Coque (Recife): diferenças entre revisões

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==Projetos de inclusão social==
==Projetos de inclusão social==

=== '''Natal Crianças Do Coque''' ===
O Projeto Natal Crianças do Coque realizado na quadra da Escola Municipal José da Costa Porto, teve sua primeira manifestação em 2012 quando um grupo de amigos decidiu realizar uma festa para as crianças consideradas mais carentes na comunidade. Naquela ocasião foram contempladas mais de 150 crianças onde foram doados brinquedos, lanches e uma legião de voluntários se comprometeu a oferecer atividades lúdicas para crianças com idades entre 1 a 12 anos.

Em 2013 essa iniciativa tomou rumos que a modificaram estruturalmente. Foi uma mudança considerada desafiadora pelos seus organizadores, tanto do ponto de vista quantitativo como qualitativo. A pretensão era elevar esse evento para um status de manifestação cultural, ultrapassando aquela ideia de que festas natalinas se restrigem a entrega de presentes. Daí surge a necessidade de consolidar o evento em um projeto em que priorize a exposição de trabalhos culturais construídos pela comunidade do Coque e demais comunidades que se identificam a essência do projeto. Diante disso, o Projeto Natal Crianças do Coque é considerado o marco inicial dessa nova percepção que busca associar o tradicional das festas natalinas (papai-noel e presentes) com as manifestações culturais.

No ano de 2013 houve a inclusão de 121 famílias e 300 crianças. O projeto tem uma equipe de voluntários e quatro organizadores( Mc Wjay, Waleska Parangaba, Cintia Mendes e Luciana Maria), além do apoio de pequenas empresas da comunidade e demais empresas parceiras. No ano de 2014 foram cadastradas mais de 167 famílias e 524 crianças e adolescentes.

O objetivo do projeto é consolidar este evento em uma manifestação cultural (apresentações de dança, música, atividades educativas) além das expressões tradicionais de festas natalinas (doações de presentes e presença do papai-noel).

=== Coque Vive ===
=== Coque Vive ===
O bairro do Coque, além de ser estigmatizado como um dos bairros mais violentos do Recife, apresenta vários problemas de saúde, educação, desemprego, moradia e saneamento. Para melhor compreender essa realidade, o Coque Vive traz ações de pesquisa, debates, oficinas, circuitos culturais e produção de conteúdo, a fim de tornar realidade o sonho de cidade justa para os moradores da região.
O bairro do Coque, além de ser estigmatizado como um dos bairros mais violentos do Recife, apresenta vários problemas de saúde, educação, desemprego, moradia e saneamento. Para melhor compreender essa realidade, o Coque Vive traz ações de pesquisa, debates, oficinas, circuitos culturais e produção de conteúdo, a fim de tornar realidade o sonho de cidade justa para os moradores da região.

Revisão das 20h09min de 7 de maio de 2015

O Coque é uma comunidade de baixa renda da cidade do Recife, a cerca de 2,5 quilômetros do centro, situada entre os bairros de São José e Afogados. O bairro configura uma favela localizada na Ilha Joana Bezerra. O censo de 2000 elaborado pelo IBGE indicou uma população de cerca de 13 mil habitantes. No entanto, levantamentos realizados pela Empresa de Urbanização do Recife, no mesmo ano, apontaram uma população de aproximadamente 40 mil pessoas, distribuídas em 134 hectares.[1] Walter, atacante do Goiás foi criado no bairro com muita pobreza.

História

Conforme a tese do pesquisador Alexandre Simão de Freitas, da Universidade Federal de Pernambuco, a criação do local já remonta a um agrupamento de indivíduos armados, contratados pelos donos de engenho para “fiscalizar” o transporte do comércio de produtos no Porto do Recife. Essas pessoas começaram a se reunir perto do Porto, na região dos Coqueiros – daí, Coque. Os moradores dos Coqueiros foram chamados de “cocudos” e ficaram conhecidos por ser gente brava e que andava armada. O Coque, desde então, é conhecido como foco de conflito e atos violentos.

Essa aura de violência permaneceu e, conforme Freitas, criou uma “barreira invisível” ao redor da comunidade. O fato é que o preconceito tomou proporções enormes, tanto que os próprios moradores receiam revelar, por exemplo, em currículos, que residem no Coque, preferindo informar que moram em Joana Bezerra ou em Afogados. Dizer que é habitante do Coque levaria a discriminação.

Projetos de inclusão social

Natal Crianças Do Coque

O Projeto Natal Crianças do Coque realizado na quadra da Escola Municipal José da Costa Porto, teve sua primeira manifestação em 2012 quando um grupo de amigos decidiu realizar uma festa para as crianças consideradas mais carentes na comunidade. Naquela ocasião foram contempladas mais de 150 crianças onde foram doados brinquedos, lanches e uma legião de voluntários se comprometeu a oferecer atividades lúdicas para crianças com idades entre 1 a 12 anos.

Em 2013 essa iniciativa tomou rumos que a modificaram estruturalmente. Foi uma mudança considerada desafiadora pelos seus organizadores, tanto do ponto de vista quantitativo como qualitativo. A pretensão era elevar esse evento para um status de manifestação cultural, ultrapassando aquela ideia de que festas natalinas se restrigem a entrega de presentes. Daí surge a necessidade de consolidar o evento em um projeto em que priorize a exposição de trabalhos culturais construídos pela comunidade do Coque e demais comunidades que se identificam a essência do projeto. Diante disso, o Projeto Natal Crianças do Coque é considerado o marco inicial dessa nova percepção que busca associar o tradicional das festas natalinas (papai-noel e presentes) com as manifestações culturais.

No ano de 2013 houve a inclusão de 121 famílias e 300 crianças. O projeto tem uma equipe de voluntários e quatro organizadores( Mc Wjay, Waleska Parangaba, Cintia Mendes e Luciana Maria), além do apoio de pequenas empresas da comunidade e demais empresas parceiras. No ano de 2014 foram cadastradas mais de 167 famílias e 524 crianças e adolescentes.

O objetivo do projeto é consolidar este evento em uma manifestação cultural (apresentações de dança, música, atividades educativas) além das expressões tradicionais de festas natalinas (doações de presentes e presença do papai-noel).

Coque Vive

O bairro do Coque, além de ser estigmatizado como um dos bairros mais violentos do Recife, apresenta vários problemas de saúde, educação, desemprego, moradia e saneamento. Para melhor compreender essa realidade, o Coque Vive traz ações de pesquisa, debates, oficinas, circuitos culturais e produção de conteúdo, a fim de tornar realidade o sonho de cidade justa para os moradores da região.

Coque Vive é uma rede de intervenção social formada por: Movimento Arrebentando Barreiras Invisíveis (MABI), um coletivo de jovens da comunidade; Núcleo Educacional Irmãos Menores de Francisco de Assis (NEIMFA), associação presente no bairro há mais de 20 anos; e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), através do programa de extensão Coque Vive.[2]

Orquestra Criança Cidadã (Os Meninos do Coque)

Idealizado pelo desembargador Nildo Nery da Fonseca e realizado pelo maestro Cussy de Almeida, o projeto retira crianças da potencial marginalidade e revela talentos musicais. Dentro do projeto, além das aulas de música, os alunos também recebem três refeições diárias, apoio psicológico para os familiares, reforço escolar, bem como aulas de asseio pessoal, hábitos de higiene e etiqueta, disciplina e comportamento em grupo.

Logo no primeiro ano, os alunos já conseguem executar obras importantes do repertório internacional, o que só seria esperado a partir do segundo ano. E no segundo ano já conseguem executar peças clássicas e populares previstas para o terceiro ou quarto ano. Ademais, os alunos obtiveram um ganho significativo de massa corpórea e altura, devido à boa alimentação. O projeto também alcançou a marca dos 100% de alfabetização entre os alunos maiores de 8 anos.[3]

Referências