Insurreição em Bani Walid em 2012

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Insurreição em Bani Walid em 2012
Conflito na Líbia (2011–2014)
Local Bani Walid, Líbia
Desfecho Vitória rebelde
  • Brigada 93 assume o controle da cidade
  • Brigada 28 de Maio se retira da cidade para Trípoli
  • Um conselho local do Conselho Nacional de Transição foi abolido e o conselho tribal de Warfalla foi estabelecido, que é então reconhecido pelo governo líbio como o novo conselho municipal oficial.
  • A ilegalidade contínua leva ao Cerco de Bani Walid (2012) pelo exército e a cidade é reocupada pelo governo em novembro de 2012.
Beligerantes
Exército de Libertação Nacional da Líbia
  • Brigada 28 de Maio
Brigada 93[1][2]
tribo Warfalla
Comandantes
Abdullah al-Khazmi

Ali al-Fotmani

Abdelsalem Saed Ouhida 
Colonel Salem al-Ouaer
Forças
desconhecido 100-300 combatentes tribais Warfalla [3]
Baixas
5-8 mortos, 25-30 feridos[4]  

Insurreição em Bani Walid em 2012 foi um evento que teve inicio em 23 de janeiro de 2012 devido a um incidente na cidade de Bani Walid no qual a milícia "Brigada de 28 de Maio" desejou prender homens locais em circunstâncias pouco claras. A Brigada de 28 de Maio e seu complexo foram então atacados por combatentes locais que depois assumiram o controle da cidade.[3] O incidente, os combatentes e os motivos dos dois principais beligerantes - a Brigada de 28 de maio e a Brigada 93 - permanecem incertos e contenciosos. O conflito foi originalmente relatado como sendo um ataque dos partidários de Gaddafi por oficiais locais do Conselho Nacional de Transição. No entanto, líderes tribais e residentes negaram qualquer afiliação aos remanescentes de Gaddafi, afirmando que seu objetivo era o estabelecimento de seu próprio conselho na cidade.[5] [6] Da mesma forma, o Ministério das Relações Exteriores da Grã-Bretanha descartou as alegações de que este incidente representava um ataque pró-Gaddafi contra o Conselho Nacional de Transição, afirmando trata-se de uma disputa entre os líderes tribais da tribo Warfalla e o Conselho Nacional de Transição.[7]

O governo líbio subsequentemente se envolveu em negociações para restabelecer relações normais com Bani Walid, embora mantivesse um cerco a cidade, incluindo uma visita presidencial à cidade. Walid Ben Shaaban, um líder da milícia líbia, afirmou que "iremos nos vingar militarmente, mas legitimamente", referindo-se às questões de segurança emanadas a partir de Bani Walid.[8] Em outubro, mais tropas foram enviadas a Bani Walid, com o objetivo de restabelecer o controle da cidade por meios militares. Um intenso bombardeio da cidade começou em 18 de outubro.[9]

Referências

  1. «Nine Libyan forces killed in clashes with Qaddafi loyalists». Al Arabiya. 22 de setembro de 2012 
  2. Qaddafi Loyalists Seize Bani Walid. Israelnationalnews.com (2012-01-24).
  3. a b «'Pro-Kadhafi' attack kills four in Libya». Google News. Tripoli. Agence France-Presse. 23 de janeiro de 2012 
  4. «Pro-Gaddafi fighters retake Bani Walid». Al Jazeera. 24 de janeiro de 2012 
  5. Holmes, Oliver (24 de janeiro de 2012). «Former Gaddafi stronghold revolts against Tripoli». Reuters Africa. Bani Walid. Reuters 
  6. «Libye: Bani Walid, ville nostalgique de Kadhafi». AFP (em French). 27 de janeiro de 2012 
  7. Lamloum, Imed (26 de setembro de 2012). «Libya's Misrata tense after Kadhafi catcher's death». Google News. Misrata. Agence France-Presse 
  8. «Qaddafi loyalists take over Bani Walid». CBS News. Benghazi. Associated Press. 24 de janeiro de 2012 
  9. State-linked Libyan militias shell Bani Walid