Jacob Carruthers

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Jacob Hudson Carruthers, Jr.
Nascimento 15 de fevereiro de 1930
Dallas, Texas, Estados Unidos
Morte 4 de janeiro de 2004 (73 anos)
Chicago, Estados Unidos
Ocupação Educador, Egiptólogo, Cientista Político, Historiador, Pesquisador, Professor

Mzee Jedi Shemsu Jehewty, também conhecido como Jacob Hudson Carruthers, Jr. (Dallas, 15 de fevereiro de 1930 – Chicago, 4 de janeiro de 2004) foi um historiador e educador afrocentrista.

Primeiros Anos e Educação[editar | editar código-fonte]

Jacob Carruthers nasceu e cresceu no Texas e frequentou a escola Phyllis Wheatley High School em Houston, antes de cursar o ensino superior no Samuel Huston College, onde obteve um bacharelado em 1950. Em 1951 ingressou na Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) e após o período em que serviu na USAF matriculou-se e obteve o título de mestre em Estudos Políticos pela Texas Southern University em 1958. Carruthers se tornou o primeiro estudante afro-americano a concluir o doutorado em Estudos Políticos pela Universidade do Colorado em 1966.

De 1961 a 1964, Carruthers ensinou ciências políticas no Prairie View College, no Texas, e mais tarde lecionou no Kansas State College, em Pittsburg.

Mudança para Chicago e para o Center for Inner City Studies[editar | editar código-fonte]

Após dois anos ensinando Ciência Política no Kansas State College (1966-1968), Carruthers se mudou para Chicago, onde iria viver e trabalhar pelo resto da vida. Em 1968, Carruthers ingressou no Centro de Estudos de Cidades Internas (Center for Inner City Studies) da Northeastern Illinois University (NEIU). Nos trinta e dois anos seguintes, Carruthers lecionou disciplinas de história e educação no Centro de Estudos de Cidades Internas, desempenhando um papel no desenvolvimento dos cursos de pós-graduação e graduação no Departamento de Educação de Estudos de Cidades Internas (Department of Inner City Studies Education) (ICSE).

Visita a Cheikh Anta Diop[editar | editar código-fonte]

Em 1975, um ano depois de Cheikh Anta Diop, renomado historiador africano, e seu discípulo e colega Théophile Obenga terem realizado a defesa da tese da origem africana do antigo Kemet no simpósio da UNESCO no Cairo, Jacob Carruthers visitou Diop no Senegal. Nesta visita, Ifé Carruthers escreve:

Diop impressionou o Dr. Carruthers com a importância do estudo do antigo Egito e, mais importante, com a necessidade de centralizar esse estudo em torno do domínio das línguas egípcias, comumente chamadas de hieróglifos..[1]

Após retornar dessa reunião, Carruthers estabeleceu a base organizacional para centralizar Kush e Kemet como as civilizações clássicas africanas sobre as quais seriam fundadas as instituições africanas libertadas. Carruthers começou a aprender a antiga língua de Kemet, Mdw Nṯr , para ter acesso direto às fontes antigas, ao mesmo tempo em que instigava os outros a fazerem o mesmo com urgência.

O Instituto Kemético e ASCAC[editar | editar código-fonte]

Carruthers criou um contexto centrado na África para o estudo sistemático da história africana com o objetivo de elevar as instituições africanas a partir do conhecimento resgatado das antigas civilizações.

Em 1978, Carruthers e a equipe de pesquisa centrada na África composta por A. Josef Ben Levi, Anderson Thompson e Conrad Worrill fundaram o Instituto Kemético. Esta organização abordou a necessidade de uma pesquisa séria orientada para a restauração por parte dos africanos nas civilizações clássicas africanas de Kush e Kemet. Carruthers, como diretor fundador do instituto, esclareceu que a instituição deveria servir de trampolim para a construção de instituições centradas em África, provando a base de conhecimento a partir da qual outras instituições poderiam ser nutridas.

Em fevereiro de 1984, Carruthers junto com John Henrik Clark, Asa Grant Hilliard, Leonard Jeffries, Yosef Ben-Jochannan e Maulana Karenga fundaram a Associação para o Estudo das Civilizações Clássicas Africanas (ASCAC) na Primeira Conferência Anual de Estudos Egípcios Antigos em Los Angeles, da qual Carruthers foi eleito o primeiro presidente.

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Carruther foi casado com Mama Ifé Carruthers, com quem teve três filhos, Jacob III, Darnell e Christopher, e uma filha, Tawakalitu Jogunosimi.

Morte[editar | editar código-fonte]

Jacob Carruthers morreu em 4 de janeiro de 2004, de câncer no pâncreas em sua casa em Chicago, aos 73 anos.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Carruthers, Ife (março de 1994). «History of the Kemetic Institute». Kemetic Voice. 2. 4 páginas