Elastômero: diferenças entre revisões

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== Apresentação ==
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A maioria dos elastômeros é polímeros [[orgânicos]]. São excelentes combustíveis. Os elastômeros a base de [[silicone]] se distinguem por sua natureza mineral.
A maioria dos elastômeros é polímero [[orgânicos|orgânico]]. São excelentes combustíveis. Os elastômeros a base de [[silicone]] se distinguem por sua natureza mineral.
Um elastômero é um [[Sólido amorfo|material amorfo]] que possui uma [[temperatura de transição vítrea]] (Tg) baixa (normalmente inferior à {{tmp|-40|°C}})<ref>O [[polietileno]], apesar de apresentar um Tg bem baixa, é um polímero termoplástico (e não um elastômero), devido a sua [[estrutura cristalina]]. A rigidez aumenta com a taxa de cristalinidade.</ref>.
Um elastômero é um [[Sólido amorfo|material amorfo]] que possui uma [[temperatura de transição vítrea]] (Tg) baixa (normalmente inferior à {{tmp|-40|°C}})<ref>O [[polietileno]], apesar de apresentar um Tg bem baixa, é um polímero termoplástico (e não um elastômero), devido a sua [[estrutura cristalina]]. A rigidez aumenta com a taxa de cristalinidade.</ref>.

Revisão das 13h33min de 5 de fevereiro de 2015

Um elastômero é um polímero que apresenta propriedades "elásticas", obtidas depois da reticulação. Ele suporta grandes deformações antes da ruptura. O termo borracha é um sinônimo usual de elastômero.
Os materiais elastoméricos tal como os pneumáticos são normalmente a base de borracha natural (sigla NR) e de borracha sintética.
Por muito tempo a unica borracha conhecida era a natural.
Em 1860, o químico inglês Charles Hanson Greville Williams demonstra que este material é um polisoprenóide.
A primeira patente sobre a fabricação de um elastômero sintético foi depositada em 12 de setembro de 1909 pelo químico alemão Fritz Hofmann.
Estritamente, os elastômeros não fazem parte dos materiais plásticos.

Apresentação

A maioria dos elastômeros é polímero orgânico. São excelentes combustíveis. Os elastômeros a base de silicone se distinguem por sua natureza mineral.

Um elastômero é um material amorfo que possui uma temperatura de transição vítrea (Tg) baixa (normalmente inferior à −40 °C)[1].

Para compreender as suas notáveis propriedades elásticas, é importante notar que os elastômeros são obtidos a partir de polímeros lineares que, à temperatura ambiente (bem acima de sua Tg), são líquidos (muito viscosos)[2]; as forças coesivas entre as cadeias poliméricas são muito baixas, de mesma ordem de grandeza das existentes nos líquidos moleculares voláteis e nos gáses [3].

Cadeias macromoleculares são normalmente enoveladas, este estado é o resultado da liberdade de rotação dos "elos" da cadeia entre si e dos movementos de “agitação térmica desordenada” ( movimento Browniano [4]) que os afetam de forma permanente; uma cadeia pode ter diferentes “conformações" que sucedem de uma forma aleatória; o estado enrolado de uma corrente só pode ser descrito de uma forma estatística [5].

Para limitar o deslizamento entre as cadeias do polímero líquido, uma leve reticulação cria os "nós de ancoragem" conferindo ao material uma estrutura tridimensional. Da mesma forma que anteriormente, os "segmentos da cadeia" entre dois nós se encontram "dobrados". Se uma força de tração é exercida sobre a estrutura, os seguimento se estendem e a distância entre os dois nós cresce considerávelmente ; o material é bastante "deformável".

Ver também

Referências

  1. O polietileno, apesar de apresentar um Tg bem baixa, é um polímero termoplástico (e não um elastômero), devido a sua estrutura cristalina. A rigidez aumenta com a taxa de cristalinidade.
  2. À baixas temperaturas (abaixo da Tg), o polímero é um sólido em um estado vitreo (um vidro). Acima da Tg, ele se encontra em um estado chamado de borrachoso, e por conseguinte passa progressivamente ao estado liquido viscoso a medida que a temperatura aumenta. Ver Christian Oudet - Polymères - Structures et propriétés - Introduction - Masson (1993) p. 25, pp. 66 et suivantes (ISBN 2-225-84271-X)
  3. Traité des matériaux - Volume 1 - Troisième édition - Introduction à la science des matériaux - PPUR (1999) pp. 114 et 148 (ISBN 2-88074-402-4)
  4. sobre o movimento browniano em elastômeros, ver, por exemplo (pdf) http://mms2.ensmp.fr/mat_paris/deformation/polycop/Ch_13_Deformation [. pdf mecanismos físicos de deformação]
  5. Christian Oudet - Polymères - Structures et propriétés - Introduction - Masson (1993) pp. 45 à 52 (ISBN 2-225-84271-X) ; Ashby et Jones - Matériaux - Tome 2 - Microstructure et mise en œuvre - Dunod (1995) p. 209 (ISBN 2-04-018979-3).