Hólon (filosofia)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Um fractal se aproxima da ideia de hólon, pois é uma parte que representa um todo ao mesmo tempo. Sementes contêm árvores ou as árvores contêm sementes? Poderíamos dizer que ambos são verdadeiros, porque 'árvores e sementes' é um exemplo de hólon.

Um hólon (do em grego: ὅλον, de em grego clássico: ὅλος, holos, 'todo' e em grego clássico: -ον , -on, 'parte') é algo que é, ao mesmo tempo, um todo em si mesmo, assim como uma parte de um todo maior, e esse todo maior pode ser entendido também como uma parte conteúda no primeiro tudo.[1]Em outras palavras, os hólons podem ser entendidos como partes-todos constituintes de uma holoarquia.[2] Exemplos disto podem ser a planta que contém a semente, a qual contém a planta; e o corpo, que contém a célula, a qual contém o corpo.

O hólon representa uma forma de superar a dicotomia entre a ideia de partes e de todo, bem como uma maneira de explicar as tendências auto-afirmativas e integrativas dos organismos.[3] O termo foi cunhado por Arthur Koestler em The Ghost in the Machine (1967). Nas formulações de Koestler, um hólon é algo que tem a integridade e a identidade ao mesmo tempo que faz parte de um sistema maior; é um subsistema de um sistema maior.[4][5]

Referências

  1. «What is holarchy?». One Sky: Canadian Institute of Sustainable Living (em inglês). Consultado em 14 de março de 2021 
  2. Edwards, Mark. 2003 October. "A brief history of the concept of holons." Integral World.
  3. «Arthur Koestler, Some general properties of self-regulating open hierarchic order (1969)». www.panarchy.org. Consultado em 14 de março de 2021 
  4. «The holon, a new way to look at hierarchies». www.holon.se. Consultado em 14 de março de 2021 
  5. Gómez de Silva, Guido (1993). Breve diccionario etimológico de la lengua española 2a ed. México: Colegio de México. ISBN 9681628128