Gudila

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Gudila
Nacionalidade Império Bizantino
Ocupação General

Gudila (em grego: Γοδιλᾶς) foi um general bizantino, ativo sob os imperadores Justino I (r. 518–527) e Justiniano (r. 527–565).

Etimologia[editar | editar código-fonte]

Gudila tem origem germânica, possivelmente ostrogótica. Foi registrado como Godilas (Γοδιλᾶς), Godila, Gudilas (Γουδίλaς), Gudila, Gubila, Gudília, Gudela, Gondília, Gudula, Gadila e Gotila (Gothila).[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Soldo de Justino I (r. 518–527)
Soldo de Justiniano (r. 527–565)

Gudila foi citado pela primeira vez em 518 como um dos oficiais envolvidos na proclamação de Justino I como imperador. A cerimônia é registrada no Sobre as Cerimônias compilado por Constantino VII (r. 913–959) no século X, que deu seu posto como campiductor / campidoctor ("instrutor de perfuração") do regimento de lanciários (lanciarii; em grego: καμπιδούκτωρ τῶν λαγκιαρίων).[2][3] Em 528, com Baduário, liderou expedição militar a Odesso (moderna Varna) contra os hunos da Crimeia. Sob o líder deles, Mugel, os hunos supostamente capturaram territórios bizantinos nas costas do mar Negro.[4] Mais tarde naquele ano, Gudila juntou suas forças com aquelas sob Ascum e Constancíolo para enfrentar a invasão em curso dos hunos / búlgaros na Trácia.[5]

O exército conseguiu derrotar um grupo de invasores, mas foi emboscado e desbaratado por um segundo grupo. Tanto Constancíolo como Ascum foram capturados, mas Gudila foi capaz de romper e fugir, como registrado por João Malalas e Teófanes, o Confessor.[5] Seu posto militar no momento destas batalhas é incerto. Tanto Ascum como Constancíolo ocupavam o posto de mestre dos soldados. Como Gudila serviu junto deles, ao invés de atuar como subordinado, é provável que ocupou um posto equivalente, seja como mestre dos soldados da Trácia (magister militum per Thracias) ou como mestre dos soldados vacante (magister militum vacans).[2][6]

Referências

  1. Schönfeld 1911, p. 114-115.
  2. a b Martindale 1980, p. 516.
  3. Martindale 1992, p. 539.
  4. Martindale 1992, p. 163–164, 540.
  5. a b Martindale 1992, p. 352–353, 540.
  6. Martindale 1992, p. 540.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Martindale, J. R.; Jones, Arnold Hugh Martin; Morris, John (1980). The prosopography of the later Roman Empire - Volume 2. A. D. 395 - 527. Cambrígia e Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Cambrígia 
  • Martindale, John R.; Jones, Arnold Hugh Martin; Morris, John (1992). The Prosopography of the Later Roman Empire - Volume III, AD 527–641. Cambrígia e Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Cambrígia. ISBN 0-521-20160-8 
  • Schönfeld, M. (1911). Wörterbuch der altgermanischen personen-und völkernamen. Heilderberga: Livraria da Universidade Carl Winter