Les dialoguistes

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Les dialoguistes ("Os Dialogadores") designa uma facção dentro do establishment político e militar argelino durante a guerra civil daquele país, que a partir de 1992 opôs os rebeldes islamistas contra um governo militar instalado. Distinguiram-se dos les éradicateurs, a tendência linha-dura dentro da elite política e de segurança que não via espaço para compromissos com os políticos islamistas, julgando que as organizações militantes deveriam ser eliminadas pela força, e se recusavam a negociar com os seus representantes.[1][2]

Les dialoguistes preconizavam um diálogo com a oposição islamista representada pela Frente Islâmica de Salvação, na medida em que estivesse "disposta a aceitar as regras do jogo democrático e condenar toda violência, de onde quer que ela venha".[3]

Apoiada pela maioria dos partidos da oposição, notadamente na Plataforma de Sant'Egidio de 1995, a facção dialoguiste acabou ganhando vantagem e a presidência de Abdelaziz Bouteflika (1999-2019) foi marcada por anistias e tentativas de atrair os islamistas de volta à política constitucional.[4]

Referências

  1. Buisson-Fenet, Emmanuel (1997). «Une nouvelle « guerre sans nom » ?». Vacarme (em francês). 2 (2): 36–38. ISSN 1253-2479. doi:10.3917/vaca.002.0036 
  2. Cristiani, Dario (Dezembro de 2016). «Consolidating Pluralism under the Terrorist Threat: The Tunisian Case and the Algerian Experience». European View (em inglês). 15 (2): 305–313. ISSN 1781-6858. doi:10.1007/s12290-016-0410-x 
  3. Salima Mellah, Comité Justice pour l'Algérie. Les massacres en Algérie, 1992-2004. Maio de 2004. p. 31
  4. Minorities and the State in Africa (em inglês). [S.l.]: Cambria Press. 2010. pp. 96–97. ISBN 978-1-62196-874-0