Evolução de Biston betularia

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Biston betularia f. typica, a traça de corpo branco.
Biston betularia f. carbonaria, de corpo preto.

A evolução de Biston betularia consiste na variação da coloração na população desta traça como consequência da Revolução Industrial. O conceito refere-se a um aumento na frequência de traças de cor escura devido a poluição industrial, e uma diminuição recíproca num ambiente limpo. O fenómeno é por isso chamado de melanismo industrial. É o primeiro caso registado e experimentado da seleção natural, proposta por Charles Darwin, em acção, e continua a ser um exemplo clássico no ensino da evolução.[1][2] Sewall Wright descreveu-a como "o caso mais claro em que um processo evolutivo conspícuo foi de facto observado."[3]

As traças escuras ou melânicas (variedade carbonaria) não eram conhecidas antes de 1811. Após recolha de campo em 1848 em Manchester, uma cidade industrial em Inglaterra, foi descoberto que a frequência dessa variedade tinha aumentado drasticamente. Até ao fim do século XIX tinha já ultrapassado em número a forma clara original (variedade typica). Enquanto Darwin ainda era vivo, apenas se especulou sobre a importância evolutiva da traça. Foi só 14 anos após a sua morte, em 1896 que J. W. Tutt a apresentou como um caso de seleção natural.


Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Rudge, David W. (2005). «The Beauty of Kettlewell's Classic Experimental Demonstration of Natural Selection». BioScience. 55 (4): 369–375. doi:10.1641/0006-3568(2005)055[0369:TBOKCE]2.0.CO;2 
  2. Majerus, Michael E. N. (2008). «Industrial Melanism in the Peppered Moth, Biston betularia: An Excellent Teaching Example of Darwinian Evolution in Action» (PDF). Evolution: Education and Outreach. 2 (1): 63–74. doi:10.1007/s12052-008-0107-y 
  3. Rice, Stanley A. (2007). Encyclopedia of Evolution. New York: Facts On File, Inc. p. 308. ISBN 978-1-4381-1005-9