Helene Aldwinckle
Helene Aldwinckle | |
---|---|
Nascimento | Helene Lovie Taylor 26 de outubro de 1920 Aberdeen |
Morte | 24 de abril de 2020 |
Residência | Southwark |
Cidadania | Reino Unido |
Alma mater |
|
Ocupação | criptoanalista, galerista, tradutora |
Prêmios | |
Helene Aldwinckle, nascida Helene Lovie Taylor (Aberdeen, 26 de outubro de 1920 – 24 de abril de 2020), foi uma decifradora de códigos de Bletchley Park durante a Segunda Guerra Mundial.
Vida pessoal[editar | editar código-fonte]
Helene Lovie Taylor nasceu em Aberdeen, Escócia, em 1920, filha de Alexander e Helen Taylor.[1] Seu pai era um vendedor. Ela cresceu na região de Footdee e frequentou a Escola Primária de Ashley Road,[2] depois foi aluna na Academia de Aberdeen, e então recebeu uma bolsa para estudar as línguas francesa e inglesa na Universidade de Aberdeen. Taylor se casou com John Aldwinckle, tenente de voo da Força Aérea Real, em fevereiro de 1945, e tiveram quatro filhos. John Aldwinckle morreu em 2012.
Carreira[editar | editar código-fonte]
Helene se juntou ao Bletchley Park após concluir um curso de três anos na Universidade de Aberdeen. Ela foi recomendada pelo diretor da Universidade, William Hamilton Fyfe,[3][4] ao Ministério das Relações Exteriores, em parte devido a sua memória extraordinária e seu interesse em línguas.[1] Após duas rodadas de entrevistas com o Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido, uma em Londres e outra em Aberdeen, Helene foi selecionada pelo decifrador sênior Stuart Milner-Barry para se tornar uma Funcionária Pública Permanente do Ministério, e foi enviada para viver no Bletchley Park no verão de 1942.[5][6] Durante a primeira rodada de entrevistas, Aldwinckle não sabia para o que estava sendo entrevistada, acreditando ser uma vaga para um serviço civil.
No começo, ela ficava na Sala de Registro 1 (RR1), onde trabalhou com sinais criptografados.[3] Ela se tornou responsável por liderar um programa de treinamento para os funcionários americanos em 1943.[7][6][4] Quando o programa foi concluído, Helene começou a trabalhar na Sala Silenciosa (QR) na Cabana 6, a seção de Bletchley Park encarregada de decifrar os códigos Enigma.[5] Lá, ela levou o conhecimento e habilidades que desenvolveu treinando os funcionários americanos para problemas de criptografia de longo prazo e mais complexos, incluindo a identificação de redes de rádio Enigma e sinais de rádio. Depois do término da Segunda Guerra Mundial, Helene permaneceu por um curto período em Bletchley Park para ajudar a escrever a história do trabalho realizado na Cabana 6, mas teve que deixar o Ministério das Relações Exteriores em 1945 devido a uma política que dizia que mulheres não podiam permanecer empregadas após o casamento.
Aldwinckle morou em Cologne e Berlim, acompanhando seu marido em sua atuação no MI6, mudando-se pela primeira vez na década de 1950.[1] Ela trabalhou tanto para a British Forces Network quanto para Westdeutscher Rundfunk como repórter de eventos culturais. Ela continuou seu interesse em teatro amador (tendo praticado durante sua juventude em Aberdeen) [4] ingressando na Sociedade de Drama Amadora de Berlim. Ela acompanhou as relocações subsequentes de John: na França, Alemanha e Grã-Bretanha; sendo que também chegaram a morar em Roma, Bruxelas e Mons.
Aldwinckle teve uma carreira variada após Bletchley, tornando-se tradutora para a editora Thames e Hudson em 1967; e galerista na Galeria Medici aos 54 anos.[1] Mais tarde, trabalhou na Galeria Oxford e, em 1979, tornou-se gerente do Medici.
Honras[editar | editar código-fonte]
Aldwinckle foi agraciada com a Ordem Nacional da Legião de Honra em 2019.[7][5][1][6] Theresa May agradeceu seu serviço durante sua última participação na seção de Questões ao Primeiro-ministro.
Referências
- ↑ a b c d e «Bletchley Park codebreaker and player of a small but important role in the special relationship between Britain and the US - Helene Aldwinckle». The Times
- ↑ McCann, Lee. «Proud moment as Aberdeen woman who helped decode Enigma messages during WW2 honoured». Evening Express (em inglês)
- ↑ a b «Roll of Honour — Helene Lovie Taylor». Bletchley Park
- ↑ a b c Drysdale, Neil. «Code breaker has cracking war memories». Aberdeen Evening Express (Scotland)
- ↑ a b c OSullivan, Kevin. «Scots wartime codebreaker receives France's highest civilian and military honour». FutureScot (em inglês)
- ↑ a b c «Bletchley Park Veteran receives France's highest honour». Bletchley Park
- ↑ a b Drysdale, Neil. «Genius code-cracker Turing celebrated on 80th anniversary of breaking Enigma». Press and Journal (em inglês)