Complexo Industrial e Portuário de Suape: diferenças entre revisões

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O '''Complexo Industrial e Portuário de Suape''' abrange os municípios de [[Ipojuca]] e [[Cabo de Santo Agostinho]]. A sua concepção de [[porto]]-[[indústria]] oferece condições ideais para a instalação de empreendimentos nos mais diversos segmentos.
O Estado de [[Pernambuco]] oferece oportunidades em diversos setores da economia e a maior parte delas está no [http://www.suape.pe.gov.br/home/index.php Complexo Industrial Portuário de Suape,] considerado a âncora e a locomotiva do desenvolvimento do Estado e que fica a apenas 40 quilômetros do [[Recife]]. Fundado há 36 anos, Suape é tido como um dos melhores ambientes de negócios do Brasil não por acaso: abriga um dos portos públicos mais eficientes do País, com registro de [http://www.suape.pe.gov.br/port/cargo-handling.php movimentação de cargas] recorde em 2014 de mais de 15,2 milhões de toneladas, uma alta de 18,30% em comparação com 2013, quando Suape movimentou 12,8 milhões de toneladas.


Além de [[distrito industrial]] e [[porto marítimo]] o complexo também abriga uma [[Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza|reserva ambiental]] cerca de 59% de seu território é considerado área preservada, como também a [[Refinaria Abreu e Lima]] e o estaleiro Atlântico Sul.<ref>http://www.grandesconstrucoes.com.br/br/index.php?option=com_conteudo&task=viewMateria&id=663</ref>
Suape é interligado a mais de 160 portos em todos os continentes e se apresenta como o porto público mais estratégico do Nordeste, tendo em vista que 90% do PIB (Produto Interno Bruto) da Região encontra-se em um raio de 800 quilômetros do porto. Dessa forma, mostra-se como um candidato natural a hub port, ou seja, porto concentrador e distribuidor de cargas não só para o Nordeste, mas também para o Norte do País.


{{referências}}
Ao todo, o Porto dispõe de 607,2 mil metros quadrados de área alfandegada, que conta com a oferta do Terminal de Contêineres [http://www.teconsuape.com/ Tecon Suape], que é o maior terminal alfandegado do Complexo, com 370 mil metros quadrados; da [http://www.localfrio.com.br/#1 Localfrio], 90 mil metros quadrados; da [http://www.wilsonsons.com.br/negocios/logisticaom.br/negocios/logistica Wilson Sons Logística], 79 mil metros quadrados; do [http://www.jsl.com.br/paginas/pt-BR/Porto-Seco-Pernambuco-e-REDEX.aspx Porto Seco JSL], com 58,2 mil metros quadrados; e do [http://www.rapidaocometa.com.br/site/ Fedex/Rapidão Cometa], com 10 mil metros quadrados.  Suape dispõe ainda de um pátio público de veículos com uma área de quatro hectares. Atualmente, o terminal recebe uma média mensal de 2 mil veículos importados da [[General Motors|GM]] e da [[Volkswagen]].

Além disso, o Complexo Industrial de Suape conta com um conglomerado de 150 empresas de capital nacional e internacional, cujos investimentos privados ultrapassam R$ 50 bilhões. Os empreendimentos atuam em dez polos de negócios, são eles: [[granéis líquidos]] e gases, logístico, naval e offshore, refino de petróleo, petroquímico, materiais de construção, bebidas e alimentos, energia eólica, automotivo, siderúrgico e metalmecânico.

Juntas, as empresas situadas no Complexo geram 25il empregos. Ao mesmo tempo em que ofertam emprego e renda no território estratégico de Suape, esses empreendimentos alavancam a economia do Estado, com a contratação de fornecedores, sejam de pequeno, médio ou grande porte, em todo o Estado.

PLANO DIRETOR – Em vigor desde 2011, o Plano Diretor 2030 de Suape, que ocupa uma área de 13,5 mil hectares nos municípios de [[Cabo de Santo Agostinho]] e [[Ipojuca]], divide o Complexo em zonas Industrial Portuária, Industrial, Central de Serviços, de Preservação Cultural e de Preservação Ecológica, esta última abrange 59% de todo o território. É um projeto ousado e inovador, porque alia o porto a um complexo industrial. Concepção que oferece condições ideais para a instalação de empreendimentos nos mais diversos segmentos, por diminuir os custos logísticos.

== '''Informações gerais''' ==
O [http://www.suape.pe.gov.br/home/index.php Complexo Industrial Portuário de Suape] surgiu como instituição pública em 1978, através da Lei Estadual nº 7.763, que criou a empresa SUAPE - Complexo Industrial Portuário, cuja finalidade era administrar a implantação do distrito industrial, o desenvolvimento das obras e a exploração das atividades portuárias.

ADMINISTRAÇÃO - É administrado pela estatal hoje chamada SUAPE – Complexo Industrial Portuário Governador Eraldo Gueiros, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, por autorização do Governo Federal, pelo convênio firmado em 9 de abril de 1992.

== '''História''' ==
Década de '''1960''' – Estudos começaram a ser realizados para analisar a viabilidade da implantação de um ‘super-porto” destinado à exportação e à instalação de indústrias no seu entorno. A ideia era criar um porto para que ele gerasse demanda e não apenas atendesse à demanda já existente na região.

Década de '''1970''' – A concepção de Suape originou-se no moderno conceito de integração porto-indústria, já existente no [http://www.marseille-port.fr/fr/Accueil/ Porto de Marseille-Fos], na França, e de [http://www.port-directory.com/ports/kashima/ Kashima], no [[Japão]]. A escolha da região de Suape para localização do porto se deu pelas seguintes condições: águas profundas junto à linha da costa, com aproximadamente 17 metros de profundidade e a 1,2 quilômetros do cordão de [[arrecifes]]; quebra-mar natural formado pelos arrecifes; extensa área para implantação de um parque industrial; distância da movimentação metropolitana da cidade do Recife.

A partir de '''1973''', começou a ser elaborado o plano diretor para a implantação do complexo industrial e portuário, integrando extensa área para indústrias e serviços de apoio ao porto marítimo;

Em '''1974''' foi lançada a Pedra Fundamental do Porto de Suape, no governo de [[Eraldo Gueiros Leite]];

Em '''1976''', foi criado um grupo interministerial com a finalidade de examinar a viabilidade técnica, econômica e financeira do projeto. Com a conclusão desses estudos, em '''1977''', tiveram início os primeiros serviços e a desapropriação de cerca de 13,5 mil hectares de terras. Após essa fase, foram iniciadas as obras de infraestrutura portuária, sistema viário interno, abastecimento de água, energia elétrica e telecomunicações;

Em '''7 de novembro de 1978''', através da Lei Estadual nº. 7.763, criou-se a empresa SUAPE – Complexo Industrial Portuário, com a finalidade de administrar a implantação do distrito industrial, o desenvolvimento das obras e a exploração das atividades portuárias;

Em '''1983''', o Porto de Suape começou a operar, efetivamente, com a movimentação de álcool pela Petrobras, que utilizou o recém-inaugurado Píer de Granéis Líquidos, o PGL – 1. Para realizar o armazenamento do combustível, a Petrobras instalou na área portuária 4 tanques de 5 mil m³ cada um;

No ano de '''1984''' foi construído o molhe, em pedras, para proteção de entrada do porto interno, aberta no cordão de arrecifes;

Em '''1986''', após um incêndio de um navio de combustível no Porto do Recife, terminal que atendia ao Estado desde '''1918''', o então governador de Pernambuco, [[Roberto Magalhães]], ordenou que as empresas de combustíveis que estavam instaladas naquele local viessem para Suape. O que era apenas um projeto, com o incidente, foi acelerado. Das mais conhecidas, a [[BR Distribuidora]], a [[Shell]], a [[Texaco]] e a [[Esso]] começaram a formar em Suape o “Polo de Derivados de Petróleo”;

Ainda no ano de '''1986''', devido à necessidade de desembarque de outros tipos de cargas, além de combustíveis, iniciou-se a construção do Cais de Múltiplos Usos, o CMU. Através deste berço poderiam ser movimentados contêineres e granéis sólidos;

Em '''1991''', o Cais de Múltiplos Usos começa a operar e o Porto de Suape foi incluído na lista dos 11 portos prioritários do Brasil, para os quais se deveriam direcionar os recursos públicos federais de investimentos em infraestrutura portuária. A partir de então, Suape deixou de ser apenas um porto industrial para se tornar um porto concentrador de carga de uso público. Os [[contêineres]] começaram a chegar em Suape e realizar suas movimentação nesse mesmo cais;

No ano de '''1996''', Suape foi incluído no Programa Brasil em Ação, contando com apoio financeiro do Governo Federal para a implantação da primeira etapa de seu porto interno;

Em '''1999''', a construção do porto interno foi concluída, com 925 metros de novos cais acessados por uma abertura na linha de arrecifes, com 300m de largura e 15,5m de profundidade;

O Píer de Granéis Líquidos 2, ou PGL-2, começou a ser construído em '''2000''' e no ano seguinte foi inaugurado;

Em '''2001''', foi iniciada a construção da segunda etapa do porto interno com a dragagem de mais de 1 milhão e 300 mil m³ de areia, estendendo o canal de navegação em mais 450 m, onde seria construído o cais 4, com 330 m. Ainda nesse mesmo ano, os cais 2 e 3 do porto interno foram arrendados pela empresa [http://www.teconsuape.com/ Tecon Suape];

Para atender à expansão da zona portuária e ao aumento significativo da movimentação de cargas, deu-se início à execução da duplicação da avenida portuária, com extensão de 4,4 km em '''2002'''. Ainda para atender às necessidades da expansão da zona portuária, também se iniciou a construção do Prédio da Autoridade Portuária, que abrigará as autoridades portuárias operantes em Suape;

O Centro de Treinamento do Complexo de Suape foi inaugurado em '''2004''', com o intuito de promover a inclusão educacional para os moradores do entorno de Suape e para funcionários do complexo;

Em '''2005''', é lançada a pedra fundamental da Refinaria Abreu e Lima. Após cerca de 50 anos de lutas, a refinaria chega a [http://www.pe.gov.br/ Pernambuco];

De '''2007''' a '''2014''', os investimentos da ordem de mais de R$ 50 bilhões foram aplicados no Complexo. Em especial, na implantação dos empreendimentos estruturadores. O Complexo Industrial Portuário vive, sem dúvida, sua fase de consolidação como um dos maiores e melhores polos de investimentos do Brasil.

Em '''2013''', quando completou 35 anos, o Suape contribuiu decisivamente para o crescimento do [[PIB]] do Estado, que cresceu 3,5% de acordo com a [[Relação Anual de Informações Sociais]] (RAIS/MTE), em uma onda de desenvolvimento e transformação social.

Também em '''2013''' o porto concluiu duas importantes obras de infraestrutura que foram o reforço dos cabeços e a requalificação do Cais de Múltiplos Usos (CMU), estratégico no escoamento de cargas. Em junho do mesmo ano, foi inaugurado o segundo estaleiro do Porto de Suape, o [http://www.vardpromar.com.br/ Vard Promar], que tem uma carteira de encomenda de oito navios [[gaseiros]] para a [[Transpetro]]. Além do estaleiro, houve a inauguração da empresa [http://www.lmwindpower.com/ LM Wind Power], que produz pás eólicas, e da planta de [[PTA]] da [http://www.pqspe.com.br/ Petroquímica Suape].

Em '''janeiro de 2014''', foi inaugurada a [[Via expressa|Via Expressa]], que é uma rodovia concessionada, a PE-009, administrada pela [http://www.rotadoatlantico.com.br/ Concessionária Rota do Atlântico], com 43 quilômetros de extensão que dá acesso ao Complexo Industrial Portuário de Suape e às praias do Litoral Sul de Pernambuco, proporcionando aos usuários maior segurança, conforto e rapidez no deslocamento.

Em '''fevereiro de 2014''', foi inaugurada a fábrica Cristal Pet, que produz preformas [[PET]] e, em agosto, entrou em operação a primeira linha de PET da Petroquímica Suape. Em julho, foi iniciada a construção da fábrica da [http://www.grupoiraeta.com/companies.php?opc=iraetabrasil Iraeta], produtora de [[flanges eólica]]. Esta construção consolida o polo eólico de Suape, hoje composto por três fábricas em operação: a [http://www.impsa.com/pt/SitePages/IMPSA.aspx Impsa], a [http://www.gestamp.com/ Gestamp] e a [http://www.lmwindpower.com/ LM Wind Power].

Também em '''2014''', a [http://www.aguilarysalas.com/ Aguilar y Salas] inaugurou a sua fábrica de [[trocadores de calor]], [[reatores]] e [[tanques]] no Complexo de Suape. A Refinaria Abreu e Lima iniciou a operação do seu primeiro [[trem de refino]]. Foram concluídas as obras dos dois novos pátios públicos de Suape, com áreas de cinco e dez hectares cada um, que vão ampliar a capacidade de movimentação de veículos e cargas gerais no porto. A previsão é que entre em operação neste ano.

Ainda em '''2014''', a movimentação portuária bateu recorde e consolidou Suape como um importante porto concentrador e distribuidor de cargas para o Norte e Nordeste do país. A movimentação de cargas cresceu 18,3% e a de contêineres, 5,6%.

== '''Empreendimentos estruturadores ''' ==
A [[Refinaria Abreu e Lima]] da [[Petrobras]], que iniciou a operação do primeiro trem de refino no fim de 2014 no Complexo de Suape, é a única no Brasil projetada para processamento de petróleo pesado. Com capacidade para 230 mil barris por dia, atenderá a maior parte da demanda de óleo diesel nas regiões Norte e Nordeste, com 70% da capacidade destinada ao produto. Além de óleo diesel, vai produzir [[nafta]], [[querosene]], [[coque]] e [[gás liquefeito de petróleo]] (GLP).

Suape é também o berço da nova indústria naval brasileira. O [http://www.estaleiroatlanticosul.com.br/ Estaleiro Atlântico Sul], o maior e mais moderno estaleiro do [[Hemisfério Sul]], com capacidade para produzir navios e plataformas de qualquer porte, funciona desde 2011 e já entregou quatro navios do tipo [[Suezmax]], a plataforma P-62 e o casco da plataforma P-55 à Petrobras. O investimento no empreendimento chega a R$ 4,1 bilhões. Além dele, outro [[estaleiro]] já está em operação: o [http://www.vardpromar.com.br/ Vard Promar]. Em funcionamento desde 2013, o [http://www.vardpromar.com.br/ Vard Promar] emprega mil trabalhadores, sendo 95% pernambucanos. Sua carteira de encomendas contempla oito [[navios gaseiros]] para a [[Transpetro]], subsidiária da Petrobras, sendo que dois deles já foram lançados ao mar: o [[Barbosa Lima Sobrinho]], construído em Suape, e o [[Oscar Niemeyer]], produzido no Rio de Janeiro.

No Polo Petroquímico de Suape, já foram investidos mais de US$ 4 bilhões. A PQS com suas unidades de produção de PET e PTA, que já estão em operação, e [[POY]] (fios de poliéster), em construção, vai impulsionar o Polo Têxtil do Nordeste. As plantas de PTA e PET já estão em operação. O polo conta também com a empresa italiana [http://www.gruppomg.com/en Mossi & Guisolf], referência internacional em resina PET, e que opera desde 2006 no Complexo. A unidade é a maior fábrica do mundo no setor.

A chegada da [http://www.cssuape.com.br/ Companhia Siderúrgica Suape] (CSS) e a atração de outras indústrias do setor consolidam um polo siderúrgico e metalmecânico no Complexo de Suape. A CSS é um projeto siderúrgico integrado, que contará com uma Zona de Processamento de Aço (ZPA) e uma laminadora, que deve iniciar sua operação em 2016. A estimativa é de produzir quase um milhão de toneladas de metal por ano, suprindo a demanda local de caldeirarias, tubulações, vasos de produção e outros componentes utilizados em refinarias e outros empreendimentos. O investimento é de R$ 1,8 bilhão.

== '''Consolidação de cadeias produtivas ''' ==
A estratégia de desenvolvimento em formato de clusters ([[cadeias produtivas]]), praticada pelo [http://www.pe.gov.br/ Governo do Estado], resulta em diversos benefícios para Pernambuco e, também, para as empresas que participam desses arranjos. Uma das principais é a atração de fornecedores de matérias primas. Com o foco em inovação e sustentabilidade, foi lançado em 2008, pelo Governo de Pernambuco, o [http://www.suape.pe.gov.br/suape-global/about-the-forum.php Fórum Suape Global], cujo objetivo é o de transformar o Estado num polo provedor de bens e serviços para indústrias de petróleo, gás, offshore e naval. O projeto reúne entidades governamentais, privadas, acadêmicas e bancos públicos ([[BNDES]], [[BNB]], [[Banco do Brasil|BB]] e [[CEF]]).

A partir do momento em que os empreendimentos são agrupados, os fornecedores tendem a perceber que será mais vantajoso oferecer facilidades a eles, seja instalando depósitos, abrindo filiais ou, até mesmo, se mudando para a região. Para o [[cluster]], esse movimento gera redução de custos de transporte e facilidade de obter insumos de produção. As empresas poderão optar por menores estoques, redução de despesas de viagens e transporte, abastecimentos mais frequentes, diálogo mais fácil com o fornecedor e maior vantagem competitiva em relação às companhias que estão fora do polo. Já para a Pernambuco, a vantagem, além da instalação de novos empreendimentos, é a consolidação de cadeias locais, permitindo que mais dinheiro circule no Estado.

O resultado dessa estratégia aparece na criação de outros arranjos produtivos, a exemplo do setor [[eólico]]. Atualmente, Suape abriga a fábrica de [[aerogeradores]] argentina Impsa, que produz 500 [[turbinas]] por ano e foi a primeira a operar no Complexo, no ano de 2008. Há também a Gestamp, do grupo [http://www.gonvarri.com/ Gonvarri], que começou a produzir em 2010, fabricando 500 [[torres eólicas]] por ano. Em 2013, outra empresa do setor iniciou suas atividades no Complexo: a LM Wind Power, produtora de pás eólicas, de capital brasileiro e dinamarquês. Há, ainda, a Iraeta, também do grupo [http://www.gonvarri.com/ Gonvarri], que iniciou sua construção em julho de 2014. Com um investimento de R$ 70 milhões e operação prevista para 2015, a nova fábrica produzirá [[flanges]] - espécie de anéis conectores da torre com o aerogerador.

== '''Investimentos em infraestrutura''' ==
Para que o desenvolvimento aconteça em Suape, o Governo de Pernambuco investe fortemente na infraestrutura do porto e do complexo industrial. De 2007 a 2014, foram aportados mais de R$ 2,2 bilhões de investimentos públicos para obras de acesso rodoviário, melhorias portuárias, dragagens, entre outros. Além disso, o Complexo conta com fornecimento de gás natural, energia elétrica, água bruta e água tratada.

No ano passado, por exemplo, foram investidos R$ 164 milhões em infraestrutura, sendo quase R$ 150 milhões de aportes estaduais, para a construção do acesso rodoviário aos estaleiros Atlântico Sul e Vard Promar, na terraplenagem do Conjunto Habitacional Nova Vila Claudete, destinado aos moradores de áreas de preservação ecológica e industrial de Suape, nos acessos viários aos Cais 4 e 5, na reforma da [[torre de controle]] dos navios e na ampliação do [[pátio de veículos]].

Em 2013, o porto concluiu duas obras de infraestrutura que somaram quase R$ 200 milhões de recursos estaduais. Foram R$ 165 milhões no reforço dos [[cabeços]], que garantem maior segurança nas operações dos navios, e R$ 33 milhões na requalificação do Cais de Múltiplos Usos (CMU), estratégico no escoamento de cargas.

Na área industrial, quatro empreendimentos iniciaram suas operações no complexo em 2014. Foram eles, a Concessionária Rota do Atlântico, a fábrica de preforma PET Cristal PET, a planta de PET da Petroquímica Suape (PQS) e a fábrica de trocadores de calor e reatores Aguilar y Salas, de capital espanhol, e a fábrica de motocicletas Shineray entrou em fase de testes. Juntos, esses negócios somam R$ 42,9 bilhões e geram 2.425 empregos diretos.

Neste ano, devem ser inauguradas outras quatro empresas: a fábrica de resina reciclada Central PET, a de flanges eólicas de origem espanhola Iraeta, a de alimentos Selmi e a de moagem de cimento Companhia Brasileira de Materiais de Construção (CBMC). Juntos, os novos empreendimentos somarão R$ 264 milhões e devem recrutar 955 novos trabalhadores.

Visando ampliar ainda mais sua estrutura, atualmente estão em construção dois novos pátios de veículos, com áreas de cinco e dez hectares cada um. Os novos pátios aumentarão para 19 hectares a área destinada à movimentação do produto no Porto de Suape, que atualmente é de quatro hectares. O investimento total é de R$ 42 milhões. Hoje, a média de movimentação do Porto é de dois mil carros por mês, considerando a média de dois giros mensais. A expectativa é que com o início das operações, a capacidade estática dos pátios em operação chegue a dez mil veículos por mês e, se for considerada a média de dois giros mensais, esse número pode chegar a 20 mil carros. A nova área também será utilizada pela [[Fiat]]/[[Jeep]] para escoar a sua produção e receber as peças destinadas à montagem dos veículos.

Além disso, novos terminais serão instalados: açúcar, granéis sólidos e contêineres. O terminal de açúcar terá capacidade de movimentação de 540 mil toneladas por ano.  O terminal de granéis sólidos, na [[Ilha de Cocaia]], deverá movimentar 18,5 milhões de toneladas por ano. Já o novo terminal de contêineres terá capacidade para movimentar 700 mil TEUs ao ano. Tanto o terminal de granéis sólidos quanto o de contêineres dependem da licitação a ser realizada pela Secretaria Especial dos Portos da Presidência da República.

== '''Estrutura portuária ''' ==
O porto apresenta estrutura moderna, com profundidades entre 15,5 metros e 20,0 metros e grande potencial de expansão. No [[Porto Externo]], Suape dispõe de um cais de múltiplos usos e quatro píeres (PGL 1, PGL 2, PGL 3A e PGL 3B) destinados à movimentação de granéis líquidos, que são combustíveis, produtos químicos, entre outros.

No [[Porto Interno]], a estrutura portuária conta com cinco cais, sendo o primeiro utilizado como berço público comercial, movimentando, prioritariamente, contêineres; os cais dois e três integram o Terminal de Contêineres (Tecon Suape); o quarto cais movimenta trigo a granel, carga de projeto, veículos e cargas em geral ([[chaparias]], [[bobinas de aço]], etc.) e o cais cinco recebe [[clínquer]] e [[escória]], além de [[veículos]], [[cargas de projetos]] e [[cargas em geral]].

=== Porto interno ===
Atualmente, o porto possui 1.600 metros de cais e cinco berços em atividade, todos com 15,5 metros de profundidade

===== Cais 1 =====
É público, possui 275 metros de extensão e movimenta predominantemente contêineres, carga geral, em especial cargas de projeto, veículos no sistema “[[ro-ro]]”, e açúcar em sacos. Conta com disponibilidade de 01 MHC Terex, operado pela Polo Operadores.

===== <br>Cais 2 e 3 =====
Berços privados que concentram a movimentação de contêineres, com 660 metros de cais arrendados à empresa Tecon Suape, subsidiária da International Container Terminal Services, Inc. Profundidade de 14,4 metros no Cais 2 e 11,6 metros no Cais 3. Equipado com dois 2 [[portêineres]] [[Post Panamax]] e 2 portêineres [[Panamax]].

===== <br>Cais 4 =====
É público e possui 350 metros de extensão. Atualmente, movimenta carga geral, especialmente carga de projeto, produtos siderúrgicos, trigo a granel e veículos no sistema “[[:en:Roll-on/roll-off|ro-ro]]”. Equipado com um portalino e uma esteira rolante de 1,5 quilômetro, foi construído para interligar esse cais ao moinho de trigo da Bunge Alimentos.

===== <br>Cais 5 =====
É público, e possui 343 metros de extensão. O berço opera carga geral e granéis sólidos. Dentre as cargas que predominam, estão: carga de projeto, veículos no sistema “[[:en:Roll-on/roll-off|ro-ro]]”, açúcar em sacos, produtos siderúrgicos, escória e clínquer. Equipado com 2 [[guindastes MHC’s Liebherr]] (Brandão Filhos e Mhag).    

=== Porto Externo ===
Possui um molhe de pedras de proteção em “L” com 3.050 metros de extensão e abriga quatro píeres de granéis líquidos (PGL 1, PGL 2, PGL 3A e PGL 3B), um Cais de Múltiplos Usos e uma [[tancagem flutuante]] de [[GLP]].

===== Píer de Granéis Líquidos - PGL 1 =====
Possui 330 metros de extensão, dois berços para navios de 190 metros de comprimento e 12,7 metros de profundidade no berço Leste e 13,5 metros no berço Oeste, ambos para atracação de navios de 45 mil [[toneladas por porte bruto]] (TPB). Sua plataforma central conta com 84 metros de comprimento e 25 metros de largura, quatro [[dolfins]] e ponte de acesso a tubulações de transporte de granéis líquidos. Operado por [[mangotes]].

===== Píer de Granéis Líquidos - PGL 2 =====
Com 386 metros de extensão, tem dois [[berços]] para navios, tendo o berço oeste 13,5 metros de profundidade e o berço leste 12,6 metros, comportando navios de até 90 mil toneladas por porte bruto (TPB). Plataforma de 60 metros de comprimento e 30 metros de largura com dez dolfins para atracação e amarração. Ambos os píeres são operados por empresas habilitadas pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), e pré-qualificadas pelo Porto de Suape. Equipado com 12 braços mecânicos.

===== <br>Píer de Granéis Líquidos - PGL 3A =====
Atende navios petroleiros de até 110 mil toneladas por porte bruto (TPB), tendo 12,7 metros de profundidade e bacia de evolução com 20 metros de profundidade em alguns pontos.

===== <br>Píer de Granéis Líquidos - PGL 3B =====
Recebe navios petroleiros de até 170 mil toneladas por porte bruto (TPB), tendo 17,7 metros de profundidade e bacia de evolução com 20 metros de profundidade em alguns pontos.

===== <br>Cais de Múltiplos Usos - CMU =====
Atende navios de até 80 mil toneladas por porte bruto (TPB). Profundidade de 10,2 metros em seu berço oeste e 14,0 metros em seu berço leste, conta com plataforma de operações com 343 metros de extensão e 39 metros de largura. Equipado com calhas para instalação de trilhos para guindastes pórticos com bitolas de 15 metros. Anexa ao berço, existe uma rampa “ro-ro”, composta por plataforma em concreto armado, com 20 metros de comprimento e 17,5 metros de largura.

===== Tancagem Flutuante de GLP =====
Realizada por navio de gás refrigerado de 45 mil toneladas por porte bruto (TPB) e 75 mil metros cúbicos de capacidade, que atende, a contrabordo, a navios de igual porte. Atualmente, a tancagem está atracada no berço oeste do PGL 2. Calado máximo: 18 metros na bacia de evolução do porto externo.

Calado máximo: 18 metros na bacia de evolução do porto externo.

== <br>Acessos ==

===== MARÍTIMO =====
O Complexo Industrial Portuário de Suape dispõe de um porto externo e de um porto interno. O porto externo consiste de uma baía artificial situada entre o cordão de arrecifes que acompanha o litoral e o molhe de proteção externo construído em forma de “L”, com 3.050 metros de extensão. No porto externo há uma bacia de evolução com largura mínima de 1.200 metros e profundidade de 19 metros. No porto interno a [[bacia de evolução]] se localiza logo na entrada do [[canal de acesso]] e tem largura mínima de 580 metros e profundidade de 15,5 metros.

A entrada do Porto de Suape ocorre entre o farol da ponta do [[molhe]] de proteção e a [[boia de balizamento]] nos arrecifes. Há uma orientação para o tráfego marítimo, representada por uma linha reta, na direção nordeste/sudoeste, passando pela extremidade do molhe.

O canal de acesso ao porto externo tem 5.000 metros de extensão, 300 metros de largura, profundidade mínima de 16,5 metros e o calado máximo permitido é de 14,5 metros na preamar. O acesso ao porto interno é feito por uma abertura nos arrecifes com 300 metros de largura.

===== RODOVIÁRIO =====
Rodovia estadual PE-60

Rodovia estadual PE-28

Via Expressa

Acessos à BR-101.

===== FERROVIÁRIOS =====
O acesso ferroviário é feito pela EF-101. Entre as estações do Cabo e Ponte dos Carvalhos deriva-se o [[Tronco Distribuidor Ferroviário]] – TDF, o qual é composto por uma via com 23 km de extensão, construída em [[bitola métrica]] e [[dormentes de concreto]], assentada sobre plataforma.

===== DUTOVIÁRIO =====
o Porto de Suape dispõe de uma [[malha dutoviária]] que abastece os terminais e algumas indústrias com produtos como petróleo cru, derivados de petróleo, produtos químicos, etanol e óleo vegetal. Os dutos são operados pelos terminais de granéis líquidos do porto.

== '''Movimentação portuária ''' ==

===== Movimentação portuária em 2014 =====
Movimentação de carga e contêineres

Ano       2014

Carga (t)              15.236.301

Variação %         19,30%

Volume por contêiner (TEU)      418.043

Variação %         5,66%

== '''Restauração florestal e educação ambiental''' ==
Todos os investimentos no Complexo Industrial Portuário de Suape estão em sintonia com uma política de sustentabilidade social e ambiental da região. A começar pela Zona de Preservação Ecológica (ZPEC), que ocupa 59% dos 13,5 mil hectares do Complexo.

Para intensificar as práticas sustentáveis, a administração do Complexo Industrial Portuário de Suape criou, no início deste ano, a Diretoria de Meio Ambiente e Sustentabilidade que tem a missão de inovar as ações na área socioambiental visando a um presente e futuro cada vez mais sustentável.

De 2010 até o final de 2014, foram restaurados 901 hectares de mata atlântica em Suape, além de 61 hectares de restinga e 9 hectares de mangue. Este é um dos maiores projetos de reflorestamento do País, de acordo com o [[Pacto de Restauração da Mata Atlântica]], que a empresa aderiu em junho de 2011. Criado em 2009, o pacto reúne instituições públicas e privadas com o objetivo de integrar esforços para restaurar e conservar o bioma.

===== <br>VIVEIRO FLORESTAL =====
Para viabilizar a restauração da ZPEC, Suape possui um Viveiro Florestal, localizado no município do Cabo de Santo Agostinho, com capacidade para produzir 450 mil mudas de 73 espécies nativas de [[mata atlântica]] por ano.

===== <br>UNIDADES DE CONSERVAÇÃO =====
Afora todo esse trabalho, Suape vem se dedicando à criação das Unidades de Conservação na ZPEC. Em junho de 2012,o Governo do Estado criou a Unidade de Conservação Estação Ecológica de Bita e Utinga, situada no Cabo de Santo Agostinho e em Ipojuca (Decreto Estadual nº 38.261, de 5 de junho de 2012). Sua área é de 2.467 hectares, abrigando os dois principais mananciais hídricos da região (Bita e Utinga), além de importantes fragmentos de mata atlântica.

Ainda estão em andamento a criação de outras três unidades de conservação: a Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) dos Estuários dos Rios Ipojuca-Merepe e as unidades de conservação do Engenho Tiriri (mangue) e Engenho Ilha (mangue e restinga).

===== <br>EDUCAÇÃO AMBIENTAL =====
A Empresa Suape trabalha a formação de agentes multiplicadores no Programa de Educação Ambiental, que oferece cursos e oficinas nos moldes do Programa Ambiental das Nações Unidas. Desde 2010, o programa já capacitou mais de três mil pessoas, entre moradores das comunidades do entorno do Complexo, professores, estudantes, profissionais das empresas instaladas em Suape e pessoas de estados vizinhos sobre temas referentes à pedagogia ambiental e ao desenvolvimento sustentável.

===== <br>VISITANDO SUAPE =====
Em 2014, 19.770 mil pessoas visitaram o Complexo Industrial Portuário de Suape, número 14,27% maior do que o total registrado no ano de 2013. O público é composto por alunos de escolas públicas e particulares do ensino médio e superior, grupos independentes e de instituições no Projeto Visitando Suape, que inclui o Programa Horizonte Profissional, voltado aos estudantes das escolas públicas de referência no Estado. As visitas têm foco econômico, mas também mostram as ações sustentáveis desenvolvidas pelo Complexo.

== '''[http://www.suape.pe.gov.br/institutional/direction-board.php DIRETORIA E ADMINISTRAÇÃO DO PORTO] (2015)''' ==
Thiago Norões – Presidente

Bernardo D’Almeida – Vice-presidente

Alexandre Diniz – Diretor de Administração e Finanças

Sebastião Pereira Lima – Diretor de Gestão Fundiária e Patrimônio

Jorge Araújo – Diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade

Carlos Pires – Diretor de Engenharia

Jaime Alheiros – Diretor de Planejamento e Urbanismo

Paulo Coimbra – Diretor de Gestão Portuária

Luciano Vasquez – Diretor de Relação Institucionais

== '''LOCALIZAÇÃO''' ==
O Complexo de Suape localiza-se no litoral Sul do Estado de Pernambuco, entre a foz dos rios Ipojuca e Massangana. É entrecortado pelo Rio Tatuoca e fica situado dentro dos municípios de Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho.

===== ENDEREÇO =====
Rodovia PE-60, Km 10, Engenho Massangana – Ipojuca/PE - CEP: 55590-000

Tel.: (81) 3527-5014

E-mail: suape@suape.pe.gov.br

www.suape.pe.gov.br

Latitude: 08º24’ S

Longitude: 34º57’ W
Distância da capital do estado (Recife): 40Km

== Referencia ==
http://www.suape.pe.gov.br/home/index.php


[[Categoria:Parques industriais do Brasil]]
[[Categoria:Parques industriais do Brasil]]
[[Categoria:Economia de Pernambuco]]
[[Categoria:Economia de Pernambuco]]
[[Categoria:Suape]]
[[Categoria:Complexo Industrial Portuário Governador Eraldo]]

Revisão das 23h03min de 12 de maio de 2015

O Complexo Industrial e Portuário de Suape abrange os municípios de Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho. A sua concepção de porto-indústria oferece condições ideais para a instalação de empreendimentos nos mais diversos segmentos.

Além de distrito industrial e porto marítimo o complexo também abriga uma reserva ambiental cerca de 59% de seu território é considerado área preservada, como também a Refinaria Abreu e Lima e o estaleiro Atlântico Sul.[1]

Referências