Lançadeira do malato-aspartato

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A lançadeira do malato-aspartato é um conjunto de reações que transporta os equivalentes de redução produzidos no citosol durante a glicólise ao interior da mitocôndria.[1] Funciona essencialmente no fígado, rim e coração. A membrana mitocondrial interna é impermeável ao NADH., de modo que este precisa ser reoxidado a NAD+, transferindo seus elétrons ao oxalacetato, para que a entrada do poder redutor na matriz mitocondrial seja possível. Desse modo, a lançadeira malato-aspartato irá desempenhar o papel de transportadora de elétrons. A lançadeira utiliza várias moléculas que também funcionam como intermediários de vias metabólicas importantes como oxalacetato e o malato do ciclo do ácido cítrico.

Componentes[editar | editar código-fonte]

  • Enzima malato desidrogenase: na matriz mitocondrial e espaço intermembranal
  • Enzima aspartato transferase: na matriz mitocondrial e espaço intermembranal
  • Transportador malato-α-cetoglutarato: membrana mitocondrial interna
  • Transportador glutamato-aspartato: membrana mitocondrial interna

Mecanismo[editar | editar código-fonte]

  • NADH citosólico reduz o oxacacetato no citosol, em malato (catalisada pela malato desidrogenase);
  • Na mitocôndria, o malato é oxidado também por uma outra isoforma de malato desidrogenase, mitocondrial, que utiliza o NAD+ como coenzima;
  • O oxalacetato produzido pela mitocôndria é transaminado a aspartato;
  • Esse sai da mitocondria, pela translocase glutamato-aspartato, e no citosol é regenerado a oxalacetato, por uma aspartato aminotransferase;
  • O NADH produzido no citosol é regenerado na matriz mitocondrial nesse processo. O resto da lançadeira é responsável pela devolução do oxalacetato a matriz citosólica.[2]
Funcionamento da lançadeira malato-aspartato
Funcionamento da lançadeira malato-aspartato

Referências

  1. SMITH, Colleen; MARKS, Allan D.; LIEBERMAN, Michael. Bioquímica médica básica de Marks: uma abordagem clínica. Porto Alegre: Artmed, 2008.
  2. Lehninger A. (1988). Omega, ed. Principios de Bioquímica. pp. 496–497
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