu então para ser professor de composição na Universidade de São Paulo, desde a fundação do Departamento de Música até sua recente aposentadoria. Este período foi marcado por várias crises pessoais em que Willy Corrêa viu seus radicais valores morais balançarem e ruirem. Dentre todas as crises, a mais devastadora foi uma conturbada paixão por uma aluna. Sendo casado e extremamente moralista isso era absolutamente inaceitável para ele. O que Willy Corrêa tem de pretensamente revolucionário e liberal em sua obra, tem de factualmente reacionário e repressor em sua vida pessoal. Após um período de afastamento crítico da vanguarda e do meio musical erudito, retomou intensa atividade criativa que se mantém pelos últimos 15 anos.

Em breve terá o registro de sua obra recente conforme projeto cultural da Petrobras (nada mal para um comunista), que irá publicar, em edição bilíngüe, 2 álbuns de partituras: I – Caderno de Peças para Piano (144 p.), II – Caderno de Canções, para voz e piano (132 p.); um CD duplo com livro-encarte (52 p.), gravado com os pianistas Caio Pagano, Lilian Tonela, Fernando Tominura, Isabel Kanji, Bruno Monteiro e Maurício de Bonis, e a soprano Caroline de Comi.