Julio Llamazares

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Julio Llamazares
Julio Llamazares
Nome completo Julio Alonso Llamazares
Nascimento 28 de março de 1955 (69 anos)
Vegamián, Espanha
Género literário Romance, conto
Movimento literário Pós-modernismo
Magnum opus A chuva amarela

Julio Alonso Llamazares (Vegamián, Leão 28 de março de 1955) é um escritor e jornalista espanhol que nasceu no desaparecido povo leonês de Vegamián, onde seu pai Nemesio Alonso trabalhava como maestro nacional pouco dantes de que a localidade ficar inundada pela barragem de Porma.

Apesar de ter nascido acidentalmente em Vegamián, a sua família provém da vila leonesa de Mata de la Bérbula (também chamada La Matica), localizada na bacia do rio Curueño e cuja descrição consta do seu livro de viagens El río del olvido.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Depois da destruição da vila de Vegamián muda-se com sua família para a vila de Olleros de Sabero, na bacia carbonífera de Sabero. A infância em ambas as aldeias marca, futuramente, parte de sua obra.

Licenciado em Direito, abandonou o exercício da profissão para se dedicar ao jornalismo escrito, radiofónico e televisivo em Madrid onde reside actualmente.

Em 1983 começou a escrever Luna de lobos, o seu primeiro romance (1985), e em 1988 publicou La lluvia amarilla. Ambas foram finalistas do Prêmio Nacional de Literatura na modalidade de Narrativa. Outra obra sua é Escenas de cine mudo, de 1994.

Géneros em sua obra:

  • A literatura de viagens: El río del olvido (1990. É a narração da viagem que realizou a pé pela ribeira do Curueño durante o verão de 1981), Trás-os-montes (1998) e Cuaderno del Duero (1999. Crónica da viagem ao longo das províncias que percorrem o rio e que nunca concluiu).
  • O ensaio: El entierro de Genarín (1981) e Los viajeros de Madri, (1998)
  • O artigo jornalístico: alguns recolhidos em livros como En Babia (1991) e Nadie escucha (1993), onde demonstrou que “o jornalismo é outra faceta da literatura, também faz parte do afã de contar”.

As obras de Julio Llamazares caracterizam-se pelo seu intimismo, o uso de uma linguagem precisa e o extraordinário cuidado nas descrições. Um claro exemplo é sua obra El cielo de Madrid, publicada no ano 2005.

Julio Llamazares afirma que a sua visão da realidade é poética. A sua forma de escrever está muito colada à terra, poderíamos dizer que é um escritor romântico no sentido original, que é o da consciência da divisão do homem com a natureza, da perda de uma idade de ouro fictícia porque nunca existiu.

Obras[editar | editar código-fonte]

Narrativa

  • Luna de lobos (1985), novela
  • La lluvia amarilla (1988), novela
  • Escenas de cine mudo (1994), novela
  • En mitad de ninguna parte (1995), relatos
  • Tres historias verdaderas (1998), relatos
  • El cielo de Madrid (2005), novela
  • Tanta pasión para nada (2011), relatos
  • Las lágrimas de San Lorenzo (2013), novela. Finalista do Premio de la Crítica de Castilla y León.[1]
  • Distintas formas de mirar el agua (2015), novela

Poesia

Ensaio

  • El entierro de Genarín: Evangelio apócrifo del último heterodoxo español (1981).
  • En Babia (1991), artículos de prensa
  • En mitad de ninguna parte (1995), artículos de prensa
  • Nadie escucha (1997), artículos de prensa
  • Los viajeros de Madrid (1998), artículos de prensa
  • Modernos y elegantes (2006), artículos de prensa
  • Entre perro y lobo (2008), artículos de prensa

Viagens

  • El río del olvido (1990)
  • Trás-os-montes (1998)
  • Cuaderno del Duero (1999)
  • Las rosas de piedra (2008)

Guiões cinematográficos

  • Retrato de un bañista (1984)
  • Luna de lobos (1987)
  • El techo del mundo (1995)
  • Flores de otro mundo (1999)

Antologías

  • Antología y voz: El búho viajero (2007)

Prémios[editar | editar código-fonte]

  • 1978: Prémio Antonio González de Lamba.
  • 1982: Prémio Jorge Guillén.
  • 1983: Prémio Ícaro.
  • 1986: Finalista do Prémio Nacional de Literatura.
  • 1988: Livro de Ouro da CEGAL.
  • 1989: Finalista do Prémio Nacional de Literatura.
  • 1992: Prémio de Jornalismo O Correio Espanhol-O povo basco.
  • 1993: Prémio Nonino.
  • 1994: Premeio Cardo D´Ouro.
  • 1999: Prémio da Semana Internacional da Crítica no Festival Internacional de Cannes.

Referências

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • AA.VV., O universo de Julio Llamazares. Cadernos de narrativa 3, Neuchâtel, Université de Neuchâtel, 1998.
  • ALLES, Lisbeth Korthals, e MONTFRANS, Manet vão, New Georgics: Rural and Regional Motifs in the Contemporary European Novel, Rodopi: Amsterdã, 2002.
  • CARLÓN, José, Sobre a neve: a poesia e a prosa de Julio Llamazares, Madri, Espasa, 1996.
  • VERES, Luis, "Intertextualidad narrativa nos contos de Julio Llamazares", Espéculo, 19 (2001-2002).