Selva de Pedra (condomínio): diferenças entre revisões
→História: Exclusão de uma passagem historicamente equivocada, que dizia que a construção da Cruzada São Sebastião havia sido iniciada quando da remoção da favela da Praia do Pinto, em 1969. Na verdade, a Cruzada ficou pronta em 1955. Etiquetas: Remoção considerável de conteúdo Editor Visual |
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A população da [[favela]] foi em grande parte transferida para conjuntos habitacionais na [[Zona Oeste do Rio de Janeiro|Zona Oeste]]. A transferência fazia parte do plano governamental de retirada das populações de baixa renda da [[Zona Sul do Rio de Janeiro|Zona Sul]] para áreas distantes e em habitações regularizadas. |
A população da [[favela]] foi em grande parte transferida para conjuntos habitacionais na [[Zona Oeste do Rio de Janeiro|Zona Oeste]]. A transferência fazia parte do plano governamental de retirada das populações de baixa renda da [[Zona Sul do Rio de Janeiro|Zona Sul]] para áreas distantes e em habitações regularizadas. |
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Ao mesmo tempo, através da iniciativa do arcebispo católico do Rio de Janeiro à época, Dom [[Hélder Câmara]], deu-se início à construção da [[Cruzada São Sebastião]], no [[Jardim de Alá]], que recebeu parte dos moradores da favela incendiada.<ref>GOMES, João Victor Pacheco, e MENDONÇA, André Alexandre Inojosa. [http://egal2009.easyplanners.info/area05/5565_Inojosa_Andre_Alexandre.pdf Apropriação do espaço público pelo espaço privado: um estudo a respeito do caso da Selva de Pedra]</ref> |
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Destinada inicialmente a setores mais baixos da classe média carioca (professores, taxistas, funcionários), a Selva de Pedra foi aos poucos mudando de perfil. Os imóveis se valorizaram e passaram a ser ocupados por segmentos de renda mais alta.<ref>RIBEIRO, Luiz Cesar de Queiroz; CRUZ, Gisele dos Reis; e MABERLA, Juliana Eleuze Carreira. [http://www.observatoriodasmetropoles.ufrj.br/download/texto_lcqr_cruzada.pdf Proximidade Territorial e Distância Social: reflexões sobre o efeito do lugar a partir de um enclave urbano. A Cruzada São Sebastião no Rio de Janeiro]. Observatório das Metrópoles</ref> |
Destinada inicialmente a setores mais baixos da classe média carioca (professores, taxistas, funcionários), a Selva de Pedra foi aos poucos mudando de perfil. Os imóveis se valorizaram e passaram a ser ocupados por segmentos de renda mais alta.<ref>RIBEIRO, Luiz Cesar de Queiroz; CRUZ, Gisele dos Reis; e MABERLA, Juliana Eleuze Carreira. [http://www.observatoriodasmetropoles.ufrj.br/download/texto_lcqr_cruzada.pdf Proximidade Territorial e Distância Social: reflexões sobre o efeito do lugar a partir de um enclave urbano. A Cruzada São Sebastião no Rio de Janeiro]. Observatório das Metrópoles</ref> |
Revisão das 00h46min de 5 de maio de 2015
Selva de Pedra é o nome informal dado a um condomínio de edifícios de classe média e média-alta localizado no Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
Denominação
O nome foi dado pelos primeiros moradores. Foi uma referência à telenovela Selva de Pedra, de Janete Clair, exibida pela da Rede Globo de Televisão na época da construção do condomínio.[1] O título da novela, por sua vez, referia-se ao Estado da Guanabara, altamente urbanizado, em contraposição ao interior fluminense, local de origem da personagem principal.
História
O plano de construção do Selva de Pedra começou após o incêndio, na madrugada do dia 11 de maio de 1969, da favela da Praia do Pinto. Durante cinco dias, o fogo consumiu boa parte dos barracos. Na época, moradores acusaram os bombeiros de não atender aos pedidos de socorro e levantaram suspeitas de que o incêndio tivesse sido proposital.[2][3]
A população da favela foi em grande parte transferida para conjuntos habitacionais na Zona Oeste. A transferência fazia parte do plano governamental de retirada das populações de baixa renda da Zona Sul para áreas distantes e em habitações regularizadas.
Destinada inicialmente a setores mais baixos da classe média carioca (professores, taxistas, funcionários), a Selva de Pedra foi aos poucos mudando de perfil. Os imóveis se valorizaram e passaram a ser ocupados por segmentos de renda mais alta.[4]
Estrutura
A Selva de Pedra é composta por 40 edifícios de diferentes tamanhos e estruturas, somando um total de 2.251 apartamentos. É cortado por quatro ruas internas e sem saída: Rua Ministro Correia de Melo, Rua Padre Achótegui, Rua Ramos Monteiro e Rua Saboia Ribeiro. As quatro ruas internas desembocam na praça central, a Praça Milton Campos, densamente arborizada. É circundado por outras quatro vias de trânsito local: Avenida Afrânio de Mello Franco, Rua Fadel Fadel, Rua Humberto de Campos e Rua Gilberto Cardoso.
Referências
- ↑ MEDEIROS, Ana Paula Garcia. O papel das Associações de Moradores na dinâmica de usos em duas quadras residenciais no Rio de Janeiro
- ↑ Fantasma exorcizado. Favela tem Memória, 23 de março de 2003
- ↑ LIMA, Rogério Barbosa. Cai o Pano. Crônicas do Antigo Leblon
- ↑ RIBEIRO, Luiz Cesar de Queiroz; CRUZ, Gisele dos Reis; e MABERLA, Juliana Eleuze Carreira. Proximidade Territorial e Distância Social: reflexões sobre o efeito do lugar a partir de um enclave urbano. A Cruzada São Sebastião no Rio de Janeiro. Observatório das Metrópoles