João de Souto Maior: diferenças entre revisões

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E pretendendo matar, morre o constante. <br>
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==Homenagem==
João de Souto Maior é também o nome de uma rua, localizada na zona norte da cidade de São Paulo, na Vila Medeiros; com o intuito de homenagear este que participou da revolução.


==Referências==
==Referências==

Revisão das 16h03min de 15 de julho de 2013

João Francisco de Souto Maior, natural de Tejucupapo, vila de Goiana, Pernambuco, Brasil. Participou da Revolução Pernambucana de 1817 junto com três irmãos: o padre Antonio de Souto Maior, José Roberto da Cunha Souto Maior e Manoel Antonio da Cunha Souto Maior. Os quatro irmãos acabaram presos pelas forças oficiais e enviados à Bahia a bordo do navio Carrasco. Na prisão baiana morreram o padre Antonio e José, ficando João e Manoel detidos até 1821, quando houve anistia geral a todos os revolucionários presos.

Com a anistia, os irmãos retornaram a Tejucupapo, para se ocupar das plantações no sítio deixado pelos pais. Através de perseguições políticas comandadas pelo vigário local, Manoel é assassinado e João vinga o irmão, matando o padre mandante do crime e seus capangas.

Em seguida, João de Souto Maior resolve atentar contra a vida do então governador de Pernambuco, Luiz do Rego, que encontrava um clima de descontentamento entre os pernambucanos, que se sentiam oprimidos e vítimas de tirania. Na noite de 21 de julho de 1821, João de Souto Maior dispara um tiro de bacamarte no governador, quando este passava com seu cortejo próximo à ponte da Boa Vista. Tendo ferido o governador e sendo perseguido por sua comitiva de soldados, João de Souto Maior pula da ponte para o rio Capibaribe. Ao voltar à tona, João de Souto Maior recebe uma pancada de remo dada por um canoeiro alardeado pelos gritos. Três dias depois, seu cadáver foi recolhido, já roído de peixes. Como não havia identificação, o cadáver de João de Souto Maior foi exposto amarrado em uma cadeira no oitão da Matriz do Santíssimo Sacramento de Santo Antônio, na rua Nova, sob vigilância, para que fosse reconhecido pelos passantes. Apesar da oferta de recompensas, não houve reconhecimento enquanto Luiz do Rego continuou a governar o estado.

A família do patriota ainda foi perseguida, tendo seu sítio queimado e crianças decapitadas pelas forças governamentais. Neste mesmo ano, Luiz do Rego foi deposto pela Restauração Pernambucana, mais um movimento revolucionário originado em Goiana. João de Souto Maior ficou conhecido como o "Leão de Tejucupapo", e foi celebrado no seguinte soneto popular:

Cansado de sofrer da tirania
Impropérios, baldões, Souto infeliz
De um bêbado e devasso um dia quis
Pôr termo a tanto arrojo e ousadia

Coragem não lhe falta, e a valentia
Em sua vida um ato a não desdiz
Errante busca em vão têrmo feliz
Da vingança exercer como queria

Resoluto em ferí-lo, ele não cede
Do desejo firmado, um só instante,
As suas consequências, não, não mede

Chega a hora fatal ei-lo ofegante,
Com firme mão a bala lhe despede,
E pretendendo matar, morre o constante.


Homenagem

João de Souto Maior é também o nome de uma rua, localizada na zona norte da cidade de São Paulo, na Vila Medeiros; com o intuito de homenagear este que participou da revolução.

Referências

PINTO, Octavio. Velhas Histórias de Goiana. Rio de Janeiro: casa Editora Vecchi, 1968.