Forte de Santo António (Velas): diferenças entre revisões

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Foi erguido no contexto da [[Dinastia Filipina]], como reduto integrante da fortificação do cais principal das Velas.<ref>PEREIRA, 1987:131.</ref> A sua traça dever-se-á ao capitão [[Marcos Fernandes de Teive]] oficial que, por ordem régia, visitou todas as ilhas do arquipélago na Primavera e Verão de [[1618]] para projetar e ativar todas as fortificações necessárias, assim como para reorganizar as milícias.<ref>Op. cit., p. 129.</ref>
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No contexto da [[Guerra da Sucessão Espanhola]] (1702-1714) terá sido insuficiente defesa quando do assalto do corsário [[França|francês]] [[René Duguay-Trouin]] em [[20 de setembro]] de [[1708]]. Na ocasião, uma força de 200 homens desembarcou e invadiu a vila das Velas onde, diante da deserção dos moradores, reabasteceu-se dos víveres de que necessitava.<ref>Arquivo Nacional da Torre do Tombo. "Manuscritos da Livraria", nº 2641, fls. 11-12, relação das "ilhas debaixo", elaborada pelo emissário-régio [[António do Couto de Castelo Branco]], Horta, 1710. in in [[Avelino de Freitas de Meneses|MENESES, Avelino de Freitas de. ''Estudos de História dos Açores (vol. II)''. Ponta Delgada (Açores): Jornal de Cultura, 1995. p. 38.</ref>
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Encontra-se referido como "''O Reduto de Santo António sobre o Porto.''" na relação "Fortificações nos Açores existentes em 1710".<ref>[http://www.archive.org/stream/archivodosaore04pont/archivodosaore04pont_djvu.txt "Fortificações nos Açores existentes em 1710"] in ''[[Arquivo dos Açores]]'', p. 180. Consultado em 8 dez 2011.</ref>
Encontra-se referido como "''O Reduto de Santo António sobre o Porto.''" na relação "Fortificações nos Açores existentes em 1710".<ref>[http://www.archive.org/stream/archivodosaore04pont/archivodosaore04pont_djvu.txt "Fortificações nos Açores existentes em 1710"] in ''[[Arquivo dos Açores]]'', p. 180. Consultado em 8 dez 2011.</ref>
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* [[António do Couto de Castelo Branco|CASTELO BRANCO, António do Couto de]]; FERRÃO, António de Novais. "Memorias militares, pertencentes ao serviço da guerra assim terrestre como maritima, em que se contém as obrigações dos officiaes de infantaria, cavallaria, artilharia e engenheiros; insignias que lhe tocam trazer; a fórma de compôr e conservar o campo; o modo de expugnar e defender as praças, etc.". Amesterdão, 1719. 358 p. (tomo I p. 300-306) in ''[[Arquivo dos Açores]]'', vol. IV (ed. fac-similada de 1882). Ponta Delgada (Açores): Universidade dos Açores, 1981. p. 178-181.
* [[António do Couto de Castelo Branco|CASTELO BRANCO, António do Couto de]]; FERRÃO, António de Novais. "Memorias militares, pertencentes ao serviço da guerra assim terrestre como maritima, em que se contém as obrigações dos officiaes de infantaria, cavallaria, artilharia e engenheiros; insignias que lhe tocam trazer; a fórma de compôr e conservar o campo; o modo de expugnar e defender as praças, etc.". Amesterdão, 1719. 358 p. (tomo I p. 300-306) in ''[[Arquivo dos Açores]]'', vol. IV (ed. fac-similada de 1882). Ponta Delgada (Açores): Universidade dos Açores, 1981. p. 178-181.
* PEREIRA, António dos Santos. ''A Ilha de São Jorge (séculos XV-XVIII): contribuição para o seu estudo''. Ponta Delgada (Açores): Universidade dos Açores, 1987. 628p. mapas, tabelas, gráficos.
* PEREIRA, António dos Santos. ''A Ilha de São Jorge (séculos XV-XVIII): contribuição para o seu estudo''. Ponta Delgada (Açores): Universidade dos Açores, 1987. 628p. mapas, tabelas, gráficos.


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* [[Anexo:Lista de fortalezas de Portugal#Região Autónoma dos Açores|Lista de fortificações nos Açores]]
* [[Anexo:Lista de fortalezas de Portugal#Região Autónoma dos Açores|Lista de fortificações nos Açores]]


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* {{Link||2=http://www.ihit.pt/new/fortes/saojorge.php |3=Fortificação/Ilha de São Jorge |4=in Instituto Histórico da Ilha Terceira}}
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Revisão das 09h52min de 16 de setembro de 2012

 Nota: Se procura o forte na Calheta, veja Forte de Santo António (Calheta).

O Forte de Santo António localizava-se na freguesia das Velas, concelho de mesmo nome, na costa sul da ilha de São Jorge, nos Açores.

Em posição dominante sobre a baía das Velas, constituiu-se em uma fortificação destinada à defesa deste ancoradouro contra os ataques de piratas e corsários, outrora frequentes nesta região do oceano Atlântico.

História

Foi erguido no contexto da Dinastia Filipina, como reduto integrante da fortificação do cais principal das Velas.[1] A sua traça dever-se-á ao capitão Marcos Fernandes de Teive oficial que, por ordem régia, visitou todas as ilhas do arquipélago na Primavera e Verão de 1618 para projetar e ativar todas as fortificações necessárias, assim como para reorganizar as milícias.[2]

No contexto da Guerra da Sucessão Espanhola (1702-1714) terá sido insuficiente defesa quando do assalto do corsário francês René Duguay-Trouin em 20 de setembro de 1708. Na ocasião, uma força de 200 homens desembarcou e invadiu a vila das Velas onde, diante da deserção dos moradores, reabasteceu-se dos víveres de que necessitava.[3]

Encontra-se referido como "O Reduto de Santo António sobre o Porto." na relação "Fortificações nos Açores existentes em 1710".[4]

A estrutura não chegou até aos nossos dias.

Referências

  1. PEREIRA, 1987:131.
  2. Op. cit., p. 129.
  3. Arquivo Nacional da Torre do Tombo. "Manuscritos da Livraria", nº 2641, fls. 11-12, relação das "ilhas debaixo", elaborada pelo emissário-régio António do Couto de Castelo Branco, Horta, 1710. in MENESES, Avelino de Freitas de. Estudos de História dos Açores (vol. II). Ponta Delgada (Açores): Jornal de Cultura, 1995. p. 38.
  4. "Fortificações nos Açores existentes em 1710" in Arquivo dos Açores, p. 180. Consultado em 8 dez 2011.

Bibliografia

  • CASTELO BRANCO, António do Couto de; FERRÃO, António de Novais. "Memorias militares, pertencentes ao serviço da guerra assim terrestre como maritima, em que se contém as obrigações dos officiaes de infantaria, cavallaria, artilharia e engenheiros; insignias que lhe tocam trazer; a fórma de compôr e conservar o campo; o modo de expugnar e defender as praças, etc.". Amesterdão, 1719. 358 p. (tomo I p. 300-306) in Arquivo dos Açores, vol. IV (ed. fac-similada de 1882). Ponta Delgada (Açores): Universidade dos Açores, 1981. p. 178-181.
  • PEREIRA, António dos Santos. A Ilha de São Jorge (séculos XV-XVIII): contribuição para o seu estudo. Ponta Delgada (Açores): Universidade dos Açores, 1987. 628p. mapas, tabelas, gráficos.

Ver também

Ligações externas