Esfigmomanômetro

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Esfigmomanômetro mecânico e um estetoscópio

O esfigmomanômetro (português brasileiro) ou esfigmomanómetro (português europeu) ou aparelho de pressão é um dispositivo utilizado por diversos profissionais da área da saúde, como terapeutas ocupacionais, enfermeiros, médicos, fisioterapeutas, farmacêuticos, nutricionistas e profissionais de educação física. Consiste num sistema para compressão da artéria braquial. É composto por uma bolsa inflável de borracha de formato laminar, a qual é envolvida por uma capa de tecido inelástico (braçadeira, cuff com manguito = bladder) e conectada por um tubo de borracha a um manômetro e por outro tubo, que contém uma válvula controlada pelo operador, conectado a uma pêra, que tem a finalidade de insuflar a bolsa pneumática. Usado para medida indireta da pressão arterial.

Com o auxílio de um estetoscópio para a ausculta dos sons de Korotkov é possível a verificação tanto da pressão sistólica quanto da pressão diastólica.

O dispositivo foi inventado por Samuel Siegfried Karl Ritter von Basch, em 1881. Scipioni Riva-Rocci introduziu uma versão mais facilmente utilizado em 1896. Em 1901, Hervey Cushing modernizou o dispositivo e popularizou dentro da comunidade médica.

Galeria

Técnica da medida indireta da pressão arterial usando o esfigmomanómetro

O tamanho do manguito ('borracha') deve circundar pelo menos 80% da circunferência do braço (quando é menor - ex.: obeso - a PA será superestimada). O manguito deve ser inflado até 20 mmHg acima da PA sistólica, estimada pelo desaparecimento do pulso radial, e então, desinsuflado na velocidade de mais ou menos 3 mmHg/seg, para auscultarmos os sons de Korotkoff, através do uso da campânula do estetoscópio. Tanto no adulto quanto na criança, a PA sistólica é a fase I (aparecimento do som), enquanto que a PA diastólica é a fase V (desaparecimento do som). A fase II é o início do gap auscultatório; a fase III, o reaparecimento do som, e a fase IV é o abafamento do som. Nos pacientes com insuficiência aórtica, é a fase IV que determina a PA diastólica, já que a fase V pode ser o zero. O esfigmomanómetro utilizado pode ser o de coluna de mercúrio (mais fidedigno), aneróide ou o electrónico. Os dois últimos devem ser calibrados de 3 em 3 meses com um manómetro de coluna de mercúrio adequado.