DescriçãoConvento de Santa Maria de Maceira Dão - Vila Garcia - Portugal (6118468814).jpg |
Foi fundado por Sueiro Teodoniz em 1161, primitivamente na possessão de Moimenta, obedientes à regra da Ordem de São Bento. Desde cedo, entretanto, abraçaram a regra da Ordem de Cister, tornando-se obedientes ao Mosteiro de Alcobaça. Poucos anos mais tarde, em 1173, foi transferido para Fornos de Maceira Dão. D. Afonso Henriques foi seu protector, pelas prerrogativas e grandes coutos com que o dotou. Nos séculos anos seguintes o seu património aumentou muito, mercê das doações que os fiéis lhe iam oferecendo.
Em 1560, o Cardeal D. Henrique determinou que os bens dos extintos conventos das freiras Bernardas e de S. João do Vale de Madeiros lhe fossem anexados.
Com a Extinção das ordens religiosas masculinas em 1834, os coutos de Maceira Dão passaram a integrar o concelho de Mangualde. Em 1837, a Câmara Municipal deliberou no sentido da sua administração.
Na década de 1960, o conjunto foi adquirido por uma família de Pombal, que passou a explorar a propriedade, embora não dispondo de recursos para a conservação do imóvel histórico. À época já se encontrava sem recheio, revestimento ou ornamentos. Retábulos, altares e imagens já haviam sido dispersos.
Em precárias condições de conservação, os seus vários espaços tem servido como depósito de alfaias e produtos agrícolas, e mesmo como abrigo para galinhas.
Encontra-se classificado como Monumento Nacional pelo Decreto nº 5/2002, publicado no Diário da República nº 42 de 19 de Fevereiro de 2002, por iniciativa da Associação Cultural Azurara da Beira. Insere-se em zona de interesse paisagístico.
[editar] Características
Apresenta arquitectura com elementos em estilo maneirista e barroca dos séculos XVII e XVIII. Entre eles destacam-se:
a torre medieval, erguida entre os séculos XII e XV, dividida internamente em três pisos de adega e celeiro, ainda hoje relativamente bem conservada;
as edificações monásticas do século XVIII em que se destacavam, no piso térreo, o claustro com fonte, a sala do capítulo, o refeitório, a cozinha, a adega, e, no piso superior, os aposentos do Abade, a biblioteca, a enfermaria e as celas;
a Igreja de Nossa Senhora da Assunção, do século XVIII, que se destaca por apresentar uma singular frontaria em tronco de cilindro com as armas reais sobre a entrada.
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